segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Post Komié

Mal terminava eu de postar o Komié entrou um anuncio da Google que informava de novas práticas de sigilo (e eventual intervenção em todos os serviços por mim desta utilizados), para melhoria e maior segurança destes e do utente (inclusive zelando pela rectificação homogénea da minha ortografia em todos eles, o que não deixo de agradecer). Requeria-se  a minha aceitação expressa para poder continuar a usufruí-los. Como já tinha dado essa aceitação noutra oportunidade e forma, aceitei. Permaneço "à coca", o que é bom calão lusitano e nada tem a ver com pó branco [1]. Uma primeira versão de "Komié?" nesta madrugada teve dificuldades de postagem e acabou por exigir a feitura da nova versão, que é a que antecede. Nada de novo. Ĝis revido!

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[1] Nunca esquecerei a narração jocosa que circulara décadas atrás acerca de sinistros mas mal instruídos policiais que vasculhavam (os vasculhos vasculham) bibliotecas privadas e apreendiam livros, ao - numa das suas investidas - depararem com uma edição em três volumes da  "Larousse" e rapidamente mostrarem o seu conhecimento de Francês ao traduzirem Larousse por "A Rússia". Mas um caso real de que tive conhecimento e que talvez tenha já referido aqui, correspondeu à apreensão de "A Mulher Nua" de Blasco Ibañez, numa dessas "visitas". Por diversas e opostas razões de ideologia e de regime,  o indesejavelmente visitado e os indesejáveis visitantes já se tinham várias vezes cruzado em idênticas e indesejáveis situações, pelo que o primeiro notou aos segundos que essa novela não estava dento da perspetiva intencional que os levara ali. Pois é, respondeu logo um dos gajos, mas esse vai para a gente ler. Daí a minha insistência preventiva: "à coca" significa "alerta!". Outras expressões para identificar "interpretativos" malévolos com "os espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para a perdição das almas", como constava do Evangelho de S.João que era lido no fim de cada missa,  poderiam hoje levar-me  à indicar-lhes o caminho para o cesto da gávea. E isto porque o excerto do Evangelho de S. João deixou de ser lido, mas eles, os tais "espíritos malignos", agora informatizados, globalizados ou não, ainda continuam a vadiar por aí.

Komié?

Fui ontem avisado de que a ultima postagem que este blogue apresentava datava de 18 do corrente e correspondia ao postal-cartaz de Sampaio da Nóvoa, de facto nele editado nessa data e que já continha 2 comentários posteriores (um comentário mais uma resposta, donde dois). Quem me informava surpreendera-se, pois já tinha lido algo posterior, mas que agora se "eclipsara" - e vinha perguntar-me se eu tinha retirado alguma postagem.
De facto não, assegurei-lhe, e corri ao blogger a ver o que teria sucedido.
Constatei exactamente o que me fora dito: quem acedesse aos mais recentes contributos do blogue encontrava a figura de Sampaio da Nóvoa e ficava assim em boa companhia. O blogue acabava mesmo ali, como pareceria ter ficado a 18 de Dezembro, e da mensagem do dia  22, epigrafada "Por que nos querem manter ignorantes?", com uma questão que reputo importante e uma interessante e antiga gravura alemã ("Kapitalismus"), "nikles" de todo!
Curiosamente quem acedesse ao título da postagem perdida através dos mais conhecidos motores de busca era dirigido sem recusa para o "Sai-te daqui", mas para reencontrar aí o Candidato. E, curiosamente também, a estatística do "blogger" mostrava um nítido pico de interesse entre os dias 22 e 23, provando que algo, agora invisível, acontecera ali.
Perante isto, que atribuí a erro, acidente ou manobra desastrada  mas involuntária de um leitor (pois situações desse tipo tinham no passado sido registadas com cópias de gravuras, que não de textos ou partes de textos) tomei as seguintes atitudes:
a) reintroduzir no blogue, para publicação na íntegra,  o texto e gravura da postagem de 22 de Dezembro que, preventivamente, fora guardado em .pdf;
b) colocar depois dele um texto e gravura inócuo para que não ficasse "em fim de linha" e portanto em maior vulnerabilidade, como sucedia em tempos idos, com as tais gravuras copiadas, ou melhor, "cortadas". Neste caso escolhi "o gaio", como poderia ter escolhido "o melro" ou "o cuco";
c) escrever e colocar esta postagem "Komié?", forma infantil e abreviada de "como é?" e ficar à coca;
d) prosseguir em coerência com o que suceder e com o que vier a saber, dando notícia diso se me parecer útil.

Os gaios: este ano abundaram por aí




Garrulus glandarius
Português: Gaio
English; Jay (Eurasian jay)
Esperanto:  Garolo
(imagem: cortesia a Wikipedia)

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

E nós, por que nos querem fazer ignorantes?


No comentário "Opinião" de Luís Marques Mendes, integrado no Jornal da Noite de ontem (21 de Dezembro) , na SIC, o comentador - após referir s eleições espanholas abordou a questão do BANIF. E nessa abordagem soltou uma afirmação que, com eventuiais erros de transcrição que não lhe roubam o sentido, disse o seguinte:

"Só há aqui uma coisa que deve ser referida. As pessoas perguntam-se, e até ainda hoje me perguntaram porquê tanta pressa. É por causa dos depositantes, sobretudo para defesa dos depositantes. Porque pouca gente sabe que a partir de 1 de Janeiro, ou seja dentro de poucos dias, entram em vigor novas regras para a solução da questão dos bancos em crise, e que essas regras penalizam mais os depositantes."   

ATENÇÃO, Povo! Admitindo o próprio comentador que pouca gente sabe põe-se aqui um problema grave de falta de informação. Quem já ouviu falar nessas regras? De que forma afetam as pessoas que confiam nos Bancos para neles guardarem as suas poupanças?  Quem, quando, onde e com quem foram negociadas essas regras? Quem deveria delas ter dado conhecimento e, se deu, de que forma deu - entenda-se de forma compreensível para os que colocaram a sua confiança na Banca?

Isto é demasiadamente grave para passar despercebido. E aceitar que os depositantes participem mais (em termos de prejuízo)  na resolução da crise dos bancos que os deviam acolher (grande parte do dinheiro que os bancos movimentam provem dos depositantes), complementado pela desigualdade  entre o juro pago ao depositante e o juro imposto ao recorrente a crédito,adicionado às milhentas alcavalas e taxas que essas mentes banqueiras vão parindo, traduz bem o que é o negócio bancário, mesmo quando não chega aos "casos de polícia" como Luís Marques Mendes caracterizou o BPN e o BES.

Ignorância é força, não é verdade?  E há que sacar, sacar porque o Capital tem sempre de crescer, como com razão dizia um que tinha barbas, mas que nunca foi o Pai Natal.     

(Gravura: "Kapitalismus",com a devida vénia a climateandcapitalism.com)                                                                                                                   

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

SDNAP - Sampaio da Nóvoa a Presidente