quinta-feira, 28 de março de 2013

Lendo... uma nova (?) leitura de Hieronymus Bosch


REMBERT, Virginia Pitts (2012): "Bosch (1450-1516)", Nova Iorque, Parkstone Press International.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Ensaio de materiais

1. No ensaio de resistência de materiais à tração as curvas de carga/alongamento mantém-se num curto período em relação praticamente proporcional e o material retoma a forma se a carga for retirada. É a zona de comportamento elástico. Passsada essa zona há um outro período em que o material pode resistir, mas a deformação permanece. Uma terceira fase é mais dramática: um aumento de tensão relativamente discreto determina uma grande deformação num enganoso "aguenta, aguenta" até que a rutura sobrevem mesmo e sempre.

O comportamento diferenciado dos materiais reflete-se no diagrama do ensaio realizado.  Para alguns essa terceira fase (e mesmo a segunda) é praticamente inexistente, noutros prolonga-se num estiramento penoso e prolongado - mas os sinais são visíveis e, como se disse acima, a rutura sobrevem sempre.

2. Assim são também os povos.

terça-feira, 19 de março de 2013

Em Vila Nova de Gaia: da Fonte Santa às Devezas (como então se escrevia) - Parte 4: Mais "casas cerâmicas" e à pressa; o Património Azulejar.

A sessão sobre o património azulejar do Barreiro, que - com muito interesse - se realizou a 23 de Fevereiro p.p. junto do local onde decorreu a respetiva exposição  temática (que ainda se mantinha visitável) veio ajudar-me a refletir e a muito aprender, através das excelentes comunicações ali proferidas, sobre alguns  problemas  graves que o acompanham e as medidas que vão sendo tomadas para atalhar alguns dos imediatos riscos. Permite-me também mostrar o cartaz que aqui se junta, com um arrastar de  quase 1 mês sobre os acontecimentos.


 Recordou-me, além disso,  uma dívida para com as "casas cerâmicas" de Vila Nova de Gaia, já por mim abordadas neste blogue, com postagens que começaram a 4 de Novembro de 2011 com uma nota crítica que parecia não levar a mais nada ("Já houve Indústria neste País"), mas que prosseguiriam a 10, 12 e 14 do mesmo mês e ano, completadas a 16 idem, idem com uma oportuna Adenda (postagens a ler com os respetivos comentários, sff). Precisamente no comentário a uma dessas postagens, um leitor atento reparava e bem para o fato de não terem sido referidos os exemplares situados do lado nascente de numa outra rua que pode ser vista no mapa então publicado e que é a Rua Visconde das Devesas (não escrevendo agora com o "z" que então se usava). Era pois a altura de reparar essa falha e de trazer aqui as fotografias milagrosamente salvas de uns rapinantes (estes eram mesmo rapinantes, já que andam por aí outros à solta) que me "aliviaram" de duas máquinas fotográficas e que ao menos poderiam ter deixado os respetivos cartões, que aliás valeriam mais que as máquinas! Ora pensava eu que estas  fotos estivessem perdidas... e não estavam, por uma quase premonitória recolha num diretório esquecido...

Esta primeira foto mostra a Rua Visconde das Devesas e, ao fundo, pode ver-se a estação de Vila Nova de Gaia, onde muito boa gente se apeava até á desafetação da Ponte de D. Maria Pia, com respeito ou cagaço pela ousada obra do Mestre Eiffel - que até era... engenheiro químico (estes químicos são pau para toda a obra, já que o novo Papa também passou por isso... para não falar numa Ângela e numa Margarida e, entre nós, numa Maria de Lurdes - esta infelizmente já falecida). Á direita quem desce o edifício esventrado, ele próprio uma "casa cerâmica" com paredes sustentadas por uma louvável gaiola metálica, como se vai ver a seguir.

 Encimando a porta principal pode ver-se o grupo escultórico (aparentemente também cerâmico) de que seguidamente se dão dois detalhes:




Esse lado nascente da movimentada rua, que sobe da frente da estação de CF de Vila Nova de Gaia para o lugar da Barrosa ainda se pode identificar com o "quarteirão de influência" da Cerãmica das Devesas e não deixa de ser curioso que o que resta dessas casas e que ainda está lá, não tenha correspondência com o lado poente - ou seja "as casas cerâmicas (ou de frontaria azulejada) não conseguiram afastar-se mais da indústria-mãe e por isso não atravessaram a rua". A menos que algumas tenham sido destruídas, dando realidade ao que outras infelizmente anunciam.  Vejam-se agora as fotos seguintes, tiradas na mesma rua e para o mesmo lado, numa sequência de norte para sul (i.e. subindo a rua) e que mostram um conjunto de três casas sobreviventes, uma delas - a situada mais a sul - já bastante alterada:



 Concluída esta "reportagem" debaixo de chuva teimosa (como aliás sucedeu com as anteriores), e antes de regressar à "Bifurcação" e daí, pela Rua Álvares Cabral até à Avenida, não poderia deixar de me deslumbrar pelo "castelinho mourisco" já referido e "fotografado" em anterior notícia neste blogue e que também tem muito da "cerâmica do Costa", como ainda se dizia no meu tempo. Primeiro no alto, escondido pelo casario, depois mais perto, nas duas vistas que os muros altos deixaram fazer - tão desejando eu  que se não tivesse perdido a guerra das rãs cerâmicas que cercavam e defendiam um castelo, também cerâmico, junto ao lago.





Finalmente, antes de atravessar o quase desaparecido e para mim natal vale da Fonte Santa (o Castelinho, do lado poente, dominava  o vale, como um cavaleiro solitário - mas já não domina porque o vale, onde no verão se ouvia o cuco, não pôde resistir ao dilúvio do betão), a visão da fachada da Fábrica, lado Norte (porque a Rua do Conselheiro Veloso da Cruz a dividia), com o estado de abandono em que se encontra, e uma recordação das respetivas cimalhas:




 E, por esta, me vou...