quarta-feira, 24 de junho de 2009

YouTube - Zigeunerweisen, Bojidara Kouzmanova, Pablo Sarasate


Para satisfação do meu "penchant" pela música cigana... e pelo excelente apontamento que o espanhol Pablo de Sarasate (1844-1908) trouxe da Budapeste do seu tempo [1] ...

YouTube - Zigeunerweisen, Bojidara Kouzmanova, Pablo Sarasate

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[1] 1878

terça-feira, 23 de junho de 2009

Quatremhum & Πratas!

A julgar pelo extracto de blogue hoje publicado algures, a Associação dos Cidadãos Utentes do Pensamento, que funciona pelo Norte com outro nome, deu em política. Claro que não é novidade alguma, pois já antes ficara também claro no que aquilo ia dar. Pensamento presumido nunca fica escondido. O que vale é que o raciocínio (!) a contrario aqui não funciona e que , como para o chapéu do Vasco (Santana), pensadores há muitos.
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Pai para filho-criança, que demonstrara um certo interesse pelo "Magalhães" no "espaço" da Worten no Forum-Montijo (domingo; 19:30 horas): "Não ligues a isso! É do Governo e não serve para nada!" "E la nave va!"
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Por falar em nave, na evocação felliniana: A presença das marinhas da NATO na zona Aden-Ormuz, contra a pirataria local, deve estar a aplicar o que censuramos no alterado Código de Processo Penal. Evita-se o ataque, recebem-se os piratas, apreendem-se as escadas, dá-se-lhes água e comida, reparam-se-lhes os motores, atestam-se de gasóleo e ... deixam-se ir embora os tenebrosos adeptos do "shipjacking", incólumes, agradecidos (olha que tansos!) e mais motivados ainda para a proeza seguinte - já que o tão surrado Direito Internacional, evaporado todos os dias como os sinais das nossas AE's o são por piratas-caseiros dispostos a financiar a "passa", não conseguiu ainda concretizar ali a capacidade de punir - a menos que o atacado seja "dos de casa". Tudo boa gente, aqueles somalis, tão pobrezinhos mas com "voadoras" que desafiam as da Costa Norte, nem sequer é de se lhes pedir um acto de contrição ecuménico. E nós vamos pagando tudo isso... Mas, pensando bem, qual é a diferença entre estes piratas modernos e os que usaram o dinheiro de depositantes confiados em produtos chungas que afinal deram "cacau" a alguém, sem que houvesse sequer uma armada de supervisores insubmersíveis e inoxidáveis para - pelo menos -"dissuadir" tal gajada? Há só uma coisa similar: directa ou indirectamente, continuaremos, também todos, a pagar por isso! Piratarias...
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Um pouco mais à direita, para quem olha a Polar: "clerocracias", é nisso que todas dão! Aqui ou em ...... (até rima e começa por T!)
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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Contra a "economia do soufflé!"

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"L'idée d'une France sans usines et sans ouvriers c'est une idée folle."
("A ideia de uma França sem fábricas e sem operários é uma ideia louca.")

Nicolas Sarkozy, há escassos minutos, colocando a re-industrialização da França na agenda de medidas sobre a crise contidas no seu discurso perante o Congresso de Versailles.

Novidade? Não! "Novidade burra" terá sido a de quem pensou e agiu em contrário... e não apenas em França (sobretudo "não apenas em França"). De facto, não há alternativa à Produção. Tudo o resto, neste particular, é a "Economia do Soufflé": calor a menos, abate; calor a mais, cresta.
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(ver comentário de 8 de Outubro de 2005, neste blogue)
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Imagem:
"Goat cheese soufflé" ["soufflé" de queijo de cabra], postagem de 10 de Março de 2008 no blogue http://www.sugarlaws.com/... com créditos a esse blogue e muito especiais cumprimentos à Autora do mesmo!
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domingo, 21 de junho de 2009

Mario Benedetti (1920 - 2009)

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Da minha estimada Amiga e escritora catarinense, Urda Alice Klueger, recebi o seguinte artigo sobre o Poeta uruguaio Mario Benedetti, recentemente falecido (17 de Maio, em Montevideu). O texto sintetiza, de forma excelente, quem foi o Poeta morto e dá uma amostra clara da sua expressão (e mensagem) poética. Para mais é visitar a "net", que mais encontrarão. Numa mensagem anterior, Urda Klueger lamentava a pouca difusão na imprensa brasileira da morte deste singular cinzelador de palavras e pensamentos - perguntando mesmo, e com razão, se era necessário visitar a imprensa espanhola para nela encontrar a justa homenagem com o merecido realce. E entre nós?

Pois aí fica o texto, com a devida vénia:

"

Mario


“la sangre derramada tiene historia
de siervos que murieron bajo el sol
lleva en sí misma un corazón insomne
que late a veces y otras veces no

la sangre derramada es un lenguaje
que ya no se conforma con palabras
lleva en sí misma un apretón de adioses
y una canción por todos olvidada”

Ele estava chegando aos 90 anos. A saúde vacilava, mas não ele. Sua pena mágica seguia parindo versos que dizem das gentes do mundo de cá. Falava de amor, da vida cotidiana, das lutas. Dizia do medo, da dor, da morte, da solidão, do amor, da injustiça e da esperança. Jornalista, andava pelas estradas vicinais e dali brotava sua inspiração para escrever seus poemas de amor e guerra. Escrevia e fazia política, homem de ação e de letras. Perseguido pela ditadura que tomou conta de seu país e dos países vizinhos, Mário perambulou por Argentina, Peru, Cuba e Espanha. Só voltou para casa em 1983, vivendo o que chamou de “desexílo”, espaço de tempo que marcou profundamente sua poesia.

usted preguntará por qué cantamos

cantamos porque el río está sonando

y cuando suena el río / suena el río

cantamos porque el cruel no tiene nombre

y en cambio tiene nombre su destino

Mario Benedetti fez poemas, fez contos, ensaios. Virou canção na voz de Pablo Milanés, Silvio Rodriguez, Juan Manoel Serrat, se fez eterno. Mário era pura ternura, que se derramava de seus olhos mansos e que se fazia concreta nas palavras que ia deixando pelo caminho. Mais de 80 obras, recheadas da vida de seu povo. Mário ganhou prêmios, homenagens, mas isso não valia mais do que o caloroso abraço daqueles com quem escolheu caminhar.

Nos últimos dias, já doente, ele ainda levantava a pena e escrevia poemas. Preparava um livro que chamaria de “biografia para encontrarme”. Ficou inconcluso, mas o querido poeta certamente não precisava de uma biografia para encontrar-se. Bastaria que olhasse para a janela e visse no olhar dos passantes, aqueles que amava, o espelho de sua grandeza. Mario, agora, encontrou o grande cosmos, a energia plena, o absoluto. Está aí rodeando o mundo com sua poesia imortal.

Ele puente

Para cruzalo o para no cruzarlo

ahí está el puente

en la otra orilla alguien me espera

con un durazno y un país

traigo conmigo ofrendas desusadas

entre ellas un paraguas de ombligo de madera

un libro con los pánicos en blanco

y una guitarra que no sé abrazar

vengo con las mejillas del insomnio

los pañuelos del mar y de las paces

Ias tímidas pancartas del dolor

las liturgias del beso y de la sombra

nunca he traído tantas cosas

nunca he venido con tan poco

ahí esta el puente

para cruzarlo o para no cruzarlo

yo lo voy a cruzar

sin prevenciones

en la otra orilla alguien me espera

con un durazno y un país"


Texto da escritora Urda Alice Klueger
Blumenau, Santa Catarina, Brasil

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Imagem de, entre outros, http://cuervoblanco.com/blog/wp-content/uploads/2006/05/MarioBenedetti.jpg, com a devida vénia

sábado, 20 de junho de 2009

Hagia Sophia

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No "Citações de Insultos" que José Manuel Veiga autorou e que a editorial Lio publicou em Lisboa, na era de 1992, à minha mão chegado no acaso de impertinentes arrumações, dei a pag.133 com uma citação referente a Portugal e "signée" Oliveira Martins: "a pobre Turquia do Ocidente". Ninguém ousará chamá-lo de pouco patriota, por ter dito isso. Mas esta brevíssima mas altamente caustica frase não passaria de uma episódica leitura se não fizesse luz no meu espírito e me permitisse entender, finalmente, a nossa actual e estranha disputa com a Turquia - país que eu ainda não conheço mas que admiro e que teve em Mustafá Kemal um chefe que soube empurrar um povo para a modernidade do então sec. XX e que chama "Dinis" (deniz) aos mares![1]

A questão é simples e não escapa a quem esteja habituado a jogar ao "King" - e, em especial, a jogar a "nulos". É uma partida singular em que quem pontua perde. Assemelha-se assim à corrida dos dois filhos do cheique do deserto a quem o pai deixara também um estranho testamento: a minha fortuna será do dono do camelo que chegue em último lugar! E assim caracoleavam os dois infinitamente nas areias, fugindo da meta, até que apareceu o Homem Sábio que apenas disse... troquem os camelos entre vocês e corram o mais que puderem! Mas adiante...

Na velhinha "Compagnie Génerale des Wagons-Lits et des Grands Express Européens" estávamos empatados: tínhamos marcado primeiro, quando eles receberam o Expresso do Oriente (Paris-Istambul, 1883) mas apanharam-nos distraídos e quando, em 1887, o Sud começou a correr nos carris, de Paris a Lisboa... empataram!. Acolhidos que fomos na UE, "aquela de que nada se discute e da qual, quando há oportunidade para se discutir, se discute nada", ficamos claramente a perder - e daí a nossa simpatia recentemente expressa quanto a uma adesão turca, que permitiria restabelecer o X da paridade. Mas uma nuvem veio ensombrar o panorama: o TGV. Pretendíamos ter um TGV que nos ligasse à Europa, todos os governos o disseram - mesmo os que precisam de colectivamente tomar hexafosfato de inositol, cálcio e magnésio às colheradas para restabelecer uma memória de precoce perda. Ora isso seria um risco adicional! E logo surgiram 30 conceituados portadores do cromossoma económico, numa verdadeira constelação de estrelas de primeira grandeza do foro respectivo que, embora não tendo detectado os "marcadores" de "crise", se apressaram a vir em nome da mesma manifestar o "suspende a obra" - chegando a esse grito como Junot chegou a Lisboa, para ver as naus a sair a barra. Neste jogo de nulos, que ainda se não sabe como ficará, vieram assim aumentar a nossa esperança: que o TGV desça os Balcans, atravesse a Romélia, que chegue primeiro ao Bósforo - e que assim nós ganhemos e celebremos a vitória em Talgo VII "made in Spain" entre as estações de Marvão e de Valencia de Alcântara, com sumptuosos festejos, muitos citrinos e habituais fogos de vista. Mas "jamais" perder, claro!
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[1] É verdadeiramente surpreendente o conhecimento que os turcos que encontrei têm da História de Portugal! Terei tido sorte e a amostragem não será representativa? Mas surpreendeu-me mesmo.

Imagem: Templo da Santa Sofia (Hagia Sophia) em Istambul, : www.gotochina08.com/id14.html

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Recordando Elis às 2 e tal da madrugada: "Romaria"

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Romaria

Elis Regina

Composiçãoe e versos de Renato Teixeira

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido
Em pensamentos
Sobre o meu cavalo

É de laço e de nó
De jibeira o jiló
Dessa vida
Cumprida a só

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)

O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos
Perderam-se na vida
À custa de aventuras

Descasei, joguei
Investi, desisti
Se há sorte
Eu não sei, nunca vi

Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)

Me disseram, porém
Que eu viesse aqui
Prá pedir de
Romaria e prece
Paz nos desaventos

Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar
Meu olhar

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)


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Os que me conhecem sabem que, no "em geral", não sou grande fã de música brasileira. Mas sabem também que a esse "em geral" eu avanço com numerosas excepções. Elis - que foi uma das maiores cantoras daquela nossa língua comum que se enriquece com todos os vocábulos que soube aprender e trazer consigo - é sem dúvida uma das excepções mais frisantes. Por isso ouvi-la nesta noite quente, fez-me parar o trabalho. E registar o que ouvi. B.n.!
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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Exercício ucrónico


Depois da morte da Branca de Neve, por intencional "overdose" do tóxico na maçã, a Rainha Madrasta tentou chefiar a casa e a mina como Protectora, depondo o Rezingão que assumira por votação essas funções, numa espécie de comissão administrativa. Não votando o Rezingão, porque ficou possuído e mal remunerado com a sórdida manobra (e porque contra o Rei ou a Real Consorte não haveria providência cautelar que pegasse!), a Madrasta estava á espera de uma clara maioria - e afinal só teve três votos a favor ... e três votos contra. Retirou-se pois e queixou-se ao Rei - dizendo que a casa e a mina estavam ingovernáveis. Este tentou promover novo sufrágio, agora para eleger um dos sete anões. Ninguém convenceu o Rezingão a ir a votos ou a candidatar-se e, depois de muita peixeirada, todos os arranjos possíveis mantinham o 3-3. Aí o Rei chateou-se mesmo, definitivamente, e invocou o poder soberano para o desempate. Com a anuência dos três anões que tinham apoiado a Madrasta, atravessou as sete colinas e, na Casa junto à Mina, usou da real palavra: "Vejo que não andais para a frente e os tempos não estão para demoras. Facultei-vos uma oportunidade, mas ela não resultou. De umas voltas que dei na floresta encontrei o caçador que matou o lobo do Pedro, curiosamente o mesmo que salvou a Avó do Capuchinho e que, ainda por cima, é um conceituado empresário, rigorosamente independente e de minha confiança. Tende-lo aqui para vos dirigir, para ser vosso Protector. Mas vamos proceder de acordo com as regras: três de vocês propõe-no como candidato. Chega! Votará quem quiser e como quiser - mas eu, personagem real que sou e que tive a ideia, reservo-me do voto de qualidade, que espero não seja necessário exercer. E se for necessário exercer, a culpa será só vossa, convenhamos. Tenho dito!" Os anões que apoiavam a ideia do Rei e que eram os mesmos que já tinham apoiado a Semsorte Madrasta, aplaudiram freneticamente. Os outros não. Era inevitável novo empate, mas o voto de qualidade matou o equilíbrio. À saída encontraram o Rezingão, que à votação continuara a baldar-se e que, adequadamente, estava a estudar Italiano. Atravessando no sentido contrário as sete colinas, tomado um duche reconfortante, o Rei apareceu nos écrans de TeleProclama para dizer ao povão que, bem contra a sua vontade, tivera - em nome do geral e subido interesse - que resolver o impasse. Todos os telesúbditos do nobre horário - que estavam mas era interessados com o que sucederia na tele-crónica que viria a seguir ou com as mamocas da tenista panónica - respiraram fundo, abanando asininamente as cabeças. E, para fechar dia tão fatigante, retirando o manto que o incomodava, tomando o inspirado olhar para o céu do artista do filme espanhol "Raza" (com guião tirado da homónima novela, de insuspeito autor), o Rei solenemente disse para o Espelho Mágico: "Se eles soubessem o que lhes custará obedecer, gostariam de poder mandar toda a vida!" - Pausa solene para engulir cuspo! - E, lembrando as anotações de Napoleão ao maquiavélico "O Príncipe" prosseguiu "sotto voce" - "Mas mandarão é o tanas!". O Génio do Espelho pensou ter já ouvido aquilo algures mas, como fizeram todos os ali presentes ou ausentes, pigarreou e permaneceu calado.

E continuaram a viver infelizes para sempre.
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Imagem: cortesia a http://www.journaldunet.com/economie/magazine/dossier/ces-innovations-sont-les-succes-du-futur/image/pomme-antirides-377459.jpg

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Thorstein Veblen (1857-1929)

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Thorstein Veblen (1857-1929)

Para quem queira (re)descobrir uma das principais obras de Veblen, "The Theory of the Leisure Class", uma boa notícia: está totalmente digitalizada na "net", em
Aliás há já um mundo de excelentes obras digitalizadas na "net".
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terça-feira, 16 de junho de 2009

(In)competência

A secção "agrícola" duma razoavelmente dimensionada área de vendas decidiu, este ano, descobrir a pólvora e apostar nas mudanças climáticas. Por isso colocou à venda bolbos em Março-Abril e sementes de leguminosas e anuais em avançado Maio. Apesar dos sucessivos saldos (qualquer dia dão as "cebolas" sobrantes a quem compre quaisquer outros produtos...), os expositores ficaram cheios de existências em que ninguém tocou, porque extemporâneas, e em que ninguém vai já tocar. Parece que, face ao conseguido "sucesso", vão fechar a secção e dispensar algum pessoal que a ela estava mais ligado. Fazem bem quanto a sair do ramo, pois que quem não sabe estar no negócio é melhor que mude de tenda; mas quanto às causas disso e à solução "universal" da dispensa de pessoal, de quem é realmente a culpa? Não há qualquer cabecinha de emproado gestor que, tendo orientado tão desastrada oferta, deva - bem antes deles - rolar no cadafalso da crise?
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Imagem de www.ehow.com/how_4801488_deal-risk-of-layoff.htm . Mas mais que cortesia pela imagem, este portal deve ser citado pelas instruções práticas que dá para fazer face a qualquer ameaça de "lay-off"(procurando no portal em layoff se não for lá ter imediatamente) . Ainda que, em alguns aspectos, essas indicações se mostrem algo passivas - mas, em termos realistas e na sociedade em que vivemos, quem tem na mão a faca e o queijo (e até a marmelada dos outros)? - dão "dicas" úteis para a epidémica situação. É evidente que o desarmar dos efectivos faz emergir as incompetências, os erros, os maus-atendimentos, os lambe-botas e o mundo geral dos subpagos (que conduzem a um restabelecimento do equilíbrio por baixo, porque muitos deles não merecerão mais; mas há outros que merecem e que vão arrastados na onda, sobretudo quando a incompetência mora no posto acima. )

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

"Gosto de vê-los com o ódio nos olhos!"

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CR, citado no JN de hoje. Qualquer dia descobrem uma Universidade que também o descobre.
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domingo, 14 de junho de 2009

"Keynes era uma besta"

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Há aí menino que pensa assim. Curiosamente pertence aos mesmos que, nos anos 80, colocados perante a conveniência de atenderem (ou entenderem?) os aspectos macroeconómicos de investimentos produtivos que se não fizeram (e estamos todos a pagar por isso) faziam demonstrações de inviabilidade em carteiras de fósforos e diziam ufanos, parafraseando não-sei-quem: "Macroeconomia? Não conheço! O que há é Economia e Má-economia!". Como sempre, nesta "quinta" que in illo tempore justificou a imolação do Conde da Ericeira, foram estes os que de facto ganharam. Todos se esquecem disso. Até eles, Chicago-boys que foram ou apenas Cago-boys que continuam a pretender ser. [1]
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[1] Esta referência aos "boys" não tem nada a ver com a suicidária frase de António Guterres pronunciada numa euforia de vitória - mas que foi uma caríssima e desnecessária "boca" que, descontextualizada sistematicamente, tantas setas mortíferas tem colocado em alheios mas aproveitadores arcos. Guterres demonstrou não conhecer o "boomerang"; os "boys", não os da frase mas os esses do corpo desta postagem, continuam a mostrar que conhecem.
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sábado, 13 de junho de 2009

Outra imagem de Santa Bárbara...

... e esta aqui tão perto!


Igreja Matriz de Alhos Vedros

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Da desmemorização


Falemos agora de um assunto bem mais sério: Recorda-se a polémica recente que, em Lisboa, envolveu a Sede da PIDE - menos porque se tenha lá criado um condomínio e mais porque se tenha escondido na história do mesmo o que ali foi e se passou e se não tenha reservado um espaço para devidamente evocar a memória dessa sinistra presença e homenagear aqueles que, em nome da Liberdade, ali "pagaram a ousadia de afrontar a autodenominada democracia orgânica"- e ainda à reduzida distãncia de um simples braço histórico. Pois notícias idênticas chegam de Badajoz, como se a GCE (Guerra Civil de Espanha) não tivesse passado por lá.

Mantendo a prosa castelhana e não tentando de forma alguma modificá-la (que triste figura fazem os nossos responsáveis políticos, de todos os quadrantes, quando tentam falar um "espanholês" ou um "portunhol" digno do Palhaço Cláudio - quando os responsáveis espanhois mantém, perante nós, o seu castelhano, pronunciando devagar para que se torne mais compreensível...) dá-se seguidamente uma notícia recebida sobre o assunto [1] . Recorda-se que as trágicas cenas de Badajoz foram reveladas ao mundo principalmente através de um jornalista português, contra os ventos e as marés que, em caricatura, figuravam a nau da Junta de Burgos como matriculada em Lisboa. Salienta-se desde já que o periódico "Publico" em que este artigo/notícia foi publicado não é o "Público" editado entre nós e colocado diariamente nas bancas de "diários" nacionais.

"LAS OBRAS DEL CEMENTERIO DE SAN JUAN BADAJOZ, EN EL PERIODICO PUBLICO, 12 DE JUNIO DE 2009

PUBLICO.

Badajoz levanta un muro contra la memoria

El Ayuntamiento (PP) construye un cerramiento que oculta las tapias donde se fusiló a cientos de republicanos. Prestigiosos historiadores intentaron frenar el proyecto con un manifiesto.

PUBLICO.

ÁNGEL MUNÁRRIZ - BADAJOZ - 12/06/2009 07:21

El Ayuntamiento de Badajoz (PP) está levantando un muro que borra uno de los principales iconos de la represión franquista. Las "obras de refuerzo y acondicionamiento del cerramiento perimetral en el cementerio de San Juan", proyecto que comenzó a ejecutarse el 5 de junio con cargo al Plan E del Gobierno, suponen en la práctica la construcción de un muro que oculta las tapias del viejo camposanto, escenario de fusilamientos masivos tras la entrada a sangre y fuego en la ciudad de las tropas del general Juan Yagüe.

El Gobierno local argumenta que la debilidad arquitectónica de las tapias obliga a la obra, concebida para integrar el camposanto en la ciudad y quitar de la vista el cementerio, situado en una zona en pleno desarrollo urbanístico.

Los historiadores Francisco Espinosa, Ian Gibson, Julio Aróstegui, Mirta Núñez, Julián Casanova, Josep Fontana, Paul Preston, Hilari Raguer, Alberto Reig Tapia, Ángel Viñas y Helen Graham, entre otros, suscriben el manifiesto No se puede esconder el pasado, que también intentó en vano influir contra el proyecto.

El texto recuerda que "es posible que Badajoz sea la ciudad en que en relación con su población un mayor número de personas fueran asesinadas a consecuencia del golpe militar y de la masacre tras su ocupación". Y añade: "Las blanquísimas tapias del cementerio fueron una de las primeras evidencias ante el mundo de la política de exterminio programado". Unas 1.200 personas murieron en los días posteriores a la entrada de Yagüe.

La emblemática plaza de toros fue derribada en 2002 por el PSOE

El manifiesto de los historiadores hace hincapié en la potencia evocadora de las tapias del cementerio: "El Tercio, los regulares y los fascistas, al servicio del avance del ejército de África, habrían logrado ahora, más de setenta años después, una nueva victoria si (...) desapareciese la memoria de lo ocurrido y los engarces del recuerdo".

La historiadora Mirta Núñez se muestra "apenada". "Badajoz es emblemático del borrado de huellas de la memoria no sólo de Badajoz, sino de cosas que afectan a toda España", afirma. "No creo que la única opción fuera este muro. Percibo una obsesión por parte de algunos de borrar todo lo relacionado con la República y la represión", añade.

Negativas del PP

El hecho de que haya constancia documental gráfica de los asesinatos en las tapias es un argumento esgrimido por los defensores de que estas sean conservadas, al menos parcialmente, o de que se coloque alguna placa oficial, peticiones que el PP ha desestimado.

El PP le quitó en mayo una calle a una diputada de la II República

El otro argumento es que se borra así el único gran icono de la represión en la ciudad. La plaza de toros, escenario de reclusión y fusilamientos, fue derribada en 2002 para la construcción de un palacio de congresos, promovido por la Junta de Extremadura (PSOE).

Da idea de la relevancia de la plaza el que Francisco Espinosa, autor de La columna de la muerte y uno de los historiadores que más ha aportado al conocimiento de la represión en Extremadura, lo incluya en la terna de "lugares más significativos de la memoria" junto a Gernika (Vizcaya) y el barranco granaíno de Víznar.

El proyecto del muro fue llevado a la comisión de Gobierno local, donde recibió el apoyo del PP, que gobierna con mayoría absoluta, y del PSOE, y el voto en contra del edil de IU, Manuel Sosa. "Nos hemos quedado solos en la defensa del único lugar de memoria que quedaba", afirma Sosa.

Celestino Vegas, portavoz del PSOE, puntualiza que la postura socialista fue la de "pedir que se reservara una parte de la tapia o que se incluyera algún reconocimiento, pero el PP no escuchó".

"Hay obsesión por borrar lo relativo a la represión", dice Mirta Núñez

Según José Manuel Corbacho, presidente de la Asociación por la Recuperación de la Memoria Histórica Extremeña, "el Ayuntamiento nunca ha hecho nada por reconsiderar ni siquiera mínimamente el proyecto, pese a las alterantivas razonables que la asociación ha hecho públicas".

La edil de Cementerios , Dolores Beltrán (PP), afirma que la obra "no tiene nada que ver con la memoria histórica" y sólo pretende "evitar la caída del muro". ¿Hay algún informe que acredite este riesgo? "Hay unos contrafuertes desde hace 20 años. Y yo confío en lo que dicen mis técnicos", responde.

Revanchismo municipal

El Gobierno local del PP ha tomado medidas sobre memoria histórica que la oposición ha calificado de "revanchistas". En el pleno de mayo, obligado por la Ley de Memoria Histórica, apoyó cambiar de nombre las calles General Mola y Regulares Marroquíes y quitar una placa a Yagüe. A cambio, empleó su mayoría absoluta para quitar la calle que tenía desde 1985 Margarita Nelken, diputada en la República, feminista e ilustrada.

La concejal de Cultura, Consuelo Rodríguez, presentó a Nelken como una mujer violenta, sectaria y contraria al sufragio femenino, desmintiendo la historiografía al respecto.

La ARMHEX lleva desde que se conoció el proyecto, en febrero, intentando sin éxito que la Junta inicie un expediente de declaración de la tapia como Bien de Interés Cultural, como ha hecho con el campo de concentración de Castuera. La Consejería de Cultura, preguntada por Público al respecto, responde: "Se trata de una propiedad municipal que no se encuentra protegida por normativa urbanística alguna, por lo que no cabe intervención de la Junta".

ÁNGEL MUNÁRRIZ - BADAJOZ - 12/06/2009 07:21

El Ayuntamiento de Badajoz (PP) está levantando un muro que borra uno de los principales iconos de la represión franquista. Las "obras de refuerzo y acondicionamiento del cerramiento perimetral en el cementerio de San Juan", proyecto que comenzó a ejecutarse el 5 de junio con cargo al Plan E del Gobierno, suponen en la práctica la construcción de un muro que oculta las tapias del viejo camposanto, escenario de fusilamientos masivos tras la entrada a sangre y fuego en la ciudad de las tropas del general Juan Yagüe.

El Gobierno local argumenta que la debilidad arquitectónica de las tapias obliga a la obra, concebida para integrar el camposanto en la ciudad y quitar de la vista el cementerio, situado en una zona en pleno desarrollo urbanístico.

Los historiadores Francisco Espinosa, Ian Gibson, Julio Aróstegui, Mirta Núñez, Julián Casanova, Josep Fontana, Paul Preston, Hilari Raguer, Alberto Reig Tapia, Ángel Viñas y Helen Graham, entre otros, suscriben el manifiesto No se puede esconder el pasado, que también intentó en vano influir contra el proyecto.

El texto recuerda que "es posible que Badajoz sea la ciudad en que en relación con su población un mayor número de personas fueran asesinadas a consecuencia del golpe militar y de la masacre tras su ocupación". Y añade: "Las blanquísimas tapias del cementerio fueron una de las primeras evidencias ante el mundo de la política de exterminio programado". Unas 1.200 personas murieron en los días posteriores a la entrada de Yagüe.

La emblemática plaza de toros fue derribada en 2002 por el PSOE

El manifiesto de los historiadores hace hincapié en la potencia evocadora de las tapias del cementerio: "El Tercio, los regulares y los fascistas, al servicio del avance del ejército de África, habrían logrado ahora, más de setenta años después, una nueva victoria si (...) desapareciese la memoria de lo ocurrido y los engarces del recuerdo".

La historiadora Mirta Núñez se muestra "apenada". "Badajoz es emblemático del borrado de huellas de la memoria no sólo de Badajoz, sino de cosas que afectan a toda España", afirma. "No creo que la única opción fuera este muro. Percibo una obsesión por parte de algunos de borrar todo lo relacionado con la República y la represión", añade.

Negativas del PP

El hecho de que haya constancia documental gráfica de los asesinatos en las tapias es un argumento esgrimido por los defensores de que estas sean conservadas, al menos parcialmente, o de que se coloque alguna placa oficial, peticiones que el PP ha desestimado.

El PP le quitó en mayo una calle a una diputada de la II República

El otro argumento es que se borra así el único gran icono de la represión en la ciudad. La plaza de toros, escenario de reclusión y fusilamientos, fue derribada en 2002 para la construcción de un palacio de congresos, promovido por la Junta de Extremadura (PSOE).

Da idea de la relevancia de la plaza el que Francisco Espinosa, autor de La columna de la muerte y uno de los historiadores que más ha aportado al conocimiento de la represión en Extremadura, lo incluya en la terna de "lugares más significativos de la memoria" junto a Gernika (Vizcaya) y el barranco granaíno de Víznar.

El proyecto del muro fue llevado a la comisión de Gobierno local, donde recibió el apoyo del PP, que gobierna con mayoría absoluta, y del PSOE, y el voto en contra del edil de IU, Manuel Sosa. "Nos hemos quedado solos en la defensa del único lugar de memoria que quedaba", afirma Sosa.

Celestino Vegas, portavoz del PSOE, puntualiza que la postura socialista fue la de "pedir que se reservara una parte de la tapia o que se incluyera algún reconocimiento, pero el PP no escuchó".

"Hay obsesión por borrar lo relativo a la represión", dice Mirta Núñez

Según José Manuel Corbacho, presidente de la Asociación por la Recuperación de la Memoria Histórica Extremeña, "el Ayuntamiento nunca ha hecho nada por reconsiderar ni siquiera mínimamente el proyecto, pese a las alterantivas razonables que la asociación ha hecho públicas".

La edil de Cementerios , Dolores Beltrán (PP), afirma que la obra "no tiene nada que ver con la memoria histórica" y sólo pretende "evitar la caída del muro". ¿Hay algún informe que acredite este riesgo? "Hay unos contrafuertes desde hace 20 años. Y yo confío en lo que dicen mis técnicos", responde.

Revanchismo municipal

El Gobierno local del PP ha tomado medidas sobre memoria histórica que la oposición ha calificado de "revanchistas". En el pleno de mayo, obligado por la Ley de Memoria Histórica, apoyó cambiar de nombre las calles General Mola y Regulares Marroquíes y quitar una placa a Yagüe. A cambio, empleó su mayoría absoluta para quitar la calle que tenía desde 1985 Margarita Nelken, diputada en la República, feminista e ilustrada. La concejal de Cultura, Consuelo Rodríguez, presentó a Nelken como una mujer violenta, sectaria y contraria al sufragio femenino, desmintiendo la historiografía al respecto.

La ARMHEX lleva desde que se conoció el proyecto, en febrero, intentando sin éxito que la Junta inicie un expediente de declaración de la tapia como Bien de Interés Cultural, como ha hecho con el campo de concentración de Castuera. La Consejería de Cultura, preguntada por Público al respecto, responde: "Se trata de una propiedad municipal que no se encuentra protegida por normativa urbanística alguna, por lo que no cabe intervención de la Junta".

ÁNGEL MUNÁRRIZ - BADAJOZ - 12/06/2009 07:21

El Ayuntamiento de Badajoz (PP) está levantando un muro que borra uno de los principales iconos de la represión franquista. Las "obras de refuerzo y acondicionamiento del cerramiento perimetral en el cementerio de San Juan", proyecto que comenzó a ejecutarse el 5 de junio con cargo al Plan E del Gobierno, suponen en la práctica la construcción de un muro que oculta las tapias del viejo camposanto, escenario de fusilamientos masivos tras la entrada a sangre y fuego en la ciudad de las tropas del general Juan Yagüe.

El Gobierno local argumenta que la debilidad arquitectónica de las tapias obliga a la obra, concebida para integrar el camposanto en la ciudad y quitar de la vista el cementerio, situado en una zona en pleno desarrollo urbanístico.

Los historiadores Francisco Espinosa, Ian Gibson, Julio Aróstegui, Mirta Núñez, Julián Casanova, Josep Fontana, Paul Preston, Hilari Raguer, Alberto Reig Tapia, Ángel Viñas y Helen Graham, entre otros, suscriben el manifiesto No se puede esconder el pasado, que también intentó en vano influir contra el proyecto.

El texto recuerda que "es posible que Badajoz sea la ciudad en que en relación con su población un mayor número de personas fueran asesinadas a consecuencia del golpe militar y de la masacre tras su ocupación". Y añade: "Las blanquísimas tapias del cementerio fueron una de las primeras evidencias ante el mundo de la política de exterminio programado". Unas 1.200 personas murieron en los días posteriores a la entrada de Yagüe.

La emblemática plaza de toros fue derribada en 2002 por el PSOE

El manifiesto de los historiadores hace hincapié en la potencia evocadora de las tapias del cementerio: "El Tercio, los regulares y los fascistas, al servicio del avance del ejército de África, habrían logrado ahora, más de setenta años después, una nueva victoria si (...) desapareciese la memoria de lo ocurrido y los engarces del recuerdo".

La historiadora Mirta Núñez se muestra "apenada". "Badajoz es emblemático del borrado de huellas de la memoria no sólo de Badajoz, sino de cosas que afectan a toda España", afirma. "No creo que la única opción fuera este muro. Percibo una obsesión por parte de algunos de borrar todo lo relacionado con la República y la represión", añade.

Negativas del PP

El hecho de que haya constancia documental gráfica de los asesinatos en las tapias es un argumento esgrimido por los defensores de que estas sean conservadas, al menos parcialmente, o de que se coloque alguna placa oficial, peticiones que el PP ha desestimado.

El PP le quitó en mayo una calle a una diputada de la II República

El otro argumento es que se borra así el único gran icono de la represión en la ciudad. La plaza de toros, escenario de reclusión y fusilamientos, fue derribada en 2002 para la construcción de un palacio de congresos, promovido por la Junta de Extremadura (PSOE).

Da idea de la relevancia de la plaza el que Francisco Espinosa, autor de La columna de la muerte y uno de los historiadores que más ha aportado al conocimiento de la represión en Extremadura, lo incluya en la terna de "lugares más significativos de la memoria" junto a Gernika (Vizcaya) y el barranco granaíno de Víznar.

El proyecto del muro fue llevado a la comisión de Gobierno local, donde recibió el apoyo del PP, que gobierna con mayoría absoluta, y del PSOE, y el voto en contra del edil de IU, Manuel Sosa. "Nos hemos quedado solos en la defensa del único lugar de memoria que quedaba", afirma Sosa.

Celestino Vegas, portavoz del PSOE, puntualiza que la postura socialista fue la de "pedir que se reservara una parte de la tapia o que se incluyera algún reconocimiento, pero el PP no escuchó".

"Hay obsesión por borrar lo relativo a la represión", dice Mirta Núñez

Según José Manuel Corbacho, presidente de la Asociación por la Recuperación de la Memoria Histórica Extremeña, "el Ayuntamiento nunca ha hecho nada por reconsiderar ni siquiera mínimamente el proyecto, pese a las alterantivas razonables que la asociación ha hecho públicas".

La edil de Cementerios , Dolores Beltrán (PP), afirma que la obra "no tiene nada que ver con la memoria histórica" y sólo pretende "evitar la caída del muro". ¿Hay algún informe que acredite este riesgo? "Hay unos contrafuertes desde hace 20 años. Y yo confío en lo que dicen mis técnicos", responde.

Revanchismo municipal

El Gobierno local del PP ha tomado medidas sobre memoria histórica que la oposición ha calificado de "revanchistas". En el pleno de mayo, obligado por la Ley de Memoria Histórica, apoyó cambiar de nombre las calles General Mola y Regulares Marroquíes y quitar una placa a Yagüe. A cambio, empleó su mayoría absoluta para quitar la calle que tenía desde 1985 Margarita Nelken, diputada en la República, feminista e ilustrada. La concejal de Cultura, Consuelo Rodríguez, presentó a Nelken como una mujer violenta, sectaria y contraria al sufragio femenino, desmintiendo la historiografía al respecto.

La ARMHEX lleva desde que se conoció el proyecto, en febrero, intentando sin éxito que la Junta inicie un expediente de declaración de la tapia como Bien de Interés Cultural, como ha hecho con el campo de concentración de Castuera. La Consejería de Cultura, preguntada por Público al respecto, responde: "Se trata de una propiedad municipal que no se encuentra protegida por normativa urbanística alguna, por lo que no cabe intervención de la Junta".

"Toda mi vida ha sido silencio; y ahora, más silencio"

Antonio García, hijo de un fusilado, denuncia el olvido de las víctimas

Á, M. - Badajoz - 12/06/2009 07:40

Antonio García Vital, mecánico de 32 años, fue fusilado el 13 de septiembre de 1936, precisamente, en la tapia con la que hace esquina la que ahora se está recubriendo con un muro. El pasado 7 de febrero, su hijo menor, Antonio García, que tenía 17 meses cuando murió su padre, acudió allí a un acto que, a medio camino entre el homenaje y la protesta, pretendía reivindicar la memoria de los cientos de asesinados allí y exigir que se preservasen las tapias.

Ahora sabe que este empeño ha fracasado. "Me parece horroroso", dice. "Más olvido todavía". Afirma que aún siente "miedo" por sus hijos al hablar de cómo su padre, "socialista", fue detenido en su casa. "Tengo hijos, y no querría que les pasara nada si volviera a pasar algo como lo de entonces", explica. La sensación de desprotección por parte de las autoridades y de miedo a hablar por parte de los descendientes de represaliados es aún muy frecuente en pueblos y ciudades del sur de España. "Todavía está uno un poco acomplejado, después de toda la vida sin poder hablar. Toda la vida de silencio; y ahora, más silencio todavía", lamenta.

Aparte de expresar una total desconfianza hacia la derecha "que siempre está ahí, la misma de siempre, para que no puedas hablar demasiado alto", Antonio reprocha al PSOE su escasa implicación en la cuestiones de memoria histórica. No olvida, por ejemplo, que la plaza de toros donde su padre estuvo preso varios días antes de ser llevado al cementerio y fusilado fuera derribada y se construyera un palacio de congreso. Allí, como único reconocimiento, hay una escultura de Blanca Muñoz, sin placa que explique el motivo.

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ASOCIACIÓN PARA LA RECUPERACIÓN DE LA MEMORIA HISTÓRICA DE EXTREMADURA. (ARMHEX)."

[Tal como vinha junta ao artigo original, e com a devida vénia, junta-se, no início do texto, a fotografia do muro-taipal com que se pretende encobrir os outros muros numa perspectiva de "matar a memória"]

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[1] Para quem se arrepele por eu publicar um artigo inteiro em Castelhano direi apenas "Luís Vaz (de Camões), que celebramos ante-ontem, fez o mesmo - e várias vezes"-

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Donald! 75 anos em 9 de Junho!

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Gaita, Donald, PARABÉNS! Conseguires encaixar-te na agenda dos "Gemini" entre a minha folha e a folha do MG, que não é B-GT, é obra. E conseguiste também ser mais velho que qualquer destes dois colegas de poltrona. E conseguiste finalmente aquilo que, por manifesta e crónica falta minha, muitos dos meus amigos conseguem, que é receberem os parabens dois ou três dias depois das velinhas, embalados em pedidos de desculpa. Mas sabes... nós andamos enredados em "pseudocrises" e ameaçados por "pseudogripes" - como escreveria o optimista ontem de serviço, decerto pronto a imputar a virose sempre aos mesmos - e, por isso, a data passou-me. Para te compensar vou duplamente figurar-te: a primeira, supra, é como nasceste, a 9 de Junho de 1934, a ajudar galinhas com ar de ingénuo-escondido (tu? ingénuo? onde?); a segunda, infra, é uma versão mais recente, que me mandaram por e-mail e cujo bem apanhado original muito me divertiu - versão esta que nos tranquiliza de forma bem clara quanto ás tuas discutidas relações com a "Daisy" (Margarida, para os amigos). Começo mesmo a crer que os teus sobrinhos não passam de "afilhados de tonso"! Disfarçudo me saíste, grande e rezingão pato-não-bravo (ao menos isso)!



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Imagens: (a) cortesia a http://robot6.comicbookresources.com/2009/06/happy-75th-birthday-donald-duck/, mostrando a "estreia de Donald", em "The wise little hen" (1934); (b) cortesia a http;//sites.uol.com.br/bodyboard.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Valha-lhe Santo Amaro

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Duma mensagem de um leitor, hoje publicada no JN, retiro a seguinte porção de prosa:
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"Não é com desculpas de pseudocrises internacionais que deixamos de pensar."

"Pseudocrises"? Este ou é humorista, ou um dos bem-aventurados, ou desembarcou ontem de Marte, ou entrou em sentido errado na linha do TGV, ou espera ser chamado para gestor de "produtos tóxicos" na Banca americana ou ainda não lhe explicaram bem o que se está a passar!
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Valha-lhe Santo Amaro, com "eléctricos" e tudo. Ou então: "Fia-te na Virgem e não corras!" (que a procissão ainda pode vir no adro!)
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- - - « « « «» » » » - - -
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A propósito: Referiram-me existir na "net" uma adaptação da Rua de Sésamo a uma simples explicação ad usum Delphini de como se gerou a tal crise que o outro chama de "pseudo". A história que me contaram é simples e rápida e, mais ou menos, cai nisto: um dos personagens da referida série começou a gostar muito de bolachas e, com medo que estas escasseassem, decidiu proceder a um progressivo aforro das mesmas. Logo outro personagem lhe disse: não guardes as bolachas em casa, que não só não ganhas nada como estas podem estragar-se. Vai ali à esquina, onde estão a anunciar "aplicações de bolachas" e entrega-lhes as tuas poupanças e elas ficarão sempre frescas, bem guardadas e... ainda ganhas qualquer coisa. O dito foi lá, entregou a caixa das poupanças a um senhor que, gerente daquilo, o recebeu muito bem e lhe recitou as grandes vantagens potenciais daquela entrega. Mas, mal o depositante tinha saído pela portaria e já perdera seguramente de vista, o dito senhor tirou a máscara e revelou-se (como o exoftálmico de outro dia): era nem mais nem menos que o "Monstro das Bolachas"!
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Quem me contou isto, não me deu o "site". Alguém o conhece?
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A tempo

Estou como na narração do Eça: "Quem não admirará os progressos deste século!" Tinha quase acabado de postar isto... logo o telefone tocou e avisou-me que ia receber por e-mail o seguinte link:

http://www.youtube.com/watch?v=XJ8OjAB_e3g&feature=related

Não sei o que me pasme mais: se a brevidade da resposta, se ainda haver gente amiga que lê o meu blogue!!!
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terça-feira, 9 de junho de 2009

Titanic

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É opinião frequentemente expressa que, se o "Titanic" não tentasse contornar o obstáculo e "marrasse" de frente no "iceberg" haveria certamente estragos e mortes, mas a tragédia não alcançaria o nível que alcançou.
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Em certas circunstâncias, mesmo adversas, é sempre melhor prosseguir o rumo que arriscar um "suave" rombo longitudinal.
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Agora é que é tê-los.
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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dia de S. Salustiano, confessor

Dois e sete nove, noves fora nada.

(MCMXXXVII 19:00 41,130108 -8,614131; era então o nº 31)

Mas as informações confundem-se: num calendário litúrgico espanhol de 1828, cuja folha 18 se reproduz acima [1], bem como noutra fonte [2], o Santo é confessor e tem a sua festa a 8 de Junho. Outra referência indica-o como mártir sardo do sec. IV... e com festa também a 8 de Junho [3]. Mas, noutro local ainda, o Santo é dado como tendo a sua festa a 14 de Setembro [4]. Finalmente, um artigo do padre jesuíta João Croisset [5] ajuda a esclarecer (quase) tudo: o mártir e o confessor são o mesmo Santo em fases diferentes da vida - curiosamente começando por ser mártir e passando a confessor - e a Sardenha e a data de 8 de Junho são atribuições correctas! Falta compreender o 14 de Setembro... mas isso virá a seu tempo! Tinha mesmo que ser um dia de complicado Santo... [6]

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[1]http://books.google.es/books?id=C3kW6MVmtAIC&pg=PA18&lpg=PA18&dq=s.salustiano&source=bl&ots=Bz6uU76zFV&sig=fplQ6b, in "Kalendario manual y guía de forasteros en Madrid", por Imprenta Real (Madrid), edição de Imprenta Real, 1828,Original da a Universidade Complutense de Madrid, digitalizado por Google.es em 9 Jul 2008
[2]http://www.santopedia.com/santo-y/confesor/p4
[3]http://www.euroresidentes.com/significado-nombre/s/salustiano.htm
[4]http://www.aniversalia.com/santo-de-san-Salustiano-7236-S
[5]iteadjmj.com/SANTO/salustiano.pdf
[6]Que lugar para este santo, no calendário nacional, provadamente mais propenso a pregadores que a confessores e já sem lugar para virgens (estas por falta) e mártires (estes por abundância conducente a falta de espaço, ou de paciência)? O lema "Os que precisam aos que podem" , que se obtém iterando a frase da segurança social de outros tempos, adquire presença acrescida na realidade nacional em tempo de crise - porque, esgotados os nichos neste coro celestial, apenas sobram paredes para nelas pintar uma coorte de anjinhos papudos, refastelados em nuvens... enquanto não chove.
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domingo, 7 de junho de 2009

Mensagem com conteúdo político, ou nem tanto

Pouco passa das 8 da manhã e preparo-me para ir votar. Por razões óbvias, esta mensagem vai ficar "pendurada" e só será publicada às 20:00 horas de hoje, quando praticamente já se conhecerem os resultados de umas eleições europeias.

Sejam eles quais forem, exista a deserção da democracia que existir (porque, queiram ou não, é assim que eu vejo a "fuga ao voto"), tenho que deixar aqui expresso o meu profundo lamento pela forma como foi conduzida a presente campanha. Numas eleições europeias, numa Europa a que queremos (ou não queremos?) pertencer, já que geograficamente a isso somos obrigados salvo as jangadas de Saramagos e Kusturikas, não se discutiu Europa. Discutiu-se se a vizinha solteirona pendurou na corda umas cuecas masculinas, ou se os gerânios da varanda do 2º andar, ao serem regados, deixam escorrer terra para a fachada. Discutiu-se mais uma vez a pelintrice nacional dentro da pelintrice nacional. A nossa dimensão de Europa ficou-se pela fronteira do Caia e pelas quezílias do desbanque na Banca e pelas mensagens triclínicas, para não dizer amorfas, de uma comunicação social que merece os comentários que, de um e outro lado, vai mesmo merecendo.

TODOS os Partidos alinharam nesta expressão de frustação colectiva. Criados não apenas para serem máquinas dirigidas ao exercício do poder, mas igualmente para a missão pedagógica de um enquadramento e formação política dos cidadãos, estão claramente a desvincular-se dessa missão ao esconderem a realidade da crise, apontando-se uns aos outros uma responsabilidade que só por puro gozo têm, uma competência ou incompetência que não lhes assiste e o escamotear das verdadeiras razões que tudo isto criaram e que nos coloca "em pelote" perante os maus ventos que vem de fora e que, enquanto continuarem a soprar, só nos permitirão o papel de "limitação de avarias". No dia em que o Trichet veio demonstrar que se tinha enganado, revendo em baixa as perspectivas europeias, esgadanhamo-nos por aqui dizendo que a crise é feita pelo Zé da Adega, para não a imputar imediatamente à Mula da Cooperativa. Politiza-se tudo. O que se passa com o Provedor e a desconsideração feita a vultos válidos desta sociedade, como o insuspeito e insigne Professor Jorge Miranda - de quem eu tive a honra de ser aluno - é um insulto à inteligência. Temos juristas que percebem de pirólise e amesquinham reputados conhecedores de processos químicos e jornalistas que percebem de tudo. O "Morra a Inteligência. Viva a Morte" com que o Milan d'Astray, senhor da guerra, tentou calar a razão do Unamuno, senhor do saber e da inteligência, volta a ecoar por aí, seja na boca de cliques políticas, de boiardos que sonham por reocupar o poder ou de oprimidos profissionais que defendem o quanto pior melhor - e todos estes se reclamando de uma democracia que o grito original tinha desprezado.

Por isso, perante umas eleições europeias em que a ultima coisa que se discutiu foi mesmo a Europa, responsabilizando os que optaram por esse rumo errado, eu deixo um protesto e um pre-aviso: se o futuro político deste País ditar (por comodidade, ou por desfastio, ou por incapacidade de definição de rumos) uma qualquer solução que, mesmo que com rótulo mentirosamente patriótico, se traduza efectivamente numa união contra-natura, transitória e comprometida, colocando o ouro na bolsa do bandido e que, levando ao abandono de princípios essenciais de evolução social democrática e a uma progressiva mediocratização da nossa sociedade, consubstancie o axioma orwelliano do "ignorância é força" , em que tantos nos querem manter, votarei contra (mas votarei sempre) e agirei em conformidade.

Foi uma péssima campanha europeia. Custe o que custar, deve-se evitar cair em armadilhas. E houve-as. E há-as.

E agora - com a Liberdade readquirida em 1974 e cuja anterior ausência muitos dos detractores ou "ausentes" de hoje desconheceram - vou cumprir o meu poder-dever de cidadão, votando livremente pelo que entendo ser melhor para Portugal na Europa e para a Europa que somos.
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sábado, 6 de junho de 2009

Hoje foi um dia importante para o clã

Foi. Felicidades aos que iniciam a viagem juntos num mar coalhado de escolhos, como é hoje o nosso. Saber navegar é uma ciência - e o sucesso mede-se anos mais tarde quando, ao olhar para trás com o mesmo entusiasmo do início, se puder concluir que se viveu uma vida cheia. Amor, coragem e Boa Ventura.
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sexta-feira, 5 de junho de 2009

天安门事件, 5th June 1999

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Remember! Recordem!
Queiram ou não, esta foto de Jeff Widener, para a AP, tirada há 20 anos, faz parte da memória do Mundo em que vivemos.
E, neste e deste, continua a dizer muito.
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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Leon Blum (1871-1950)

A 4 de Junho de 1936 chefia o primeiro governo socialista da França, após a vitória da Frente Popular - governo que terá uma duração limitada (até 22 de Junho de 1937), mas que introduzirá grandes alterações sociais e políticas que transbordaram das fronteiras do "hexágono" e das fronteiras do tempo. Volta assumir o cargo de primeiro ministro em 1938 , efemeramente, e já no após guerra, em 1946.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Máscaras

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Caiu a máscara ao exoftálmico senhor. Muitos descobrirão que precisa(va)m de oculinhos. à medida do aprenderem (eles também) que Lorelei não fica apenas no Reno. Na falta de melhor, escrevam cem vezes em piçarras as frases requentadas e evitem os efeitos da queda no cuspir-pró-ar - também não se esquecendo dos tranquilizantes. Qui habet aures audiendi, audiat!
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Nem só Panúrgio tinha rebanho. Certamente menos culto, mas igualmente numeroso e igualmente rebanho.
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terça-feira, 2 de junho de 2009

Terras de ninguém

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A recente tragédia da aviação comercial, que a todos os títulos se lamenta e de que ainda tão pouco se sabe, veio trazer ao de cima uma realidade chocante: como é que, neste tempo em que, através do Google Earth somos capazes de, sentados na poltrona, definir as coordenadas da porta da própria casa ou da tília que está na rua ali ao lado com a precisão da centésima de segundo (i.e. a de aproximadamente 1/3 do metro!) e em que, por GPS, com esses mesmos dados, conseguimos chegar com precisão a objectivos distantes, há recantos do nosso planeta em que se pode perder um objecto quase do tamanho de um campo de futebol, levando no interior as almas de uma freguesia inteira, enquanto se aguarda um sinal que apareça uma hora depois da entrada nesse "túnel de fumo" - ou seja numa incerteza de 800 a 900 km. Não se discute aqui se a adopção de melhores métodos de localização, para essas "terras de ninguém", pode ou não significativamente contribuir para uma maior segurança - matéria para a qual se reconhece a ausência, neste blogue, de qualquer competência. Mas não há dúvida que subsistem aqui névoas de desconformidade em termos de capacidade de comunicação e que uma melhor definição do "onde estamos" feita nos dois sentidos, pode - mesmo no infortúnio - contribuir para uma maior eficácia. Qualquer coisa desajustada permanece quase ao nível das naus.
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segunda-feira, 1 de junho de 2009

2009: Um mineral por mês: Junho / Torbernite

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Desta feita escolheu-se um mineral de urânio, talvez dos mais bonitos no seu verde-maçã e nos hábitos cristalinos com que frequentemente se exibe - havendo até quem lhe chame "mica de urânio". Existe por cá, nos sítios próprios.

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Imagem: http://www.pbase.com/ireden/image/219762
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