segunda-feira, 31 de julho de 2006
domingo, 30 de julho de 2006
Dos sermões sobre a indústria,,,
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sábado, 29 de julho de 2006
Centaurea cyanus: os amores antigos nunca se esquecem...
... ainda que os outros se possam esquecer de nós (e nós deles, claro)!
Há um ano lembrei aqui um amor antigo: a "Centaurea cyanus", que a monda química tem feito desaparecer dos nossos campos, só restando a papoila e a "parvenue" azeda, que floresce e faz triunfar o amarelo fora do tempo das flores - porque ainda se não esqueceu da época do Verão na sua Austrália natal. E é em homenagem a essa velha amiga, a centaurea azul, que no Verão até se vendia em raminhos como no Inverno se vendiam as violetas (lembras-te, Nela?), que junto esta pequena recolha.
Centaurea cyanus, L
Alemão: Kornblume [01;06;10;12;13], Flockenblume [10]
Basco: Nabarr lore [01], Nabar-lorea [03]
Castelhano: Aciano [01;03;13], Aldiza [03] Azulejo [01,03], Botoncillo [03], Centaura azul [13], Flor celeste [03], Pincel [13], Liebrecilla [03]
Catalão: Blauet [02;03], Blavet [01]
Checo: Chrpa [18]
Curdo: Kanêje [18]
Dinamarquês: Kornblomst[12;13]
Eslovaco: Nevädza poľná [18]
Espanhol: ver Castelhano
Esperanto: Cejano [17]
Estoniano: Rukkilill [13] (Flor nacional da Estónia desde 1968 [18])
Finlandês: Ruiskaunokki[12;13;18], ruiskukka [18]
Flamengo: Korenbloem [06;13;18] blauwbol, bol [18]
Francês: Bleuet [03;07;13;18], Barbeau [13], centaurée bleuet [18]
Galego: Fidalguinhos [01], Lóios [01]
Holandês: ver Flamengo
Húngaro: Búzavirág [13], Kék búzavirag [13], Vetési búzavirag [13]
Inglês: Bachelor’s button [04;08 em N.America;13], Basket flower [05], Bluebonnet [08 na Escócia], Bluebottle ou Blue-bottle[03;05;07 na América, mas considerado “old fashioned”; 07; 08 em Inglaterra], Blueblow [15], Bluebow [07], Blue Cap [07], Bluet [08 em Inglaterra] , Cornflower [01;04;05;06;08;12;13], Hurtsickle [07] Ragged robin [08 em N.America], Ragged sailor [08 em N.America]
Islandês: Akurprýði [12;13], Kornblóm [13]
Italiano: Ambretta[09], Biavettina[09], Bluet [09], Fior campese [09], Fiordaliso [06;09;13] Fiordaliso vero [13], Muneghetta [09], Occhi di cielo [9]
Latim(n.cient.): Centaurea cyanus, L.
Norueguês: åkernellik [15], Kornblom [12;13], Kornblomst [15], Knoppurt [15]
Polaco: Bławatek [13], Chaber bławatek [11;13], Kolendra siewna [13]
Português: Centáurea, Fidalguinhos [1;3], Lóios [01], Blué [00 em Lisboa]
Romeno: Albăstriţă [14], Vineţea [14], Albastrea
Russo: Василек синий [= Vasiliek sinii] (василек посевной [= Vasiliek posievnoi]) [16] com ë = vasil’ók [18]
Sueco: Blåklint [12;13], Blåklätt [12], Blåkorn [12,em Skåne], Blågubbar [12, em Roslagen]
Fontes:
[00] contributo pessoal (quando se vendiam centáureas aos raminhos no Chiado; anos 60)
[01] http://www.linneo.net/plut/C/centaurea_cyanus/centaurea_cyanus.htm (20060409)
[02] http://herbarivirtual.uib.es/cas/especie/4856.html
[03] http://euroseeds.com/10/ftipod2a.htm
[04] http://aggie-horticulture.tamu.edu/wildseed/23/23.7.html (20060409) [USA]
[05] http://www.floridagardener.com/misc/Cornflowers.htm
[06] http://commons.wikimedia.org/wiki/Centaurea_cyanus
[07] http://www.botanical.com/botanical/mgmh/c/cornf102.html
[08] http://columbia.thefreedictionary.com/cornflower
[09] http://www.giardinaggio.it/fioridicampo/fiordaliso.asp
[10] http://www.floristikwissen.de/home/bot/c/cent_cya.htm
[11] http://www.atlas-roslin.pl/gatunki/Centaurea_cyanus.htm
[12] http://linnaeus.nrm.se./flora/di/astera/centa/centcya.html
[13] http://www.liberherbarum.com/Pn0352.HTM
[14] http://www.eukarya.ro/taxon/1383
[15] http://www.rolv.no/urtemedisin/medisinplanter/cent_cya.htm (20060429)
[16] http://travushka.com.ru/Ensiclopedia/Centaurea%20cyanus/C-1.htm (20060429)
[17] http://eo.wikipedia.org/wiki/Cejano
[18] wikipedia, locais diversos
Quem acrescenta? Desde já obrigado! Vou ao jardim, ler-lhes estes nomes todos!
Uma chamada de atenção para a toponímia barreirense e, muito em especial, no referente ao Lavradio: as designações "dos Fidalguinhos" e "dos Lóios" reconhecem e celebrizam a presença do género centáurea nos campos do Lavradio. Aliás, a poente e a norte da Praceta dos Lusíadas, até ao "portão do Lavradio" da Quimiparque, ainda hoje se encontram centáureas bravas, espontâneas, de outras espécies que não a "centaurea cyanus" - arvorada esta em "centáurea de jardim"- mas que, sendo indubitavelmente centáureas, recolhem também as designações comuns de "fidalguinhos" ou "lóios".
sexta-feira, 28 de julho de 2006
quinta-feira, 27 de julho de 2006
Morreu Raquel Maria
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Raquel Maria em 1965, no Grupo Cénico do G.D.da CUF, no Barreiro, laureada com o 2º prémio de interpretação feminina "Ângela Pinto" no Concurso de Arte Dramática das Colectividades de Cultura e Recreio, então concluído em Évora e com âmbito nacional [1]
.quarta-feira, 26 de julho de 2006
119 anos do 1º Livro em Esperanto: 1887.Julho.26
Carta a um Banco
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Exmos. Senhores,
Frase idiomática:
terça-feira, 25 de julho de 2006
A arte de viver hoje!
"The Libertine", ou o filme sobre o segundo conde de Rochester
Evocando o desencontro (ou a deslembrança) quanto a ir ver o filme quando passou nas pantalhas lisboetas (e já passou há muito tempo, restando o DVD como recurso solitário e sem graça), recomendo a biografia e alguns poemas, como os reproduzidos em
http://www.druidic.org/rocpoet.htm
Mas atenção à marquinha vermelha que esse e aqueles mostram num dos cantos superiores - ou em qualquer outro sítio, como diria certamente o mesmo John Wilmot (1647-1680). Que aliás disse coisas, em Inglês e na pouco puritana corte de Carlos II, para onde exportamos uma princesa e, com ela,Tanger e Bombaim, tão ousadas quanto, é certo que para outra classe, época e audiência (e elegância), versejaria e ver-se-ia para sempre imputado disso o nosso sadino Manuel Maria, um bom século depois (1765-1805). Entretanto, também é verdade, o Santo Ofício zelava pelas almas e ameaçava os corpos dos nossos avoengos...
segunda-feira, 24 de julho de 2006
Um pórtico manuelino na Serra de Aracena
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domingo, 23 de julho de 2006
sábado, 22 de julho de 2006
A ferrrugem
Júlio Machado Vaz em "O Amor É..." de ontem, na Antena 1, recordou um provérbio sempre útil:
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sexta-feira, 21 de julho de 2006
Chá do deserto
3 - Adoçar na chaleira, remexendo bem (se possível com açúcar amarelo!)
4 - Manter o chá preto adoçado na chaleira e levá-lo à fervura (aqui é que está o segredo!)
5 -Quando iniciar a fervura, mergulhar no chá a "boneca" de hortelã.
7- Servir bem quente nas chávenas ou taças. Sorve-se, delicadamente, para não queimar!
quinta-feira, 20 de julho de 2006
Bules ainda (10)
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quarta-feira, 19 de julho de 2006
Shocking and/or chock-full? (do JN de ontem, p 38!)
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ou
terça-feira, 18 de julho de 2006
segunda-feira, 17 de julho de 2006
Um bocadinho de história... de filisteus e de "bolas de Berlim"
Se olharmos a sequência de interesses anglosaxónicos actuais, de aquém e além Atlântico, com o que então existia - e o aspecto de restante-Europa-aliada que cabia ao remanescente, talvez se entenda um pouco mais a realidade cultural profunda que ainda ali permanece, através de uma longa sucessão de povos e de dominantes.
A questão afinal já é antiga. Penso que já aqui escrevi um dia (ou se não escrevi aqui, escrevi algures) que, desde miúdo, sempre me preocupou o drama bíblico dos filisteus. Estavam ali os filisteus instalados com as suas famílias, as suas casas, os putos filisteus brincavam como eu brincava e vai daí aparece por aquela "terra de leite e mel" um povo eleito (eleito em que eleição, que só votou Um?) que argumentou que aquela era uma terra prometida, arrumou os filisteus para o lado, matou neles, botou abaixo os muros de cidades, comeu-lhes o mel e bebeu-lhes o leite. Com todo o respeito que os putos de ambos os lados me mereciam e merecem, concluí que má tarefa bíblica era ser puto-filisteu! Estaria sumariamente feito!
Desde aí o meu entendimento daquelas áreas permanece confuso. Quando, em puto, vi a fotografia do puto de boné, do gheto de Varsóvia, fiz o meu boicote de puto às "bolas de Berlim", boicote que durou anos (e as "bolas de Berlim" eram e são um dos meus bolos favoritos); mas aquele puto, se é que os "Achtungs" da foto o deixaram viver e crescer (duvido!), não era dos mesmos que - muitos anos depois - apontavam armas a um outro puto, similar àquele mas com o tradicional lenço palestiniano, na magistral caricatura do António. Destrincemos! O comportamento actual de um país não representa necessariamente o sentimento de um povo que ultrapassa de longe as fronteiras desse país - e eu aí não faço confusões.
Mas a verdade é que os putos de Beirute também vivem ali, que os pais de outros putos lhes andam a atirar metralha para cima e isto tudo porque há putos por perto que continuam a procurar (e a ver-lhes negadas) uma gota de leite e uma colher de mel.
domingo, 16 de julho de 2006
"As Estrelas de Quintana", um texto de Urda Alice Klueger
As estrelas de Quintana
(Texto dedicado à Elfy Eggert, e à
Magda do Canto Zurba)
“Se as coisas são impossíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las!
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!
(Mário Quintana)
Complicado dizer mais do que Quintana disse, pois em quatro linhas ele já disse como que tudo! Em todo o caso...
Penso na Estrela que está lá longe, lá distante, inatingível no céu do meu caminho, mas é por causa dela que o meu caminho é todo banhado em suave luz que faz com que eu queira sempre continuar caminhando por ele, seja dia ou seja noite.
Penso na amiga a cujo velório fui ontem, jovem, linda e simpática, brutalmente assassinada1 quando sonhava em ser mãe, conforme tinha me dito uma semana antes. Ao invés de gerar uma criança que seria filha do seu corpo, preparava-se para ter uma filha do coração. Até nome já tinha para aquela criança que viria: Bárbara. Ela sabia que se podia sonhar com o que se quisesse, acreditava em Quintana.
Penso no povo palestino, neste momento praticamente como que morrendo à míngua, pois até a eletricidade e a água lhes foi cortada na Faixa de Gaza – e a televisão mostrou o bombardeio da sua estação de energia elétrica como se fosse um grande espetáculo pirotécnico – ah! Essa nossa imprensa que faz o jogo da Desgraça e do Poder do Capital! Quando haverá Justiça neste mundo onde vivo? Mas quase à míngua, o povo palestino não pára de estudar, por maiores que sejam os bombardeios sobre suas cabeças, não importando a quantidade de crianças e adultos que são estraçalhadas por mísseis enquanto estudam. É estudando sob o silvo dos disparos que eles conseguem manter acesas as estrelas de um Futuro – que seria deles se não fosse a mágica presença das estrelas? As coisas parecem impossíveis, mas isto não quer dizer que não devamos querê-las, e então os palestinos estudam. Em algum momento haverá algum milagre, ainda não se sabe quando nem como. Porque há estrelas, e porque há um milagre em perspectiva, estudam.
Leio aqui, em Paulo Freire “... No momento em que a percepção crítica se instaura, na ação mesma, se desenvolve um clima de esperança e confiança que leva os homens a se empenharem na superação das ‘situações limites’2.” Um teórico e um poeta dizendo a mesma coisa. Que seria do caminho, Paulo Freire, se não fosse a mágica presença das estrelas? Ah! Quintana, como poderia o povo palestino resistir e querer coisas que parecem impossíveis, se não tivessem entendido a tua mensagem, que decerto os poetas deles também sabiam? E Elfy, minha pobre Elfy, para quem as estrelas pararam de brilhar de forma tão terrível? Mas decerto és agora uma estrela também, não é, minha pobre amiga? E agora que tu própria irradias luz, irás cuidar muito bem daquela filha que o teu coração gestava, e que vai estar aqui por este mundo, com outra mãe... Mas serás mãe dela do mesmo jeito, e com tua luz nova poderás iluminar o caminho dela e lhe mostrar que não há coisas impossíveis... Se ela duvidar da própria fé, vais lhe mostrar a fé dos palestinos, e lhe contar dos segredos de Quintana!
E então penso no meu próprio caminho iluminado por estrela distante, inatingível. Que sentido teria minha própria vida se não houvesse tal Estrela?
Ah! Quintana, queria escrever uma coisa bem bonita para ti, nestes teus 100 anos, e lembrando do teu poema que fala de todas as possibilidades – mas aconteceu a tragédia da Elfy, e na Palestina as coisas estão como estão, e minha Estrela tenta cortar-me os pés para que já não possa continuar no caminho iluminado... Perdão Quintana, choro. Acho que vou para casa pendurar a bandeira da Palestina na varanda, e acender um milhão de velas coloridas para Elfy, para que, agora também estrela, ela possa ver que aqui estou a me lembrar tanto dela... Então talvez possa esquecer um pouco os meus pés cortados...
Blumenau, 06 de Julho de 2006.
Urda Alice Klueger
Escritora
(Blumenau - Santa Catarina - Brasil)
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Apontamento complementar do bloguista:
Urda Alice Klueger nasceu (1952), cresceu e estudou em Blumenau, no Estado de Santa Catarina, Brasil. Licenciada em História e Geografia e bacharel e especialista em História pela FURB - Universidade Regional de Blumenau, a paixão pela História continua presente na sua vida académica e na sua já extensa e consagrada obra literária. Os seus romances históricos "Verde Vale" (1979) e "No Tempo das Tangerinas" (1983) atingiram já o significado que transparece de, respectivamente, 11 e 10 edições, numa bibliografia diversificada e rica que, até ao momento, inclui 15 títulos, fora as numerosas colaborações jornalísticas que mantém - inclusive n'O Primeiro de Janeiro, do Porto. Membro de quatro associações representativas do trabalho literário e da História, dedica-se actualmente ao estudo dos Sambaquianos, povo que habitou Santa Catarina de há 6000 a 2000 anos atrás e que considera poder constituir, para além de nova obra literária, um projecto de pesquisa em sede de Mestrado. Como se vê, não para! Ainda bem!
Conhecemo-nos na "net" a propósito da "Bolacha Maria". A Urda escreveu um livro "No tempo da Bolacha Maria" em que evoca memórias de infância, precisamente no tempo da "Bolacha Maria" que todos nós atravessamos. Eu, que odeio cozinha salvo nos resultados, tinha reunido - em homenagem à simpática bolacha que também animou a minha meninice e que ainda hoje me faz interrogar de onde lhe teria vindo o nome - um lote de receitas que a incluem e que um dia pensarei em publicar (a minha potencial co-autora nessa tarefa desertou entretanto, mas o projecto mantém-se). Informei a Urda da nossa similar simpatia "bolachista" - a dela já livro, a minha ainda incipiente colectânea - e esta, amavelmente, tem-me mandado convites para as suas multiplas apresentações ou celebrações de tiragem de obras suas, a que, infelizmente, eu não tenho podido comparecer porque Blumenau não é mesmo aqui ao lado e, embora Santa Catarina tenha pirites, a nossa faixa piritosa, por muito esticada que fosse, não iria justificar a minha deslocação até lá. É com prazer que insiro, neste blog, um texto da Urda e, com ele, faço divulgação da sua actividade. Porque isto é uma pena, falarmos a mesma língua e conhecermo-nos tão pouco! Pergunto a mim mesmo por que razão a Urda ainda não tem um "blog". Ou talvez já tenha e eu não saiba!
sábado, 15 de julho de 2006
Um poema de Heinrich Heine
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O prometido é devido!
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sexta-feira, 14 de julho de 2006
quinta-feira, 13 de julho de 2006
quarta-feira, 12 de julho de 2006
Esta menina chama-se Dolores Barreiro...
para ver mais visitar http://doloresbarreiro.iespana.es/doloresbarreiro/
terça-feira, 11 de julho de 2006
segunda-feira, 10 de julho de 2006
domingo, 9 de julho de 2006
sábado, 8 de julho de 2006
sexta-feira, 7 de julho de 2006
quinta-feira, 6 de julho de 2006
O que disse Sir Edward Gray em Agosto de 1914
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"The lamps are going out all over Europe. We shall not see them lit again in our lifetime."
quarta-feira, 5 de julho de 2006
Um terno desvelo ou sobre a hipocrisia (até) na preparação de um fuzilamento
terça-feira, 4 de julho de 2006
Atena: o raio que os parta!
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