sábado, 11 de fevereiro de 2012

Notas soltas por conta (2)

Notícias de uma indústria
 
"Esqueleto" em betão da fábrica de poliois e resinas do Lavradio, Barreiro 
(foto que parece ter sido já trazida aqui) [1]
Demolição da chaminé da que foi a Central Eléctrica da EDP no Lavradio (Barreiro)
Desmonte de uma torre de "prilling" [2] da fábrica de amoníaco e ureia do Lavradio, Barreiro


Notícias de um acordo ortográfico malquerido

 Agradeço a Vasco Graça Moura a decisão que tomou, escassos dias após assumir a presidência do CCB, ao suspender o referido acordo no domínio que gere . Recordando as alterações que já experimentei pelo caminho, mercê da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945, e as tíbias modificações posteriores que foram ficando embargadas por razões cisatlânticas ou transatlânticas [3], mantive-me até à data como mero observador, no gozo do período de adaptação legalmente previsto. Haveria pois que optar - e o determinante gesto [4] assim me decidiu - pelo que, a partir de agora, procurarei adotar nos meus escritos a grafia do Acordo Ortográfico de 1990.

Notícias de um assalto

As três fotografias acima estarão entre as últimas que por mim foram captadas com a  FUJI A220 que longamente usei, antes desta ser "cirurgicamente" removida de minha propriedade. A característica relevante que distingue os autores dum tal ato é que estes são dos que "irão mesmo dentro" se apanhados forem. [5]

Por Garzón !

Si! Sin duda!.

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[1] Felizmente que, não longe dos terrenos em que estes monumentos mirram, subsiste um louvável exemplo de Indústria.
[2] Em palavras simples dizer-se-á que o "prilling" é uma operação em que uma fase pastosa é feita gotejar no interior duma torre,  solidificando-se em grânulos por contacto com um caudal gasoso quente que, em contracorrente, sobe.
[3] E que então, ao que eu saiba, não terão levantado tanta pieira como este, talvez porque ao tempo as meninas das tranças pretas ainda andassem a apregoar violetas pelo Chiado (substituídas na primavera-verão por raminhos de "blués").
[4] Reforçado pela elegante qualificação cambronniana que o MEC sobre o mesmo obrou no "Público" de domingo passado - fazendo-me lembrar os jovens profs (eles assim se identificavam) que, em pleno Forum do Barreiro e naquele tempo em que os profs ainda tinham pio, se referiam em voz manifestamente alta  àquilo que, com desdém, chamavam de "Cagalhães".
[5] Para ler "a contrario". Das minhas andanças já longínquas pela Filosofia do Direito (ou  de uma das primeiras aulas de Direito Penal I, já não me recordo bem) guardo a descrição  feita por um dos docentes de um episódio atribuído a Sócrates (o grego). Estava este, como de costume, sentado à porta de sua casa quando, na rua, se desencadeou um grande alarido, com correrias, etc, etc. Sócrates procurou conhecer a causa de tal desassossego e dela alguém o informou dizendo: "Correm atrás de um ladrão!" Como se falasse para si mesmo, no estilo que dele se descreve, o filósofo deixou escapar esta socrática pergunta: "Mas afinal o que é um ladrão?"