R.I.P. Chaminé do Fojo, Vila Nova de Gaia
Deixou-nos no dia 19, com 110 anos de serviços prestados a uma das mais emblemáticas unidades da (ex-) indústria cerâmica em Vila Nova de Gaia. Como que me despedindo de um velho conhecido, eu, que consabidamente não sou adepto nem amigo das práticas face-bookianas, abri a exceção de pendurar o seguinte comentário naquela rede dita social :
"Qualquer dia, para a nossa juventude emigrada, as chaminés inglesas serão a unica lembrança das que cá houve."
Não me dirigia, então, apenas ao Fojo. Dirigia-me àquilo que foi Indústria neste País e que causas, pessoas e razões diversas - que a seu tempo virão a ser conhecidas - substituiu pelas bosteiras da recusa à produção materializada [1]. Money, money, money! - e estaria tudo dito. Não! Nem money nem tudo dito, como se vê e se sente. Sobretudo nem tudo ainda dito.
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[1] "Engenharia financeira" e "Produto bancário" são duas expressões dessa fuga. Um outro neologismo significativo trouxe-nos as "imparidades"... mas, como há dias dizia, cheio de razão, um dos muitos atuais espoliados sobre estes novos palavrões: "Não há inverdades, porra! Há é mentiras! Mai'nada!"