sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Há 28 anos...

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Na pag. 2 do "Correio da Manhã" de 16 de Novembro de 1982 [1], na sua habitual secção "Bilhete Postal", escrevia V.D. (tcc [2] Vítor Direito):

"Estes mestres economistas são, realmente, uns valentíssimos pontos. Não se cansam de dizer: - A situação económica é crítica.

Vem Salgueiro e diz: É crítica! Vem Constâncio e repete: É crítica. Seguem-se Jacinto Nunes, Cavaco e Silva, D. Manuela de Aguiar, Silva Lopes, e todos eles são unânimes em afirmar: É crítica.

Mas... mais nada. Ora abóbora. Que é crítica sabemos nós. Sabe-o qualquer leigo na matéria. Dos entendidos esperava-se um pouco mais, ou seja, que não se limitassem a classificar a situação, mas sim a apontar as reais soluções para o problema.

Pelos vistos os «catedráticos» que temos não se preocupam muito em consultar os tratados - limitam-se a desfolhar a «sebenta» como os cábulas.
V.D."

Esta era a situação há 28 anos. Não tem, certamente, confronto com a de agora.

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[1] Ou seja, antes das visitas da Dra. Teresa.
[2] "tcc" = também conhecido como, para evitar o uso do "aka" anglo-saxónico ("also known as")



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Da greve

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Na greve, examinada como movimento social, há que procurar discernir entre a greve sentida e conscientemente aderida, que tem todo o significado, e a greve induzida - ou seja, aquela que uma intervenção estratégica em determinados sectores afasta, limita ou impede o acesso corrente àqueles que a não sentem e a ela conscientemente não aderem. O domínio preferencial desses sectores transforma-se pois num objectivo real e selectivamente escolhido e trabalhado, cujo efeito ignora - na avaliação dos resultados - essa consequência virtual e imposta, quase comparável aos "efeitos colaterais" que tantas vezes se censuram em áreas de luta.
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Os diversos noticiaristas estrangeiros que hoje se ouviram e que tinham já acompanhado recentes manifestações noutros países assinalaram quase geralmente a singular ausência de pessoas, como se fosse mais uma manhã de domingo, e - com exclusão da actuação dos piquetes - a falta, na rua, duma visibilidade activa. Chegou-se ao ponto de se ouvir bendizer a utilidade proporcionada no acesso a certos serviços, geralmente abarrotados, quando o menor número de funcionários presentes se tornava superabundante face à ausência de utentes.
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Certamente que outros interessados sem rosto, escondidos sob o nebuloso rótulo de "os mercados" e cartelizados em organizações diversas, não deixaram os factos por observar - e (nisso não tenham quaisquer dúvidas!) estarão prontos a usá-los sempre em acrescido proveito próprio. Se o conhecimento exacto do inimigo é um factor de sucesso e eficácia em qualquer luta (e, para não ir mais cerca, a "surpresa de Napoleão na Península", vista de qualquer dos lados, demonstra-o) cabe perguntar: quem são eles? Ou espera-se que, como o "Romeiro", venham responder "Ninguém!"?
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Os (des)marcos do correio

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No trajecto para Lisboa, com uma carta para despachar a arrastar-.se no bolso, constato - à medida que o barco parte - que as estações e os barcos e muitos locais públicos deixaram de ter "caixas ou marcos de correio", que o Alberto Ribeiro romanticamente cantava. A solidão espalha-se hoje nos Faces deste planeta, transformados tantas vezes em surpreendentes confessionários informáticos ou em disfarçudas armadilhas de selva. As comunicações convencionais desapareceram: uma carta passou a ser uma via incómoda de formular qualquer exigência, ou de spamar publicidade, porque tudo o resto foi-se.
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

22 de Novembro


Para quem não saiba, era um Clube. Para quem não saiba, ardeu. Para quem saiba, ficou o espaço à beira rio, a mirar o Tejo e a ver Lisboa na outra-banda.

Falta uma semana para 22 de Novembro. Quanto faltará para o voo desta Fénix?

domingo, 14 de novembro de 2010

Do voto - 1

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Na lista de petições públicas abertas na "net", diversas existem no sentido do voto em branco. È um sentido legítimo, ainda que haja aqui uma distorção do conceito de petição como "acto ou efeito de pedir, pedido, súplica, requerimento", já que um apelo ao sentido de voto de cada um é uma transmissão ou no mesmo plano ou de cima para baixo e não visa um mecanismo de influência de baixo para cima, que é, em suma, o que a petição pretende.

Curiosamente, nenhuma petição se pronuncia sobre o poder-dever que é o exercício de voto. Sem este, aquele outro apelo perde todo o sentido. Votem em branco, anulem o voto, escolham a opção que quiserem - mas votem. Sou do tempo em que um voto riscado foi propositadamente colocado numa assembleia em que, no fim, todos os votos contados foram considerados válidos. É pelo voto que se pode evitar que esse tempos voltem.
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sábado, 13 de novembro de 2010

Bolonha - 2 (o 1 foi a 4 de Julho)

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Numa carta hoje publicada na imprensa há quem se admire que uma universidade pública portuguesa, num concurso público aberto a detentores de uma licenciatura, desconsidere as licenciaturas pós-bolonha que ela própria atribui.

Continuo a admirar-me que se admirem com a descoberta de que bolonha (assim mesmo em minúsculas, porque maiúsculas não merece) é um espantoso logro - para evitar outra expressão com qualificação jurídico penal mais sugestiva.

De Bolonha só a cidade e, como aqui já se disse, o esparguete à bolonhesa. Marcha atrás no restante (já há por essa Europa quem nisso pense). E polegar para baixo a quem fez ingressar incautos na tremenda esparrela, com enganadores objectivos estatísticos, vesgos objectivos políticos e sinuosos objectivos económicos. Mas, ao menos, respeitem aqueles que, com bolonha , foram e são logrados.
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O discurso do caracol à couve ou a mensagem da rainha da Branca de Neve

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Que sorte tendes em me ter!

ou seja,

Que teríeis vós se me não tivésseis?

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Responde, estupor de espelho, que foi para isso que te comprei!
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Indústria?

Num jornal de 8 do corrente, expunha o economista e professor universitário que nele escreve às segundas-feiras [1]:

"Na actual convulsão há que evitar a tentação da aplicação de sucesso apenas comprovado em contextos diferentes do português, onde já existe um confronto (por ora) surdo entre gerações pela conquista de emprego, relevando um pano de fundo económico que é fruto de uma industrialização frágil e tardia, sem marca significativa das duas primeiras ondas da Revolução Industrial, e que, apesar do esforço recente tanto para apanhar a força impulsionadora da terceira vaga como para aproveitar a mudança de paradigma da lógica industrial para a lógica financeira, não conseguiu recuperar do atraso."

Estas considerações merecem dois comentários:

O primeiro é constatar (e lamentar) a despromoção de esforços industriais efectivos na época final do Estado Novo, quando - apesar das convicções de fundo agrário do timoneiro da época - se perdeu algum medo à palavra Plano, em que alguns ultramontanos sentiam soprar brisas de Leste, e que prosseguiu e até reanimou nos primeiros anos pós-25A. Em Portugal houve indústria séria e houve realizações relevantes ao nível industrial (refiro-me, por exemplo, ao campo extractivo) que, mercê de miopias & míopes e de discursos apatetados e redutores, mas não inocentes, acabaram por estiolar. Mas houve indústria e houveram realizações e houve (e há) gente capaz - não sendo preciso escabulhar muito para por isso á vista nem se devendo esquecer tal realidade. Se outros com o esvaimento produzido beneficiaram e se o discurso do "para que quereis vós continuar a fazer isso, se nós vos podemos dar a preço mais barato" imperou [2], é porque pura e simplesmente menosprezamos ou vendemos a nossa própria e demonstrada capacidade.

O segundo, que decorre aliás do anterior, é o reconhecimento de ter havido, entre nós, uma mudança de paradigma da lógica industrial para a lógica financeira, "que não foi aproveitada". Pois houve, houve, causando o tal esvaimento - e existem nomes por detrás disso. Só que inexoravelmente existe uma outra verdade, que radica em realidades tão sérias e universais quanto o terceiro princípio da Termodinâmica: se é fácil e rápido (e por vezes lucrativo) desmontar uma realidade existente, é mais penoso e demorado reconstruir algo que, já não sendo essa realidade e porque nada exactamente regressa, dela pelo menos se aproxime ou, no melhor, a supere. Mas não esqueçamos: existem nomes por detrás desse "ter! ter!" verdadeiramente alcacerquibiriano. E muitos ainda andam por aí! Ainda mexem![3]
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[1] Fernando Gonçalves, in "i", de 8 de Novembro corrente, pag. 3.
[2] Noutra versão, ao tempo também escutada (facto real): "Se a vossa ideia é essa, não acha que estes - industrialmente mais avançados -a não teriam tido antes de vós?". Frase que, esgotados outros argumentos, foi ouvida a um português influente, que contrapunha interesses estrangeiros à realização de um projecto nacional.
[3] E que, quanto a postas (mesmo sem serem de pescada), ou eructam ou lascam.
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Que ocorreu?

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Se eu fosse político, nos tempos de hoje, meditaria muito no valor de resposta que se encerra na chamada "lei de Miller", citada por Arthur BLOCH (in "A Lei de Murphy - E Outras Razões Para as Coisas Correrem Mal", ed. Presença, Queluz, 2003, pag. 100):

"Antes de cairmos nela, não sabemos a profundidade da poça"

Penso mesmo que tal citação deveria, em muitos casos, ser acompanhada por um manguito, na vera e lusitana acepção do "Queres fiado? Toma!".

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um soneto de Cesário Verde: Pró Pudor!

       "Todas as noites ela me cingia
Nos braços com brandura gasalhosa;
Todas as noites eu adormecia,
Sentindo-a desleixada e langorosa.
    
Todas as noites uma fantasia
Lhe emanava da fronte imaginosa;
Todas as noites tinha uma mania,
Aquela concepção vertiginosa.

Agora, há quase um mês, modernamente,
Ela tinha um furor dos mais soturnos,
Furor original, impertinente...

Todas as noites ela, ah! sordidez!
Descalçava-me as botas, os coturnos,
E fazia-me cócegas nos pés...

Cesário Verde,
n' "O Livro de Cesário Verde"

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O doce de marmelo da tia Eunice

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Nesse ano a tia Eu (de EUnice) decidiu fazer doce de marmelo e ofereceu boiões rolhados á numerosa família. Encheram uma prateleira da despensa.

O mais velho e sabido dos filhos e filhas rapidamente descobriu a utilidade do escadote. Subiu-o, serviu-se e foi dizendo ao seguinte: avança, pá, descuidoso e contente, que o doce de marmelo dá para toda a gente. Assim o escadote funcionou, a aparente verdade foi transmitida por escada de idades e todos mais ou menos se alambazaram.

Quando a Mãe procurou distribuir o doce de marmelo, cadé dele?

Curiosamente, todos apontaram o mais novo e também o mais recente a chegar aos boiões. E o mais velho ao gesto acrescentou: Não é que não tenha avisado várias vezes...
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domingo, 7 de novembro de 2010

Não digas...

"Não digas ao velho que se deite, nem ao menino que se levante."

mas...

"Velho gaiteiro, velho menino!"

in "Adagios, Proverbios, Rifãos e Anexis da Língua Portugueza", Lisboa, 1780

sábado, 6 de novembro de 2010

Mudança de hora

Acabei de ler e assinar a petição online: «Petição para a não mudança da hora de Inverno em Portugal»

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N3506

Eu pessoalmente concordo com esta petição e acho que alguns dos Leitores portugueses que amavelmente seguem este blogue também podem concordar [1].

Se assim for, solicito a qualquer desses concordes que subscreva a petição e a divulgue pelos seus próprios contactos [2].

Obrigado.

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[1] Certamente que há razões pro- e contra-. Como se diz no texto "eu pessoalmente concordo" e, por isso , exprimo essa concordância: "eu concordo, logo tenho de mostrar que - nesse sentido - existo"
[2] Acrescento que - a título puramente acessório e igualmente pessoal - acrescentei, como comentário livre, que igualmente era a favor do regresso à hora centro-europeia (GMT+1), que até já tivemos (e que a Galiza aguenta sem cólicas), obviamente com a manutenção da diferença horária relativamente aos Açores, que perfeitamente se entende (-1:00 hr). Mas a petição, em si, a nenhum comentário obriga.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Carros

Há um fenómeno que, desde o regresso de férias, me vem preocupando - e não escreveria sobre isso, considerando-o fruto de uma apreciação meramente subjectiva, se hoje, no barco, primeiro, e no autocarro, depois, não ouvisse outras pessoas referi-lo com a mesma surpresa. Trata-se de um aparente e inexplicado reforço da circulação automóvel, conduzindo - mormente em horas de ponta - a engarrafamentos inabituais e em locais também inabituais.

Pensava eu que tal sucedia na minha cidade, por aspectos viários que admitia localizados - mas recentes deslocações a outras cidades e vilas próximas mostraram-me que, também aí, como na própria capital do distrito, a "população circulante sobre quatro rodas" dava lugar a desusadas aglomerações. Ora, num momento de aperto de cinto, isto não bate certo. Mesmo nada.

Será erro meu (mas outros também viram, e a sintomatologia parece evidente)? Será um gastar enquanto é possível? Será o reflexo dos primeiros ornamentos de Natal, a anunciar a retoma plástica dos "presépios do consumo"? Terá o "andar de carro" atingido a categoria de "bem Giffen"? Serão estampidos de espumante desarrolhado nos momentos mais inapropriados para isso? A verdade é que há algo que não compreendo e que todos os dias se repete, como um fenómeno contra a corrente!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Discussão

Acompanhei e acompanho no essencial os temas debatidos e as principais posições assumidas, mas ás intermitências do debate tele-transmitido pouco assisti. Aprende-se pouco com a mútua invectivação sem suporte, quando se sabe que ali ninguém vai convencer ninguém. Mas, a propósito ou a despropósito, o tema leva-me a falar de 3 Mulheres de reconhecido mérito na sociedade portuguesa. A primeira é Manuela Ferreira Leite, de quem não sou francamente admirador no campo político, de cuja competência técnica não duvido e de quem destaco, na intervenção feita, o reconhecimento de uma situação de facto, que é a de estarmos (ou melhor, a de para ela nos termos deixado escorrer) num quadro de dependência relativamente a terceiros, sejam esses alguns dos nossos parceiros europeus, sejam instituições europeias, sejam as entidades nebulosas mas actuantes com perfil de sindicatos anónimos e a que nos habituamos de ouvir designar como "os mercados".

Isto leva-me a encontrar o segundo nome, Leonor Beleza, nos tempos em que lhe era atribuída, como docente, a autoria de uma sebenta de Direito de Família na FD da Universidade de Lisboa. Dizia esse texto, retirado das aulas da então assistente, que o afastamento dos conjuges que leva à ruptura não sucede de "impromptu", mas vai-se sucedendo. Transpondo este modelo dinâmico para o que connosco e nesse outro campo está a acontecer, poder-se-ia concluir que a situação de dependência se não estabeleceu agora, de cachapuz, mas que - com diversos sintomas de gravidade minimizada (e nesta minimização sem soarem alarmes é que reside o erro nosso, aos mais diversos níveis) - se foi placidamente embarcando naquilo que eu sempre designei por "economia do soufflé" e que hoje se ouve chamar de "bolha". Não vou entrar no processo de autoflagelação de muitos analistas que pugnam pela enumeração de todos os maus passos que demos nesse roteiro da desgraça e que, de um lado e de outro, procuram dar nomes a todas as calçadas mal pavimentadas nele contidas. Como as duas rãs que caíram no balde de leite e de que já aqui neste blogue se falou, estamos afogados no lodo. Agora é safarmo-nos dele - e recordo que da atitude diferenciada de cada uma das rãs saíram finais opostos. Folgamos para além do que nos permitia a carteira, há que pagar por isso. Se alguns foram mais prudentes (ou menos enganados) que outros e agora dizem "ora porra!", há que questionar em que extensão (não apenas económica) terão contribuído também para isso, incorrendo por vezes em actos que parecem afastados mas não estão, como na aceitação de facilitismos, em situações de "não te rales", na não expressão de opções firmes, em não querer afirmar uma inscrição activa na sociedade que é a nossa (p.ex. claudicando no exercício do voto). Mas do voto falaremos um dia destes. A noção é esta: estamos numa situação da maior exigência. Não pensemos que a dificuldade é de curta génese e que vai ter cura a curto prazo e que vai ser simples essa cura. E consideremos que, como nas situações de guerra, há sempre quem ganhe com isto, que "as paredes têm ouvidos" e que a exibição dos nossos mais caricatos destrambelhamentos só serve para alimentar o bandulho desses sugadores, anónimos ou não . Os sugados somos nós e os episódios recentes assim o mostram. O trabalho de casa faz-se moderadamente caladinho, à espanhola.

Isto leva ao terceiro nome e à indicação de uma obra biográfica, lançada há um ano e que, salvaguardando algumas importantes diferenças de situação, permite algumas reflexões úteis: a biografia de Fontes Pereira de Melo, por Maria Filomena Mónica, editada pela Aletheia. É leitura para os dias que correm. Tendo presente essas diferenças e que o tempo impede que nada se reproduza exactamente como foi, nela se encontram situações que se diriam manter-se nas hélices genéticas da nossa vida política. Entre muitas, e só para dar um pequeno exemplo, o que a pag. 147 da 4ª edição se pode retomar do passado, no que respeita a representações e a representantes parlamentares: "Explicava [Fontes ao Rei], nos seguintes termos, os motivos da [sua] apreensão: «Não é o número, que, aliás, cria uma grande dificuldade para o futuro, mas a qualidade, sobretudo, que constitui o verdadeiro perigo». Vimo-lo há escassos instantes.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dureza

A dificuldade dos tempos que se aproximam (e que, fazendo-me repensar, me vão trazendo alguns flash-backs da minha meninice, na economia apertada pela crise de alimentos, combustíveis e matérias primas durante os anos da 2ª GG) dita também um porte mais sóbrio na presente formulação. Avesso que sou ás designadas "redes sociais" é aqui que me podem encontrar, mas mais seco que nunca. Para ultrapassar as limitações dos últimos tempos, que têm criado extensas lacunas, e as preocupações dos próximos, suprimirei imagens e adoptarei um estilo telegráfico ou semi.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dilma


Ganhou ante-ontem e bem. Tão bem que aqui no rectângulo lusófono europeu, com passinhos de lã e escritas entrelinhadas, já ontem de manhã surgiam algumas mordidelas. Talvez efeitos da mudança da hora.

Parabéns e prossiga.


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

2010: Novembro