quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Não entendo!

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Li ontem, num jornal diário (JN, pag 8) que o cartão de cidadão não incluirá o número de eleitor. E o senhor Ministro da Presidência argumenta: "A resolução do problema, porém, não passará pela inclusão do número de eleitor no cartão de cidadão porque isso obrigaria à renovação do documento sempre que ocorresse mudança de residência", explicou." Ou a ministerial explicação está mal transcrita ou aqui há qualquer coisa que não bate certo e que requer mais explicação. Quando um cidadão muda de residência tem certas diligências a cumprir e, precisamente, uma delas é a mudança de residência no cartão do cidadão. Do cartão não consta visivelmente a residência: essa está no "chip", tem até dois códigos (o de desbloqueio e o "pin" de morada) e, portanto, a menos que existam limitações técnicas de capacidade de inscrição (e esse então, a existir, será um pecado original e como tal deveria ser referido i.e. confessado), não se vê dificuldade em que, dentro dessas diligências, fosse inserida a exigência de introdução informática desse mesmo registo. Por outro lado cabe ao cidadão, em princípio, conhecer e mesmo verificar em sede de recenseamento a sua situação eleitoral e cabe às autoridades intervenientes no processo elucidá-lo completa ou atempadamente sobre as mudanças que neste possam surgir. De uma forma ou de outra, há aqui uma falta. - pois o rigor da inscrição do eleitor é tão essencial, em Democracia, como qualquer outro processo ligado à identidade. Aliás , em termos de faltas, existiram várias, a avaliar pelas anomalias no lufa-lufa da votação, com as "broncas" que deu (e das quais não se deve retirar a quota parte da responsabilidade do cidadão que teve tempo de ouvir os avisos e ir à "net" ou de fazer alguém ir à "net" ou aos vários locais e formas de acesso e retirar o papelinho ou a informação, possível sem qualquer dificuldade ou demora ainda dois ou três dias antes!) e nas anomalias da contagem, estas de facto graves e aparentemente sem atenuantes. Gostarei de ler as declarações de voto dos membros da CNE quanto ao apuramento - mas, não esqueçamos, o problema poderia ser bem mais sério noutra contingentação dos votos. E ter a seu favor a situação excepcional é sempre uma razão pobre para o que deveria assistir (e resistir) a todo o espectro de situações possíveis.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dos Museus

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Conversando com pessoa amiga, dias atrás, estranhamos que, a nível geral, se falasse tão pouco do Museu do Cairo - já que havia o tenebroso exemplo do Museu de Bagdad. Anteontem e ontem falou-se um pouco, escassas linhas e com clareza ausente, mas pressagiando nada de bom. Continua a estranhar-se o silêncio e o alheamento e a desejar-se que não haja razão para tais pesadelos.
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

S. Valentim 2011

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Nem só os "Pumpkins" foram "Smashed"!
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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Este País é só para nem -novos nem-velhos: medievos, talvez!

O JN e os comentários de hoje repartem-se entre dois temas palpitantes: a Senhora que foi encontrada morta anos e anos depois (vide JN, justas palavras de Bastonário nele incluído, sobre a desimportância dedicada à terceira idade pela malta que vai para lá sem dar por isso e sobre a frouxidão dos esfíncteres burocrático-legais tão apertadinhos para outras coisas) e a nova deolindice cantada (tão ao gosto de uma camada bués de desgostosa e bués de sem gosto , ó meu, que nem entende bem para onde estão a correr afinal - e a final - aquelas águas). São acontecimentos primos entre si? Não, de facto não. Tudo é do mesmo, há um denominador comum, só que as perturbações do milénio estão aqui a entrar mais tarde. Benjamim Franklin diria: ide comprar para-raios antes que a trovoada trovoe. Mas quem quer o lugar de um para-raios nesta altura? No tempo oportuno falaremos nisso, a passos de tartaruga, enquanto, para já, vivamos a vida entre sentimentos picotados, descobrindo pouco a pouco que afinal não somos tão bons quanto ao espelho nos mirávamos, antes que o banco (ou as Finanças por ele) leve o espelho e tudo... et voilá!
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sábado, 12 de fevereiro de 2011

"Matéria negra" ("Dark Matter"): o filme

Um acidente de percurso. Toma forma um caminho iniciado há 6 anos - o que tornou posível um breve intervalo de sono reparador e, no fim do dia, uma breve pausa. E, nessa pausa, tornou também possível usar o sempre ocupado computador para tranquilamente (?) um filme através da leitura de um DVD comprado um dia destes a um preço surpreendentemente barato, quase à borla, já não sei onde. Surpresa! Direi que o escolhi pelo nome, que constitui uma das animadas matérias de discussão presente no campo da física do espaço, em associação com o facto de ser, em "premiére" cinematográfica, uma realização do director de ópera chinesa Chen Shi-Zheng e de ter ganho o Prémio Albert Sloan no Festival "Sundance" de 2007. De ver, certamente. Se o encontrarem... [1]

Porque o filme faz pensar e, como referido no New York Times (ver abaixo), não é rigorosamente um filme sobre ciência mas um filme sobre o poder, antes de publicar esta mensagem avancei um pouco mais na análise dos seus antecedentes e na análise da sua análise. Por isso, depois de mostrar aqui a "face " da caixa do referido DVD tal como o encontrei, darei seguidamente mais alguma informação:


E a informação é simples, quando se passa a bola! Para já, uma visita ao "trailer" poderá ser sempre útil, embora os "trailers" ou "apresentações" cumpram cabalmente a sua missão ao serem aperitivos: despertarem o apetite, mas não encherem a barriga. Para já o "trailer" aí vai!


Vem, depois, a "inspiração" do filme, que remonta a uma "tragédia americana" com 1 de Novembro de 1991 como data. Repudiando-se o processo, não há dúvida que o assunto dá que pensar

http://en.wikipedia.org/wiki/University_of_Iowa_shooting

E tanto dá que pensar que motivou não só o filme mas também o extenso comentário que o insuspeito The New York Times sobre o assunto publicou em 27 de Março de 2007 na sua secção "Science":

http://www.nytimes.com/2007/03/27/science/27dark.html?_r=1&ei=5087%0A&em=&en=60699d2d8b90a79f&ex=1175227200&pagewanted=all

Boa leitura, bom visionamento... e boa noite!

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[1] Caso não encontrem, deixo uma "pista": na "nuca" da mesma caixa deduz-se que, em Portugal, o DVD foi distribuído por LNK Conteúdos, na Cruz Quebrada. Talvez o endereço apoiocliente@ngk.pt ajude a descobrir como resolver a questão.