
As preposições ("palavras invariáveis que servem para ligar duas outras, mostrando o tipo de relação que há entre elas" [1]) fazem diferenças, mesmo em embalagens de produtos idênticos vendidos na mesma superfície.
A primeira embalagem diz: SALAME COM CARNE DE PERU e, de facto, fornece um salame em que, segundo a composição constante da mesma embalagem, 100 gramas contém 64 gramas de carne de peru e 43 gramas de carne de porco. O COM está correcto. Mas 64 + 43 = 107?
A segunda embalagem diz SALAME DE PERU, juntando o atributo de "Fatias Finíssimas". Só que, quem olhar a composição, verá que contém, por cada 100 gramas de salame, 68 gramas de carne de peru e 56 gramas de carne de porco [2]. O DE está errado, deveria ser COM. Além disso 68 + 56 = 124?!
Sob o ponto de vista QUALITATIVO uma não está certa? Sob o ponto de vista QUANTITATIVO, ou explicam bem a contracção da massa, ou ambas não estão certas? (Por que razão não exprimem em percentagem? Pode ser "ignorância do macaco", mas era bem mais compreensível!)
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[1] Segundo COSTA, Almeida & MELO, Sampaio e, "Dicionário da Língua Portuguesa", 7ª edição, 1994, ed. Porto Editora, Porto: 1448, pondo no plural mas melhor confortar a frase.
[2] Ou há alguma lei que permita isso? De facto, por vezes, existem leis que - em vez de esclarecer - permitem confundir o consumidor. Se for esse o caso, corrija-se a lei.