sábado, 30 de setembro de 2006
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
quinta-feira, 28 de setembro de 2006
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
Duas personagens do nosso tempo, em Pierre Bourdieu: o doxósofo e o tuttólogo
Deixo a palavra ao mestre:
Doxósofo:
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terça-feira, 26 de setembro de 2006
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Hans Sebald Beham (1500-1550), irmão do anterior
domingo, 24 de setembro de 2006
sábado, 23 de setembro de 2006
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
Crítica ao comentário de Chávez sobre Bush no discurso ontem proferido na Assembleia Geral das Nações Unidas em NY
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
terça-feira, 19 de setembro de 2006
Israel van Meckenem, o Novo (1440/5 - 1503)
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segunda-feira, 18 de setembro de 2006
Albrecht Altdorfer (~1480-1538)

Começa-se pelo "Retrato de Uma Jovem", embiocada e gorducha, verdadeira camponesa alemã.
E, embora este pintor (nascido e falecido em Regensburg... nada sucede por acaso! e já agora a não confundir com o irmão) possa levar a outros caminhos, pietistas e não só, com filhas de Lot, banhos de Vénus, partidas para o Sabat, etc., são de fixar as duas características singulares do fresco seguinte, "Os Namorados", que Altdorfer pintou para o "Banho Real" (Kaiserbad) de Regensburg. A primeira é porque é "o fresco" já que parece ser o único fresco completo que ficou da designada "escola do Reno". A segunda é porque "é fresco": também aqui, numa visão realista e até actual (noutros campos, é certo)"há uma mão no jogo".

domingo, 17 de setembro de 2006
sábado, 16 de setembro de 2006
Hans Burgkmair, o Velho (1473 - 1531)

Hans Burgkmair, o Velho, com os seus bons quadros de motivo religioso e as suas pasmosas gravuras em madeira (vale a pena ver!), levou-me à dificuldade de encontrar um retrato feminino que não fosse um detalhe da Virgem, ou de Maria Madalena ou até de uma assombrosa Santa Bárbara que só peca pelo seu ar deveras enfastiado - para não recorrer ao quadro em que o artista se representou, já de meia-idade, ao lado de sua Mulher Anna. Ficavam certamente bem algumas gravuras da série "Pecados Mortais", mas os que obtive (dois) não eram seguramente os mais interessantes do elenco. Sobrou o presente retrato, parte do quadro em que Barbara Schellenberger é representada com o seu marido Hans. Como não fui eu que digitalmente "cortei" a obra sinto-me à vontade para dar a parte correspondente a Barbara como pormenos do mesmo, inserida que está num local da rede em que a Proprietária faz o estudo do traje feminino [1].
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Sobre Burgkmair deixo mais dois apontamentos, antes de ir de abalada: o primeiro é o retorno ao tema do Amor e da Morte de que já aqui falei e que está impressionantemente descrito na gravura"A Morte surpreende dois amantes" [por vezes atribuída a "um discípulo de Burgkmair", apesar da assinatura que parece afirmar a autoria]:
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Uma leitura demasiadamente confessional deste quadro, e que por isso me levanta reservas mas que devo admitir poder estar aproximada - dados os sentimentos prevalentes na época - dos objectivos éticos do Pintor, foi dada por Scott Lamb no jornal "The SaintLouis MetroVoice" com data de 23/10/2005 e pode encontrar-se em [2].
Finalmente uma surpresa: a cataplana! Esta é uma das minhas favoritas prendas em casamentos, por diversas razões: é original, útil e económica [3]. Mas não a esperava encontrar nesta excursão ao "renascimento nórdico", numa gravura atribuída a Burgkmair e inserida num interessantíssimo estudo sobre os processos e utensílios culinários europeus de Roma ao Renascimento [4] (a "net" tem estas coisas, e desculpem-me se sou chato ao referi-las, feito menino encantado na loja de brinquedos!) Não escondo que esta gravura traz consigo um problema: vem datada de 1542 i.e. de quando o Autor a que é atribuída estaria já há longo tempo "a fazer tijolo" na sua Augsburg natal e final. Deve pois referir-se ao filho, Hans Burgkmair, o Novo, também pintor e gravador, que viveu entre ca. 1500 e 1559.
Uma nota final, que nada tem a ver com Burgkmair:
Um "Cónego Remédios" da nossa praça, e ainda por cima do estilo "Vícios Privados, Públicas Virtudes", entende que exagerei na postagem de ontem, sobre Hans Baldung. Prometo-lhe apenas duas coisas: (a) não lhe descobrir a careca; e (b) fazer sempre o que entender (sem sequer cair nos qualificativos de "melhor" ou "pior", pois isso é uma parte do jogo dele, que não do meu).
Quanto aos que disserem que este comentário é forjado e visa apenas animar o blogue, direi somente - para manutenção de coerência quanto à alínea (a) e para gaúdio de todos, eu incluído - que "talvez".
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Referências do texto:
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[1] myra.hem.nu/costume/DressDairies/DressDairies.htm
[2] gilford.textdrive.com/~winston/?p=29
[3] Uma outra alternativa de oferta a noivos, aliás mais filosófica, é a balança, que pretende deixar-lhes a mensagem de que, na sua vida futura, deverão sempre ponderar nas suas inevitáveis questões.
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
Hans Baldung, dito Grien [Verde] (1484/5 - 1545)
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Este passeio pelo designado "Renascimento Alemão" tem-me trazido alguns encontros conhecidos e outras tantas surpresas. Começou por ter uma ideia mestra: buscar retratos femininos, evitando (tanto quanto possível) cenas religiosas. É assim que para Hans Baldung, também designado "o Grien" (ou "o Verde", pelo emprego ousado dessa cor)se reproduz o "Retrato de uma Dama", cujo original se pode apreciar aqui bem perto, no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid. Contendo uma colecção riquíssima e variada, é uma visita certamente a fazer quando se possa e que até nem longe fica do Museu do Prado e do Museu Rainha Sofia. .
Em Baldung há uma interessante mistura do sagrado com o profano (são notáveis as suas Bruxas), a descoberta do corpo com a mensagem da efemeridade da beleza e da inevitabilidade da morte, a aproximação do simbólico e do mitológico, o transporte do Renascimento soalheiro e exuberante de Itália para os sombrios bosques da Europa Central e a época conturbada das lutas religiosas em plena Reforma. Dir-se-ia melhor "em Baldung também há", porque essas mesmas posições e contraposições estão mais ou menos presentes nos restantes já representados e, certamente, nos que virão a seguir. Com um aspecto profundamente ético de mostrar quão transiente é a beleza e a vida, Baldung - como muitos outros artistas ao tempo - toma o tema "das três idades" - lembrando a venha mensagem do "tu és pó e em pó te hás-de tornar", tão querida tanto da ética católica como da protestante. Assim "As três idades da Mulher e a Morte", esta uma realidade final, sempre presente:
Mas Baldung, também como outros da mesma época e área, quer lembrar que a morte não surge necessariamente ao fim de uma longa vida, que o seu "Triunfo" pode levar na mesma carroça ricos e pobres, jovens e velhos, piedosos e devassos. O contributo da peste marcou vários séculos, quer na Arte, quer na literatura e, neste ultimo aspecto, recordo a longa trajectória que leva do início do "Decameron" ao "Diário da Peste de Londres" (para não falar no seu reviver mais recente na inesquecível obra de Camus). Neste deambular pela "net" o tema deu a conhecer os seus frutos e permite recomendar uma visita ao artigo de Sardis Medrano-Cabral denominado "The influence of plague on Art from the late 14th to the 17th Century" [A influência da peste na Arte, do final do sec XIV até ao Século XVII"], que se encontra em:
http://scarab.msu.montana.edu/historybug/YersiniaEssays/Medrano.htm.
Igualmente marcada por essa ideia surge, entre outras, a impressionante e simultaneamente quase caricatural gravura de "A Jovem e a Morte". que dá uma ideia da capacidade de desenho e gravação de Baldung:
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http://www.education.umn.edu/EdPA/iconics/reading%20room/ZIP/Aristotle.doc.
Finalmente, demonstrando que nos referidos amores serôdios, nem tudo pode ser desventura e que alguma aventura pode existir, vem ainda a gravura seguinte, "O velho atrevido", que se enquadra numa vertente licenciosa (e crítica) também própria da época:
Baldung era, por certo, um sabedor, além de um Autor diversificado e excelente, demonstrando sobejamente, numa extensa obra, que "nem só de retábulos vive o Artista".
quinta-feira, 14 de setembro de 2006
quarta-feira, 13 de setembro de 2006
terça-feira, 12 de setembro de 2006
segunda-feira, 11 de setembro de 2006
domingo, 10 de setembro de 2006
Rio de Frades - Arouca

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sábado, 9 de setembro de 2006
Um e-grama [1] a Urda e Elaine, duas informações e "âncoras" [2] para conhecer melhor o mundo [3], um texto da Elaine e, em nota, um desafio renovado!
Sendo impossível publicar toda a vossa colaboração extraordinária - mereciam e encheriam um blog próprio aqui na Europa (por que razão não o fazem, insisto?) - agradeço-vos a vossa gentileza, confiança e a qualidade [e extensão] de informação [abrangendo temas] que, de outra forma, rodeados com os nossos próprios problemas, não nos apercebemos exactamente daqui. Irei publicando na medida do possível, claro.
Não sei se conhecem a "fototeca dos movimentos sociais", existente permanentemente em França mas aberta à informação de todo o mundo. Havendo que analisar com especial atenção o que serão conotações mais locais e o que tem significado geral e amplo (as mais das vezes, como é compreensível, as situações são simultâneas), parece-me conter sempre e também informação útil. Enviar-vos-ei a respectivo endereço ou âncora. Por outro lado, e para difusão da OLA, postarei este texto da Elaine já com data de amanhã, antes de sair (hoje) para o Norte do país.Infelizmente os blogues ainda não permitem que se possa prefixar a data/hora da afixação das postagens e embora eu tenha sempre textos mais ou menos preparados em minuta ou borrão [4] é mesmo preciso ir lá... ou publicar aberto e antedatado, como este... ou deixar "congelado em minuta" até conseguir aceder "a posteriori" ao blogue e então abrir mesmo com a data/hora em que foi congelado. Artifícios! Postarei também este e-grama, p'ra explicar e até dar conta da vossa extensa e qualificada produção.. Um abraço
LdS
Por elaine tavares/ jornalista no OLA
E lá vão as gentes outra vez, neste sete de setembro, marchar em protesto. Pelo décimo segundo ano consecutivo, o chamado “Dia da Independência” [do Brasil] vai ser palco do grito dos excluídos da vida digna. Neste dia, que deveria ser de festa, os que estão à margem, os desvalidos, os desgraçados, os desempregados, os discriminados, os que estão fora dos centros de poder, saem às ruas, ocupam praças, adentram pela parada militar, expressam sua indignação. Porque sabem que não há motivos para festa. Porque a independência ainda não veio, porque a liberdade ainda não deu as caras, porque as pessoas estão esmagadas pela lógica de um sistema em que: para que um viva, outro precise morrer.
E é porque as gentes não aceitam essa premissa que, desde 1995, elas buscam se manifestar no sete de setembro. A idéia nasceu aliada à Campanha da Fraternidade, realizada pela Igreja Católica, numa tentativa de dar concretude a essa palavra. Para que melhor demonstração de fraternidade do que o desvelamento das feridas deste país? E, na caminhada, junto com aqueles que sofrem a miséria e a opressão, foi-se construindo esse grito, que já virou tradição, incorporando os Movimentos Populares e todos aqueles que, ainda que desorganizados, lutam por uma vida melhor.
O Grito dos Excluídos, ao longo destes 12 anos, já testemunhou de tudo. Batalhas campais com a polícia, pancadarias, tensão, sangue. Tudo isso porque as pessoas apenas desejam desfilar nas ruas, junto com as forças militares. Em vários lugares esse clima de confronto já foi superado, mas em outros, tudo segue igual. Em Florianópolis, capital e Santa Catarina, o último Grito acabou em confusão. Tudo porque a polícia não honrou o acordo de permitir que os manifestantes passassem logo depois dos carros. Depois de muita conversa, os militares só permitiram que as gentes passassem depois dos cavalos. Ninguém quis passar sobre as bostas que tomavam conta da rua. Se o grito é por dignidade, como aceitar? Os manifestantes foram em direção à ponte que liga a ilha ao continente e, lá, foram impedidos de passar. Tudo acabou em pancadaria. Mais uma prova de que a exclusão segue sendo a marca na vida de quem quer vida plena.
Na verdade, quem sai de casa no sete de setembro para gritar por vida digna, quer apenas realizar um gesto poético, simbólico, profético. Quer denunciar o sistema político e econômico que torna “desiguais” as pessoas, condenando milhares de seres à fome, ao medo, à margem. Essa gente que marcha quer mostrar seu rosto sofrido, mas cheio de esperança. Quer propor novas canções, novos caminhos, onde caibam todos e não só alguns. Quer ser feliz e, para isso, aposta na caminhada em comunhão.
O lema deste ano é “Brasil: na força da indignação, sementes de transformação”, e busca justamente reacender o espírito de indignação que anda meio escondido nos últimos anos. Com a Central Única dos Trabalhadores, visivelmente atrelada ao governo, tem sido cada vez mais difícil fazer a luta por aqui. Grande parte dos sindicatos está apática. Mas, ainda assim, há que resista e insista. E, são estes resistentes, insistentes e renitentes que estarão nas ruas do Brasil neste pretenso dia de independência. Em alguns lugares passarão na paz ou serão tolerados com risos de mofa, em outros serão agredidos e impedidos. E assim é! Mas todos se expressarão!!! Porque a indignação está viva e vai se mostrar. Dela brotarão caminhos novos por onde se poderá andar em plenitude.
Nos demais países da América Latina o “Grito dos Excluídos” é celebrado em 12 de outubro, dia da ocupação de Abya Yala pelos aventureiros e soldados de Espanha. Assim como os brasileiros, eles também gritam por uma independência que ainda não vingou!
O OLA é um projeto de observação e análise das lutas populares na América Latina. www.ola.cse.ufsc.br "
sexta-feira, 8 de setembro de 2006
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
O "Hino da Carta Constitucional"
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E antes disso? Que hino(s) havia ou que música(s) servia(m) de hino? Viu-se já que, aqui ao lado, a "Marcha Real" (nome usado em lugar do de "Marcha Granadera" como, sem indicação de Autor, figurava numa colectânea de músicas militares de 1761) foi adoptada como hino em 1770 por Carlos III. E nós não teríamos entretanto adoptado algo?
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
O "Himno de Riego"
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terça-feira, 5 de setembro de 2006
Goëthe e a "Elegia de Marienbad" - 2/2
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segunda-feira, 4 de setembro de 2006
Goëthe e a "Elegia de Marienbad" - 1/2 (com referência a Stefan Zweig)
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[1] Esse resumo da Wikipedia em Português, que trago aqui com a devida vénia, reza asim: "Stefan Zweig (Viena, 28 de Novembro de 1881— Petrópolis, 23 de Fevereiro de 1942) foi um importante escritor austríaco de ascendência judaica. Stefan Zweig dedicou-se a quase todas as atividades literárias: foi poeta, ensaísta, dramaturgo, novelista, contista, historiador e biógrafo. Entre os romances, merecem destaque: "Carta de uma Desconhecida", "A novela de xadrez" ["O Jogador de Xadrez"], "Amok", "Vinte quatro horas da vida de uma mulher". Escreveu várias biografias como "Maria Antonieta", "Fouché", "Maria Stuart", etc. Na história escreveu "Momentos decisivos da Humanidade" [entre nós editado como "Os Grandes Momentos da Humanidade"]. Escreveu "Brasil, país do futuro", que constitui não só um retrato do Brasil, como também uma interpretação do espírito brasileiro. Zweig escreveu também uma espécie de auto-biografia, intitulada "O Mundo Que Eu Vi" (Die Welt von Gestern)[Idem, como "O Mundo de Ontem" ], na qual relata episódios de sua vida tendo como base os contextos históricos do período em que viveu (como por exemplo a Monarquia Austro-Hungara e a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais). Suicidou-se no Brasil, durante o exílio."
domingo, 3 de setembro de 2006
Madona, de Edvard Munch

Madona,
de Evard Munch (Löten,1863 - Ekely, prox. Oslo, 1944)
Tinha desaparecido, juntamente com "O Grito" - obra essa bem mais conhecida. Felizmente ambas foram recuperadas.
sábado, 2 de setembro de 2006
Aos "ascensorados" do quotidiano
"Chi vo non po,
Em www.palazzoguiderocchi.com/stampa/Ascoli%20Piceno.pdf, hoje acedido. Creio que já falei desta inscrição, ou neste blog ou - citando-a - num comentário aposto a um blog amigo.