segunda-feira, 31 de julho de 2006

Há (mesmo) que estar pronto para tudo...

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Há que estar pronto para tudo!
(gravura satírica do “rush” ao ouro californiano; meados do sec.XIX)

domingo, 30 de julho de 2006

Dos sermões sobre a indústria,,,

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1. Um senhor de barbas disse há bastantes anos: "Todas as nações entregues ao modo de produção capitalista são por isso periodicamente tomadas pela vertigem de querer fazer dinheiro sem a intermediação do processo de produção".
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2. Um senhor sem barbas mas cofiando o bigode (que já não sei se tinha) dizia, há alguns anos: "A minha política industrial é a ausência de uma política industrial".
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3. Um senhor sem barbas e sem cofiar o bigode (que não tinha) aconselhava, em tempos mais recentes: "Indústria pequena, comércio grande!"
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4. Com a homilia do primeiro recusada pelos outros dois abades, como se pode permanecer paroquiano de uma tal freguesia, quando se crê na necessidade da indústria, não se tem barbas e, apesar de tudo isso, se cofia um bigode que existe?

sábado, 29 de julho de 2006

Centaurea cyanus: os amores antigos nunca se esquecem...

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... ainda que os outros se possam esquecer de nós (e nós deles, claro)!

Há um ano lembrei aqui um amor antigo: a "Centaurea cyanus", que a monda química tem feito desaparecer dos nossos campos, só restando a papoila e a "parvenue" azeda, que floresce e faz triunfar o amarelo fora do tempo das flores - porque ainda se não esqueceu da época do Verão na sua Austrália natal. E é em homenagem a essa velha amiga, a centaurea azul, que no Verão até se vendia em raminhos como no Inverno se vendiam as violetas (lembras-te, Nela?), que junto esta pequena recolha.

Centaurea cyanus, L

Alemão: Kornblume [01;06;10;12;13], Flockenblume [10]
Basco: Nabarr lore [01], Nabar-lorea [03]
Castelhano: Aciano [01;03;13], Aldiza [03] Azulejo [01,03], Botoncillo [03], Centaura azul [13], Flor celeste [03], Pincel [13], Liebrecilla [03]
Catalão: Blauet [02;03], Blavet [01]
Checo: Chrpa [18]
Curdo: Kanêje [18]
Dinamarquês: Kornblomst[12;13]
Eslovaco: Nevädza poľná [18]
Espanhol: ver Castelhano
Esperanto: Cejano [17]
Estoniano: Rukkilill [13] (Flor nacional da Estónia desde 1968 [18])
Finlandês: Ruiskaunokki[12;13;18], ruiskukka [18]
Flamengo: Korenbloem [06;13;18] blauwbol, bol [18]
Francês: Bleuet [03;07;13;18], Barbeau [13], centaurée bleuet [18]
Galego: Fidalguinhos [01], Lóios [01]
Holandês: ver Flamengo
Húngaro: Búzavirág [13], Kék búzavirag [13], Vetési búzavirag [13]
Inglês: Bachelor’s button [04;08 em N.America;13], Basket flower [05], Bluebonnet [08 na Escócia], Bluebottle ou Blue-bottle[03;05;07 na América, mas considerado “old fashioned”; 07; 08 em Inglaterra], Blueblow [15], Bluebow [07], Blue Cap [07], Bluet [08 em Inglaterra] , Cornflower [01;04;05;06;08;12;13], Hurtsickle [07] Ragged robin [08 em N.America], Ragged sailor [08 em N.America]
Islandês: Akurprýði [12;13], Kornblóm [13]
Italiano: Ambretta[09], Biavettina[09], Bluet [09], Fior campese [09], Fiordaliso [06;09;13] Fiordaliso vero [13], Muneghetta [09], Occhi di cielo [9]
Latim(n.cient.): Centaurea cyanus, L.
Norueguês: åkernellik [15], Kornblom [12;13], Kornblomst [15], Knoppurt [15]
Polaco: Bławatek [13], Chaber bławatek [11;13], Kolendra siewna [13]
Português: Centáurea, Fidalguinhos [1;3], Lóios [01], Blué [00 em Lisboa]
Romeno: Albăstriţă [14], Vineţea [14], Albastrea
Russo: Василек синий [= Vasiliek sinii] (василек посевной [= Vasiliek posievnoi]) [16] com ë = vasil’ók [18]
Sueco: Blåklint [12;13], Blåklätt [12], Blåkorn [12,em Skåne], Blågubbar [12, em Roslagen]

Fontes:
[00] contributo pessoal (quando se vendiam centáureas aos raminhos no Chiado; anos 60)
[01] http://www.linneo.net/plut/C/centaurea_cyanus/centaurea_cyanus.htm (20060409)
[02] http://herbarivirtual.uib.es/cas/especie/4856.html
[03] http://euroseeds.com/10/ftipod2a.htm
[04] http://aggie-horticulture.tamu.edu/wildseed/23/23.7.html (20060409) [USA]
[05] http://www.floridagardener.com/misc/Cornflowers.htm
[06] http://commons.wikimedia.org/wiki/Centaurea_cyanus
[07] http://www.botanical.com/botanical/mgmh/c/cornf102.html
[08] http://columbia.thefreedictionary.com/cornflower
[09] http://www.giardinaggio.it/fioridicampo/fiordaliso.asp
[10] http://www.floristikwissen.de/home/bot/c/cent_cya.htm
[11] http://www.atlas-roslin.pl/gatunki/Centaurea_cyanus.htm
[12] http://linnaeus.nrm.se./flora/di/astera/centa/centcya.html
[13] http://www.liberherbarum.com/Pn0352.HTM
[14] http://www.eukarya.ro/taxon/1383
[15] http://www.rolv.no/urtemedisin/medisinplanter/cent_cya.htm (20060429)
[16] http://travushka.com.ru/Ensiclopedia/Centaurea%20cyanus/C-1.htm (20060429)
[17] http://eo.wikipedia.org/wiki/Cejano
[18] wikipedia, locais diversos

Quem acrescenta? Desde já obrigado! Vou ao jardim, ler-lhes estes nomes todos!

Uma chamada de atenção para a toponímia barreirense e, muito em especial, no referente ao Lavradio: as designações "dos Fidalguinhos" e "dos Lóios" reconhecem e celebrizam a presença do género centáurea nos campos do Lavradio. Aliás, a poente e a norte da Praceta dos Lusíadas, até ao "portão do Lavradio" da Quimiparque, ainda hoje se encontram centáureas bravas, espontâneas, de outras espécies que não a "centaurea cyanus" - arvorada esta em "centáurea de jardim"- mas que, sendo indubitavelmente centáureas, recolhem também as designações comuns de "fidalguinhos" ou "lóios".

sexta-feira, 28 de julho de 2006

Para já, um ano (bem) passado!


Blogomania, blogoesfera ou blogorreia, alinhei nisso, diverti-me muito, aprendi bastante.
Os comentários terão de ficar para a semana.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Morreu Raquel Maria

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Raquel Maria em 1965, no Grupo Cénico do G.D.da CUF, no Barreiro, laureada com o 2º prémio de interpretação feminina "Ângela Pinto" no Concurso de Arte Dramática das Colectividades de Cultura e Recreio, então concluído em Évora e com âmbito nacional [1]

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Ontem de manhã, em Lisboa, com 60 anos, vítima de um cancro com evolução fatalmente rápida - segundo a notícia ouvida na rádio. O JN, confirmando o infausto acontecimento, dá uma pequena resenha biográfica de que transcrevo o essencial: natural de Castro Verde (o que eu ignorava), começou a sua carreira no teatro amador, no "22 de Novembro" do Barreiro. O sucesso alcançado na peça "João Gabriel Borkmann", de Henrik Ibsen, motivou que Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo a convidassem para o núcleo fundador do Teatro da Cornucópia, onde se manteve até 1987. Prémio Nacional de Teatro, foi igualmente reconhecida pela CMB com "O Barreiro Reconhecido", na vertente da Cultura. O seu funeral sai hoje, 27, da Igreja de Santa Maria, no Barreiro, para o cemitério local.
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Como observador silencioso e distante, acompanhei a sua permanente actividade, numa carreira que completaria 40 anos no próximo mês de Setembro. Embora lhe fosse reconhecido um especial gosto pela comédia e nesta obtivesse diversos dos êxitos marcantes, sempre achei que, num País com um maior desenvolvimento teatral, a capacidade de interpretação dramática da Raquel Maria poderia tê-la levado muito longe.
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Se quando alguém morre ficamos mais pobres, quando um artista morre, levando consigo as multiplas vivências que revestiu e soube transmitir, mais pobres ficamos ainda. E, muito especialmente, mais pobre fica também o nosso Barreiro - o Barreiro que é dos que aqui nasceram de todas as formas que um nascimento pode revestir.
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[1] Fragmento de foto em que contracena com Filipe Cardoso, galardoado no mesmo concurso com o 2º prémio de interpretação masculina "José Ricardo". Também neste certame foram premiados Graciano Simões (com o 2º prémio "Araújo Pereira" de encenação) e o próprio Grupo, com o 2º prémio "Eduardo Brasão" na modalidade de drama ou tragédia. (Foto original completa e registo no boletim "Informação CUF" de Novembro de 1965).

quarta-feira, 26 de julho de 2006

119 anos do 1º Livro em Esperanto: 1887.Julho.26

A bandeira esperantista
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Publicado em russo
(a Polónia estava então parcialmente sob domínio russo)
por Luís Lázaro Zamenhof,
que criou o Esperanto (1859-1917)
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As bases do Esperanto (língua internacional auxiliar) aprendem-se em 3 meses...
ou em 3 semanas! Há cursos na "net"!
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O Barreiro foi um dos maiores centros nacionais na prática e difusão do Esperanto!
Coerentemente, o nome de Zamenhof está presente na toponímia local
("Praça Zamenhof")
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. Posted by Picasa Zamenhof com 16 anos (1875)

Carta a um Banco

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Exmos. Senhores,
Depositante de há longos anos, acabo de receber uma V/carta em que me solicitam uma actualização de dados pessoais/profissionais, "sendo necessário que os mesmos estejam devidamente identificados por exigência do Banco de Portugal", através do complemento de um questionário e do envio de fotocópia do bilhete de identidade, idem do cartão do contribuinte e "na medida do possível" de fotocópias do comprovativo de morada (recibo da luz, água, etc.), bem como comprovativo da entidade patronal (declaração, recibo do ordenado).
Porque as minhas relações com o Estado e o Capital me determinam no interesse e no direito de preservar, também "na medida do possível", os meus dados pessoais/profissionais, venho solicitar que me facultem a exigência do Banco de Portugal em que fundamentam tais pedidos.
É porém certo que rectificarei alguns dados errados que constam das v/indicações, que só virei acrescentar a estes os que preencham o mínimo compatível com a legalidade da exigência citada e que definitivamente ignorarei pedidos sobre terceiros que não sejam à nossa relação jurídica chamados (vg. dados privativos da entidade patronal).
Com os melhores cumprimentos,

Frase idiomática:

( do Archibald Hadock à Bianca Castafiore!) [1].
Lixado com F grande...
e mal remunerado!
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[1] Questão deixada aos "tintimnómanos": Que a Castafiore se chama Bianca, quase todos sabem. Mas em que parte da obra de Hergé se descobre que o nome do Capitão Hadock é Archibald?

terça-feira, 25 de julho de 2006

A arte de viver hoje!

Quem isto escreveu foi Friedrich von Logau (ou Friedrich, Freiherr von Logau) (1604-1655) um dos poetas barrocos de língua alemã que João Barrento seleccionou, traduziu e prefaciou no interessante "O Cardo e a Rosa - Poesia do Barroco Alemão", editado em Lisboa pela Assírio e Alvim em 2002. Pessoalmente sei pouco da poesia alemã daquela época, mas este simples poema, proveniente de um epigramatista sintético, certeiro e preciso (a avaliar pelas poucos amostras que conheço) adquire flagrante actualidade. Com a devida vénia se transcreve:
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HEUTIGE WELTKUNST // A ARTE DE VIVER HOJE
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Anders sein und anders scheinen //Ser outro, parecer diferente
Anders reden, anders meinen, //Não falar como outra gente,
Alles loben, alles tragen, //Louvar tudo, tudo aceitar,
Alles heucheln, stets behagen //Mentir sempre e bem ficar,
Allen Wind Segel geben, // A todo o vento dar pano,
Bös' und Guten dienstbar leben, //Servir bons, maus, mano a mano,
Alles Tun und alles Dichten //Fazer tudo, tudo inventar
Bloss auf eignen Nutzen //Com vista a sempre ganhar:
Wer sich dessen will befleissen // Quem dominar esta arte
Kann politisch heuer heissen. //Na política hoje tem sorte.
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É ou não verdade?

"The Libertine", ou o filme sobre o segundo conde de Rochester

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Evocando o desencontro (ou a deslembrança) quanto a ir ver o filme quando passou nas pantalhas lisboetas (e já passou há muito tempo, restando o DVD como recurso solitário e sem graça), recomendo a biografia e alguns poemas, como os reproduzidos em

http://www.druidic.org/rocpoet.htm

Mas atenção à marquinha vermelha que esse e aqueles mostram num dos cantos superiores - ou em qualquer outro sítio, como diria certamente o mesmo John Wilmot (1647-1680). Que aliás disse coisas, em Inglês e na pouco puritana corte de Carlos II, para onde exportamos uma princesa e, com ela,Tanger e Bombaim, tão ousadas quanto, é certo que para outra classe, época e audiência (e elegância), versejaria e ver-se-ia para sempre imputado disso o nosso sadino Manuel Maria, um bom século depois (1765-1805). Entretanto, também é verdade, o Santo Ofício zelava pelas almas e ameaçava os corpos dos nossos avoengos...

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Um pórtico manuelino na Serra de Aracena

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Para mim surpresa, se bem que não seja especialista nestas coisas e que pensasse que o manuelino só fazia presença, do lado de lá da fronteira do Alentejo, nas irredentas terras de Olivença! Ora também está, e aqui por direito próprio e indiscutível, na Igreja de S.Martín, em Almonaster La Real, a sudeste de Cortegana, de onde se pode chegar por uma estrada secundária. O pórtico contém um escudo com as armas do cardeal Alonso Manrique de Lara, que permite uma datação, pois este foi arcebispo de Sevilha entre 1523 e 1538. Segundo o apontamento de José Maria Sanchez no "Guia - Sierra de Aracena y Picos de Aroche - Recorrido Natural y Cultural", de António Fajardo de la Fuente e Amália Tarín Alcalá-Zamora, 2ª Edição, Grupo de Desarollo Rural, Aracena?, 2004, p. 63, esta "localização, numa povoação da serra, confirma a presença de artistas portugueses trabalhando na comarca pelo menos desde o primeiro terço do sec. XVI". Recomenda-se tanto o livro como a visita ao monumento!

domingo, 23 de julho de 2006

Sijilmassa

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Gostaria de ter escrito sobre Sijilmassa, a desaparecida. Faço minha a constatação de Evaristo Galois quanto ao tempo. Só que aqui fui eu que o deixei perder.
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Obrigado por me lembrares este sonho esquecido. Que ficará assim.

sábado, 22 de julho de 2006

A ferrrugem

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Júlio Machado Vaz em "O Amor É..." de ontem, na Antena 1, recordou um provérbio sempre útil:
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"A ferrugem não dorme".
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Há outros dizeres ligados à oxidação do ferro, como o "Ferro que se não usa, ferrugem que o come!" [1] e também ao sono: "De quem muito dorme, a justiça não cuida!".
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Todos permanentes, todos subjacentes, todos chatos [2]. Todos a levar ao "terceiro princípio da termodinâmica" ou a gritar "Murphy vive!" no seu pior! Porreta, malagueta!
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[1] O que não é rigorosamente exacto pois há aquela coluna num templo de Dehli, cuja memória se desconhece e que, de ferro embora, permanece insensível à ferrugem por, dizem, mais de 15 séculos. Eu vi-a e abracei-a "in loco" (e de costas, como manda a regra), o que não é simples dada a dimensão - naquele tempo em que, para se não perder "o nosso dia", iniciei mais tarde a viagem para a Índia e desprezei por isso a oportunidade de ir a Agra e visitar o Taj Mahal. Feitas bem as contas, patetas que ficamos a ser, pouco guardamos hoje dessa opção significativa! Constatação apenas, sem sequer eu me lamentar hoje por - no seu tempo - a ter feito! Para uma leitura céptica (talvez até demasiadamente céptica, da coluna de ferro de Dehli (eu hoje estou de facto algo céptico e recordo a pergunta clássica: "até que ponto podem os cépticos ser anti-sépticos?") ver
[2] Há enormes suspeitas de que todos estes provérbios - e mesmo o terceiro princípio da termodinâmica que secretamente os motiva - se inspiram e pariram no mesmo espírito do inventor do despertador, um remoto babilónico que para o efeito usou um tijolo, uma roldana improvisada, um cordel, uma vela (noutras versões uma caneca rachada e gotejante), a gravidade "avant Newton et Guillotin" e... a cabeça própria, posta por debaixo.

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Chá do deserto

Não, não é este! E a flor não pertence a este enredo. Mas aqui vai a receita para um bom chá de menta (hortelã) à moda marroquina... e que até é refrescante, neste tempo que corre:
1- Preparar uma "boneca" de hortelã fresca, amarrando com um fio de linha vários raminhos se possível recém colhidos e lavados em água fria, .
2 - Fazer, numa chaleira, um chá preto, convencional, forte.
3 - Adoçar na chaleira, remexendo bem (se possível com açúcar amarelo!)
4 - Manter o chá preto adoçado na chaleira e levá-lo à fervura (aqui é que está o segredo!)
5 -Quando iniciar a fervura, mergulhar no chá a "boneca" de hortelã.
6- Retirar da fervura e aguardar de 3 a 4 minutos, com a "boneca" na chaleira, dentro do chá.
7- Servir bem quente nas chávenas ou taças. Sorve-se, delicadamente, para não queimar!

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Bules ainda (10)

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Este de prata, lindo, pesado e marroquino!
Tem algo a ver com a postagem de amanhã...
A propósito: perguntaram-me se o de ontem era de ferro.
A resposta é: de ferro fundido e nipónico)!
(com a devida vénia de www.medina-online.co.uk)

quarta-feira, 19 de julho de 2006

Shocking and/or chock-full? (do JN de ontem, p 38!)

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ou
Da diluição da responsabilidade pelo colectivo
ou
"The importance of being Brazilian!"
ou
O direito (invocado pela justiça inglesa) de criticar a justiça dos outros impõe o dever de olhar criticamente a justiça própria
(ver a postagem que, neste blog, foi colocada a 9 de Agosto de 2005)
ou usar, para esse efeito, o"Search this blog" (botão que está mesmo em cima, à esquerda!) para o conceito "Albufeira"

Para quem chatamente insista em coleccionar bules (9)

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terça-feira, 18 de julho de 2006

Há 70 anos (18 de Julho de 1936)


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Para quem coleccione bules (8)

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segunda-feira, 17 de julho de 2006

Um bocadinho de história... de filisteus e de "bolas de Berlim"

Quando, após a I GG, o Império Turco se desarticulou, a então Palestina ficou sob mandato inglês e a Inglaterra ficou também com uma posição hegemónica relativamente ao Iraque. A França, por sua vez, ficou com posições hegemónicas relativamente ao Líbano e, talvez em menor grau, à Síria.

Se olharmos a sequência de interesses anglosaxónicos actuais, de aquém e além Atlântico, com o que então existia - e o aspecto de restante-Europa-aliada que cabia ao remanescente, talvez se entenda um pouco mais a realidade cultural profunda que ainda ali permanece, através de uma longa sucessão de povos e de dominantes.

A questão afinal já é antiga. Penso que já aqui escrevi um dia (ou se não escrevi aqui, escrevi algures) que, desde miúdo, sempre me preocupou o drama bíblico dos filisteus. Estavam ali os filisteus instalados com as suas famílias, as suas casas, os putos filisteus brincavam como eu brincava e vai daí aparece por aquela "terra de leite e mel" um povo eleito (eleito em que eleição, que só votou Um?) que argumentou que aquela era uma terra prometida, arrumou os filisteus para o lado, matou neles, botou abaixo os muros de cidades, comeu-lhes o mel e bebeu-lhes o leite. Com todo o respeito que os putos de ambos os lados me mereciam e merecem, concluí que má tarefa bíblica era ser puto-filisteu! Estaria sumariamente feito!

Desde aí o meu entendimento daquelas áreas permanece confuso. Quando, em puto, vi a fotografia do puto de boné, do gheto de Varsóvia, fiz o meu boicote de puto às "bolas de Berlim", boicote que durou anos (e as "bolas de Berlim" eram e são um dos meus bolos favoritos); mas aquele puto, se é que os "Achtungs" da foto o deixaram viver e crescer (duvido!), não era dos mesmos que - muitos anos depois - apontavam armas a um outro puto, similar àquele mas com o tradicional lenço palestiniano, na magistral caricatura do António. Destrincemos! O comportamento actual de um país não representa necessariamente o sentimento de um povo que ultrapassa de longe as fronteiras desse país - e eu aí não faço confusões.

Mas a verdade é que os putos de Beirute também vivem ali, que os pais de outros putos lhes andam a atirar metralha para cima e isto tudo porque há putos por perto que continuam a procurar (e a ver-lhes negadas) uma gota de leite e uma colher de mel.

Para quem coleccione bules (7)

Com miosotis e tudo!
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domingo, 16 de julho de 2006

"As Estrelas de Quintana", um texto de Urda Alice Klueger

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Posted by Picasa Urda Alice Klueger


As estrelas de Quintana

(Texto dedicado à Elfy Eggert, e à
Magda do Canto Zurba)


“Se as coisas são impossíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las!
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!

(Mário Quintana)




Complicado dizer mais do que Quintana disse, pois em quatro linhas ele já disse como que tudo! Em todo o caso...

Penso na Estrela que está lá longe, lá distante, inatingível no céu do meu caminho, mas é por causa dela que o meu caminho é todo banhado em suave luz que faz com que eu queira sempre continuar caminhando por ele, seja dia ou seja noite.

Penso na amiga a cujo velório fui ontem, jovem, linda e simpática, brutalmente assassinada1 quando sonhava em ser mãe, conforme tinha me dito uma semana antes. Ao invés de gerar uma criança que seria filha do seu corpo, preparava-se para ter uma filha do coração. Até nome já tinha para aquela criança que viria: Bárbara. Ela sabia que se podia sonhar com o que se quisesse, acreditava em Quintana.

Penso no povo palestino, neste momento praticamente como que morrendo à míngua, pois até a eletricidade e a água lhes foi cortada na Faixa de Gaza – e a televisão mostrou o bombardeio da sua estação de energia elétrica como se fosse um grande espetáculo pirotécnico – ah! Essa nossa imprensa que faz o jogo da Desgraça e do Poder do Capital! Quando haverá Justiça neste mundo onde vivo? Mas quase à míngua, o povo palestino não pára de estudar, por maiores que sejam os bombardeios sobre suas cabeças, não importando a quantidade de crianças e adultos que são estraçalhadas por mísseis enquanto estudam. É estudando sob o silvo dos disparos que eles conseguem manter acesas as estrelas de um Futuro – que seria deles se não fosse a mágica presença das estrelas? As coisas parecem impossíveis, mas isto não quer dizer que não devamos querê-las, e então os palestinos estudam. Em algum momento haverá algum milagre, ainda não se sabe quando nem como. Porque há estrelas, e porque há um milagre em perspectiva, estudam.

Leio aqui, em Paulo Freire “... No momento em que a percepção crítica se instaura, na ação mesma, se desenvolve um clima de esperança e confiança que leva os homens a se empenharem na superação das ‘situações limites’2.” Um teórico e um poeta dizendo a mesma coisa. Que seria do caminho, Paulo Freire, se não fosse a mágica presença das estrelas? Ah! Quintana, como poderia o povo palestino resistir e querer coisas que parecem impossíveis, se não tivessem entendido a tua mensagem, que decerto os poetas deles também sabiam? E Elfy, minha pobre Elfy, para quem as estrelas pararam de brilhar de forma tão terrível? Mas decerto és agora uma estrela também, não é, minha pobre amiga? E agora que tu própria irradias luz, irás cuidar muito bem daquela filha que o teu coração gestava, e que vai estar aqui por este mundo, com outra mãe... Mas serás mãe dela do mesmo jeito, e com tua luz nova poderás iluminar o caminho dela e lhe mostrar que não há coisas impossíveis... Se ela duvidar da própria fé, vais lhe mostrar a fé dos palestinos, e lhe contar dos segredos de Quintana!

E então penso no meu próprio caminho iluminado por estrela distante, inatingível. Que sentido teria minha própria vida se não houvesse tal Estrela?

Ah! Quintana, queria escrever uma coisa bem bonita para ti, nestes teus 100 anos, e lembrando do teu poema que fala de todas as possibilidades – mas aconteceu a tragédia da Elfy, e na Palestina as coisas estão como estão, e minha Estrela tenta cortar-me os pés para que já não possa continuar no caminho iluminado... Perdão Quintana, choro. Acho que vou para casa pendurar a bandeira da Palestina na varanda, e acender um milhão de velas coloridas para Elfy, para que, agora também estrela, ela possa ver que aqui estou a me lembrar tanto dela... Então talvez possa esquecer um pouco os meus pés cortados...

Blumenau, 06 de Julho de 2006.

Urda Alice Klueger

Escritora

(Blumenau - Santa Catarina - Brasil)

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Apontamento complementar do bloguista:

Urda Alice Klueger nasceu (1952), cresceu e estudou em Blumenau, no Estado de Santa Catarina, Brasil. Licenciada em História e Geografia e bacharel e especialista em História pela FURB - Universidade Regional de Blumenau, a paixão pela História continua presente na sua vida académica e na sua já extensa e consagrada obra literária. Os seus romances históricos "Verde Vale" (1979) e "No Tempo das Tangerinas" (1983) atingiram já o significado que transparece de, respectivamente, 11 e 10 edições, numa bibliografia diversificada e rica que, até ao momento, inclui 15 títulos, fora as numerosas colaborações jornalísticas que mantém - inclusive n'O Primeiro de Janeiro, do Porto. Membro de quatro associações representativas do trabalho literário e da História, dedica-se actualmente ao estudo dos Sambaquianos, povo que habitou Santa Catarina de há 6000 a 2000 anos atrás e que considera poder constituir, para além de nova obra literária, um projecto de pesquisa em sede de Mestrado. Como se vê, não para! Ainda bem!

Conhecemo-nos na "net" a propósito da "Bolacha Maria". A Urda escreveu um livro "No tempo da Bolacha Maria" em que evoca memórias de infância, precisamente no tempo da "Bolacha Maria" que todos nós atravessamos. Eu, que odeio cozinha salvo nos resultados, tinha reunido - em homenagem à simpática bolacha que também animou a minha meninice e que ainda hoje me faz interrogar de onde lhe teria vindo o nome - um lote de receitas que a incluem e que um dia pensarei em publicar (a minha potencial co-autora nessa tarefa desertou entretanto, mas o projecto mantém-se). Informei a Urda da nossa similar simpatia "bolachista" - a dela já livro, a minha ainda incipiente colectânea - e esta, amavelmente, tem-me mandado convites para as suas multiplas apresentações ou celebrações de tiragem de obras suas, a que, infelizmente, eu não tenho podido comparecer porque Blumenau não é mesmo aqui ao lado e, embora Santa Catarina tenha pirites, a nossa faixa piritosa, por muito esticada que fosse, não iria justificar a minha deslocação até lá. É com prazer que insiro, neste blog, um texto da Urda e, com ele, faço divulgação da sua actividade. Porque isto é uma pena, falarmos a mesma língua e conhecermo-nos tão pouco! Pergunto a mim mesmo por que razão a Urda ainda não tem um "blog". Ou talvez já tenha e eu não saiba!

Para quem coleccione bules (6)

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Posted by Picasa
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sábado, 15 de julho de 2006

Um poema de Heinrich Heine

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Heinrich Heine (1797-1856)

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O prometido é devido!
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Ein Jüngling liebt ein Mädchen,
Die hat einen andern erwählt;
Der andre liebt eine andre,
Und hat sich mit dieser vermählt.
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Das Mädchen heiratet aus Ärger
Den ersten besten Mann,
Der ihr in den Weg gelaufen;
Der Jüngling ist übel dran.
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Es ist eine alte Geschichte,
Doch bleibt sie immer neu;
Und wem sie just passieret,
Dem bricht das Herz entzwei.
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Heinrich Heine
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Tradução francesa de Joseph Massaad:
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Un jeune homme aime une jeune fille,
Elle en a choisi un autre;
Cet autre en aime une autre aussi,
Et c'est avec elle qu'il se marie.
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La jeune fille, par dépit,
Épouse le premier à venir
Se croiser sur son chemin;
Le jeune homme va en souffrir.
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C'est une bien vieille histoire,
Qui se répète à toute heure;
Et si d'aventure elle vous arrive,
Cela vous brisera le coeur. .
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Descobri também uma tradução em português dita "desajeitada" por "Velho_Marujo", que a assina, e que se encontra em http://nossogrupo.com .pt. Seja desde já dito que não a acho assim tão desajeitada quanto o Tradutor se flagela e que, salvo talvez uns pequenos retoques sortidos, seria mesmo uma excelente tradução.
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Um jovem ama uma rapariga
Mas ela é a outro que ela liga
E esse outro é de outra que ele gosta
E casa com essa bem disposta.
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A linda rapariga despeitada
É ao primeiro que cruza na calçada
Que escolhe p`ra casar sem condição.
E o jovem desespera da traição.
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E esta é uma história muito antiga
Mas sempre renovada com intriga
Todo aquele que por ela passou
Seu pobre coração despedaçou!
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Muitos encontram neste poema o seu quê de humorístico. De facto é com esse tom leve que Schumann o musicou num dos seus lied, na colectânea "Amores do Poeta", e quem o quiser ouvir (em alemão, claro e segundo ainda o Velho Marujo) dirija-se a
procure em Dichterlied e escolha a canção nº 11. Se reflectirmos um pouco, concluiremos que naquelas três quadras há muito de verdade. Para melhor conhecer Heine, que morreu há 150 anos em Paris (onde prosseguiria a sua luta, que não foi indiferente a Engels, por um ideário socialmente mais justo na-que-havia-de-ser Alemanha), o mesmo Velho Marujo recomenda (e bem) uma visita ao local, em inglês, http://www.kirjasto.sci.fi/hheine.htm.
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Quanto ao resto, cara Amiga, ainda não me curei do meu primeiro amor. Ninguém se cura.
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Para quem coleccione bules (5)

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sexta-feira, 14 de julho de 2006

Para quem coleccione bules (4)

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quinta-feira, 13 de julho de 2006

Para quem coleccione bules (3)

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quarta-feira, 12 de julho de 2006

Esta menina chama-se Dolores Barreiro...

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... mas eu nunca a vi por cá!

para ver mais visitar http://doloresbarreiro.iespana.es/doloresbarreiro/

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Para quem coleccione bules (2)

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terça-feira, 11 de julho de 2006

Para quem quem coleccione bules (1)

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Pelo banimento das crianças-soldados (5)

Onde elas estão

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Pelo banimento das crianças-soldados (4)

domingo, 9 de julho de 2006

Pelo banimento das crianças-soldados (3)

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Duas guerrilheiras

(Fonte: http://www.quaker.org.uk)

sábado, 8 de julho de 2006

Pelo banimento das crianças-soldados (2)

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Fonte: http://www.earlybird.qeh.ox.ac.uk

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Pelo banimento das crianças-soldados (1)

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Um rebelde liberiano de 13 anos, com a sua AK-47

Fonte: Foreign Affairs, Março/Abril,1998, p.1.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

O que disse Sir Edward Gray em Agosto de 1914

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Não me recordo se já citei a frase neste "blog". Mas, já que trouxe para aqui algumas representações gráficas da I GG, seria interessante recordá-la também, pela consciência que exprime do fecho de uma realidade que existiu e que nunca mais voltaria. Pensei nisso quando dei por concluída a série de "posters" e similares, sem saber que, no dia seguinte, e numa fonte totalmente diversa (procura sobre "comoções sociais" em

http://www.sandersresearch.com/index.php

um local algo surpreendente pelos seus conteúdos diversos e pelas opiniões expressas), a iria encontrar novamente tal como dita pelo Secretário britânico para os Negócios Estangeiros Sir Edward Grey ao fim de uma noite de insónia no Foreign Office de Londres, ao assumir como imparável o desencadear de alianças fatídicas que levaria ao drama de 14-18, a guerra que "avant Sadam", pode bem aspirar ao título de "mãe de todas as outras":
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"The lamps are going out all over Europe. We shall not see them lit again in our lifetime."

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Um terno desvelo ou sobre a hipocrisia (até) na preparação de um fuzilamento

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"[...] No descampado, sete jovens soldados, entre os dezoito e os vinte anos, acordados pouco depois das três da manhã, ouviam compenetrados as instruções de um capitão: só quatro de entre eles tinham balas reais, os outros três tinham balas simuladas. Após a distribuição das armas, nenhum deles, nem ninguém, saberia quem tinha disparado as balas reais ou as balas simuladas - assim se aliviava um peso na consciência dos jovens soldados. [...]"
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Tomás VASQUES, "O General de Todas as Estrelas Foi-se Embora Sem Ter Bebido Um Trago de Havana Club", Porto, 2001, ASA Edit.: p.134
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Comentário: Parece que é hábito. Não sei se foi o critério usado aquando do do imperador Maximiliano do México. [Consta que a gringada respirou fundo: não lhes era muito agradável ter um Habsburgo às portas. Antes um mais previsível Pancho Vila!]
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terça-feira, 4 de julho de 2006

Atena: o raio que os parta!


Apareceram p0r este blog uns "anjos" armados em parvalhões censórios que, sem uma palavrinha previamente transmitida por qualquer das vias disponíveis (e elas existem, como aliás indicado no blog), "suspenderam" as postagens deste blog e de tal forma o fizeram que, em grande parte da manhã de hoje, só ficaram a ver-se as bolinhas do fundo - com postagens entretanto "kaput" e fora de vista. Recebi vários avisos e telefonemas e procurei averiguar o que se passava, inclusive para transmitir a anomalia à "www.blogger.com". Não reconheço a autoridade que quaisquer paspalhos deste teor, singulares ou colectivos, pensam poder assumir num local que lhes não pertence e nele fazer tais "suspensões", quais verdadeiros "hackers" de banheiro, sobretudo quando neste blog, como em muitos outros blogs, existe produção intelectual própria por cujo extravio ou mau uso ficam certamente responsáveis ao avançar com actos desta natureza. Caso exista algo a reclamar procedam a aviso ou notificação pelas vias próprias antes de provocarem "interrupções de serviço" que só lhes podem ser assacadas. Se esses "meninos rabinos" esperam que eu entre em contacto com eles, vêm para cá de carrinho; eles que entrem em contacto comigo! O e-mail do blog é saite.daqui@gmail.com, como está e esteve sempre indicado (e onde até ao momento não surgiu mensagem alguma!). E tenham cuidadinho com o que fazem e como o fazem, está bem?

Informação sobre os mesmos, para conhecimento e cautela dos visitantes:
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1. Na parte superior do blog, vazio de quaisquer postagens, aparece o endereço:
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2. Clicando agora nestes dizeres aparece um outro painel:
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Conta suspensa
Entre em contato com nosso depto de suporte para maiores informações.
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3. Na ausência de qualquer endereço ou reacção a qualquer clique. mas procurando em www.spnoc.com, aparece
SPNOC - Data Center
Servidor Atena
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donde, pela palavra "contato" sem o "c" de "contacto", se deduz imediatamente que estamos a lidar com entidade originalmente localizada no Brasil.
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4. Uma busca no "Google" em "spnoc" levou, entre muita tralha, a www.deolho.com.br, mas nenhuma explicação se obteve sobre esse site. Aliás dá logo o aviso de inacessibilidade "HTTP 404". Aguardemos pois o que têm para dizer, "if any"!
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Pergunta curiosa: Já aqui, dias atrás, dei conta de uma quase antipódica visita registada, imediatamente após usar no blog a palavra "Timor". Visita civilizada, nada turbulenta e só detectada pelo sistema que tenho para conhecer a origem dos que acedem a este local. Agora apareceram estes, com comportamento diverso: salivarão eles, pavlovianamente, à palavra "Ochoa"? Pois bem: se assim for, para que se divirtam, já acabei a leitura do livro... e - mesmo com algumas reticências doutrinárias e o facto aventado de pouco trazer de novo - não desgostei de todo. Até retirei algumas reservas iniciais. "Passem bem", pois, é o mínimo que posso decentemente dizer. Ou então, para subirem na vida, desejar-lhes que tomem um elevador próprio.
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e que viva Edmonton!