segunda-feira, 30 de maio de 2011

Em breve, numa pantalha ao pé de si!

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domingo, 29 de maio de 2011

Saudades de Indústria - Ruínas de Cerâmica na Moita

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  Situação: a cerca de 1,5 km da estação feroviária da Moita, à esquerda no sentido Moita - Penteado.

sábado, 28 de maio de 2011

Depois de "acampanhar a companha" na TV

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Quid novi?
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sexta-feira, 27 de maio de 2011

And the Band Played Waltzing Matilda

Não sei mesmo se já trouxe isto aqui. Creio que sim, que já falei no "Waltzing Matilda" como uma canção australiana do fim do sec XIX, de que existem pelo menos três versões e que evoca a viagem solitária dos exploradores do continente, em que "Matilda" era a designação carinhosamente feminina dada à mochila ou trouxa, de facto a sua única companheira de jornada. "Walzing matilda" significaria simplesmente tomar o seu caminho, com a trouxa ás costas. E tão famosa é, essa canção. que - até 1984 - foi candidata a hino da Austrália.

Mas o que eu queria aqui hoje referir é a "And the Band Played Waltzing Matilda", com aquela relacionada (até musicalmente) e com aquela muitas vezes confundida, mas que é uma balada pacifista, escrita em 1971, que evocava originalmente um outro trajecto: a narrativa de um veterano mutilado, arrastando para o tempo presente o episódio trágico dos Dardanelos (1915), na I Guerra Mundial - tenebrosa operação patrocinada por Winston Churchill, então Primeiro Lord do Almirantado, para - entre outros objectivos - acolher os interesses russos em dominar uma livre passagem para o Mar Negro, incluindo Istambul [1]. Nessa aventura de mau início e de mau fim, foram sacrificados muitos soldados provenientes da Australia e da Nova Zelândia, os ANZACS, gerando sentimentos ainda contraditórios entre a Europa e o Pacífico - e daí ter nascido a canção, numa época em que já não havia Gallipoli mas em que a inspiração pelo "no sense" de uma guerra sacrificial vista no tempo provinha dum outro nome gravado a sangue na história do Mundo e que se chama Vietnam [2]. Aliás havia então outros, como sabíamos. É, sem dúvida, uma das mais bonitas canções que conheço e que, na extraordinária interpretação de Tom Trauberts [3], poderão ouvir em:


Espero que gostem! E, para ajudar a isso, junto seguidamente o poema desta versão [4]:

"Wasted and wounded
And it ain't what the moon did
I got what I paid for now
See you tomorrow
Hey Frank can I borrow
A couple of bucks from you
To go waltzing Matilda waltzing Matilda
You'll go waltzing Matilda with me

I'm an innocent victim
of a blinded alley
And I'm tired of all these soldiers here
No-one speaks English
And everything's broken
And my strength is soaking away
To go waltzing Matilda, waltzing Matilda
You'll go a waltzing Malitda with me

Now the dogs they are barking
and the taxi cab's parking
A lot they can do for me
I begged you to stab me
You tore my shirt open
And I'm down on my knees tonight

Old bushmills I staggered
You buried the dagger
Your silhouette window light
To go waltzing Matilda, waltzing Matilda
You'll go a waltzing Matilda with me

Now I've lost my St. Christopher
Now that I kissed her
And the one-arm bandit knows
And the maverick Chinaman
with the cold-blooded sigh
And the girls down by the striptease shows go
Waltzing Matilda, waltzing Matilda
You'll go a waltzing Matilda with me

No I don't want your sympathy
Fugitives say
that the streets aren't for dreaming now
Manslaughter dragnet
and the ghost that sells memories
Want a piece of the action anyhow
Go waltzing Matilda, waltzing Matilda
You'll go waltzing Matilda with me

And you can ask any sailor
And the keys from the jailor
And the old men in wheelchairs know
That Matilda's the defendant
She killed about a hundred
And she follows wherever you may go
Waltzing Matilda, waltzing Matilda
You'll go waltzing Matilda with me

And it's a battered old suitcase
in a hotel someplace
And a wound that would never heal
No prima donnas the perfume is on
and old shirt that is stained with blood and whiskey
And goodnight to the street-sweepers,
The night watchmen flame-keepers
And goodnight Matilda too
Goodnight Matilda too."

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[1] Ken Follet, no seu tão lido "O Homem de Sam Petersburgo", aproveitou excelentemente esta correlação com os interesses russos, que certamente não terá sido a única motivação para a desastrosa iniciativa anglo-francesa de abrir uma nova frente directamente dirigida ao coração do Império Turco em 1915.
[2] Sobre a disputada "
Waltzing Matilda" de 1895, de que se conhecem três versões e que esteve quase a ser escolhida como hino da Austrália até que em 1984 outra escolha (et pour cause...) teve lugar [5], e a "The Band Played Waltzing Matilda" de 1971 visitem-se respectivamente os saites
[3] Existem numerosas interpretações, com diferentes líricas. Não podendo omitir a já clássica versão da Joan Baez, mas dando certamente preferência às interpretações masculinas (como acima se disse o poema original, de Eric Bogle, em 1971, exprimia o depoimento de um veterano de 1915), saliento Tom Waits, para quem goste do estilo "rough" tipo-Nick Cave (a quem eu creio ter já ouvido esta balada, mas que não consta dessa lista), como foi gravado no Rockpalast em 1977 e pode ser ouvido em:
[4] A letra original com que Eric Bogle compôs e lançou esta canção em 1971, e que tinha muito mais a ver com Gallipoli, pode encontrar-se em:
[5] Nota à nota: Sobre a controvérsia quanto á escolha do hino da Austrália, vd. Roger Clarke. Este Autor pode ser lido no seu saite, facilmente acessivel num motor de busca como "www.rogerclarke.com+Australia" ou "roger clarke + waltzing matilda", onde tem vários textos de bastante interesse sobre ambas as composições e os "australianismos" que contém.

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Recordando uma imagem, num Barreiro de há muitos, muitos anos

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quando for grande quero ser economista

Ontem, um senhor de que já não recordo nome ou função, numa daquelas prolongadas exibições que se chamam de campanha eleitoral e que nada perdiam em ser reduzidas a uma simples semana, bramia que a gestão de um País deveria estar na mão de economistas e não de titulares de outros cursos, maxime da área de engenharia. Pensando em como vários mestres de direito se devem ter revolvido nas suas tumbas - eles que historicamente sempre olhavam com algum desdém a nascente ciência (tal como qualquer portista radical olhava, no Porto, um adepto do Boavista) [1] - diverti-me à brava a encontrar o texto de um tal senhor Larry Elliot que, no Guardian de 17 de Maio, perante o agravamento da crise grega (a procissão ainda vai no adro, note-se bem!), referia a hipótese embora distante (?), mas já começada a advogar por algumas sumidades, de uma Europa a duas moedas. Ora isso, a 16 de Dezembro p.p., era o que o "burro do presépio", em modesta e rápida entrevista, tinha vindo dizer aqui neste blogue!

Só que... a ideia de Europa, que tem vindo a ser paulatinamente desmantelada por quem quer que seja, de chapéu alto listrado, ou turbante, ou coifa cónica em palhinhas de arroz, ou por quaisquer vendidos "urbistas" a soldo disso, ficar-se-á por aí, por um implante europeu do "carpetbaggerismo"? É que então, este uso do verbo "ficar" poderá ter um sentido radical.

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[1] Recordo a frase atribuída a pouco mais do meio do século passado a um desses senhores que olhou, num exame, a demonstração analítica que o examinando, saído sabe-se lá de que outra escola, pretendia dar a um qualquer fenómeno económico, metendo coisas tão juridicamente enviesadas quanto funções etc e tal (e de facto haveria muito disso a considerar naquilo!): "O aluno não precisa de ir por aí. Para se saber economia não é necessário ser um bom matemático. Eu, por exemplo, sou um bom jurista e sou também um bom economista!"
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segunda-feira, 9 de maio de 2011

9 de Maio

A) Comemoração do fim da II Guerra Mundial na Europa. A Rússia procede à habitual parada comemorativa em Moscovo, em 66ª Edição, aumentando as presenças anteriores em homens e equipamentos e apresentando o novo modelo de uniforme de combate.
Ver http://www.bbc.co.uk/news/world-europe-13333857

Merkel esteve presente como convidada oficial e é interessante ler os comentários colocados no local noticioso alemão sobre o assunto: http://www.thelocal.de/national/20100509-27073.html.

B) Sobre a mistificação recente de notícias nos MCS's ver no JN de hoje o depoimento corajoso de um Jornalista, Óscar Mascarenhas (pag.9). Bastaria andar de olhos abertos para compreender isso - mas que venham os nomes, que venham! Aliás o mal continua! Passo a passo vamos decobrindo que, em termos de MCS's, face ao que vemos, ao que ouvimos e o ao que lemos o melhor será mesmo ignorar!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mishu aka Adolphus

 

 
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Notícia superveniente: Este lindo animal afastou-se do lar durante 3 semanas para responder ao chamamento fundamental da perpetuação da espécie. Regressado a casa, em vez de umas compreensivas gemadas ou vitalizantes sopas de cavalo cansado, foi conduzido a uma clínica para receber o mesmo tratamento que, nos dizeres da História, foi reservado ao Abelardo. Como o assunto se passou na fria Albion é caso de dizer: "Poor, poor cat!"

quinta-feira, 5 de maio de 2011

De um desdobrável que me chegou às mãos







Pessoalmente, estou d'ac!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ruínas em Rio de Enguias, entre Alcochete e o Porto Alto


Durante muitos anos foram como que um prelúdio nas jornadas para o Porto. Festas, férias, mesmo más notícias ou simplesmente jornadas. Chegava-se ali ainda muito longe mas já com os putos a perguntarem se faltava muito. Junto da ponte velha, hoje vedada, havia duas casas, de telhado de colmo. Uma era tasca, ambas eram típicas. As ruínas também já existiam, mas as casas junto delas ainda não eram ruínas. Tinham canteiros de rosas e madressilvas: hoje, abandonadas, confusas, rosas e madressilvas ainda crescem, ao Deus dará, a mostrar que ali morou gente. Na ponte nova, mais a montante, passam os grandes camiões. A casa dos cantoneiros, bem arranjada, serve de moradia. O Rio de Enguias continua indiferente, calmo e largo a chegar ao Tejo, como no tempo em que havia jornadas de carro para o Porto. De tudo isto deixo aqui um bocadinho.


















terça-feira, 3 de maio de 2011

3 de Maio

Hoje, por um dos primeiros noticiários do dia-aberto (RDP2?), fui alertado para o início, em Lisboa, de um processo judicial movido por sobrinhos do já falecido major Fernando Silva Pais, último director da polícia política (PIDE/DGS) de uma soi-disante "democracia orgânica" europeia, contra pessoas ligadas à peça de teatro "A Filha Rebelde" (título também em livro que resultou de uma investigação sobre uma história real, vivida por uma pessoa que se chamava Annie e que também já morreu). Segundo depreendi, a causa de pedir residirá numa alegada lesão à memória do tio, em termos de bom nome e consideração. Embora tenha andado ultimamente menos atento aos meios informativos deste País, surpreende-me que qualquer outra notícia desse processo me tenha passado até aqui muito ao largo, mas não deixo de estranhar a sua ausência nos MCS's que ainda acompanho e, em particular, na mídia e voz corrente desta terra que contem factos e protagonismos a ele ligados e que se reclama de ser particularmente atenta ao tema de fundo [1]. Registo "pro-memoria" futura [2].

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Pessoa amiga faz-me chegar pela "net" uma reprodução do quadro de Goya relativo aos fuzilamentos de Madrid, a 3 de Setembro de 1808, com o poema de Jorge de Sena que a eles se refere, em forma de mensagem aos seus filhos [3]. Por distantes que possam parecer os dois pontos chamados a esta postagem, notícia e mensagem, têm um denominador comum.

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[1] E pelos vistos nem só eu, já que numa breve busca na "net" apenas me surgiu uma referência num blogue de Oeiras e com data de 1 do corrente e outra (em termos muito semelhantes) noutro blogue a 30 de Abril. Também há referências ao "Face"... mas eu sou dos que deliberadamente não vão ao "Face" e já me telefonaram a dizer que o "Público" de hoje também fala nesse assunto. Mas tudo isto é recente e, se o processo data de alguns anos, permite mesmo dizer que "o ruído de fundo é demasiadamente silencioso".
[2] Até porque acompanhei com muito interesse um processo recente, com causa de pedir algo análoga a esta, que foi julgado na Galiza e que, esse sim, encontrou nos MCS's (locais e não só) e na opinião pública do País vizinho uma repercussão e um movimento significativos.
Ou a procissão (aqui) ainda vem no adro?
[3] «Carta a meus filhos sobre os "Fuzilamentos" de Goya», datado de Lisboa, aos 25 de Junho de 1959.

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Nótula sobre uma nótula & a fechar: Embora nem sempre partilhando o mesmo comprimento de onda, o que é salutar, gosto de ler a habitual coluna de Manuel António Pina na última página do JN. Já o disse e redisse aqui e nunca aqui o desdisse. Particular referência me merece o que hoje escreveu sobre a morte matada do engenheiro Laden, que certamente nunca admitiria poder ter uma morte morrida ao fim de um período de reforma eventualmente ratável por uma troika qualquer em nome de desmandos financeiros que não tivesse feito. Centrado e equilibrado comentário sob o título de "A Terra vista da Lua", recusando os extremismos tragicamente folclóricos de todas as bandas e que vale a pena ler.
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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Chaminés de tijolo, de secção quadrada, em Alhos Vedros




... e, à vista da primeira e da Estação de CF renovada (ao fundo), um bairro de vago cunho alentejano, a que não falta uma improvisada área de convívio, para uma amena cavaqueira de vizinhos nas noites calmas de Verão



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domingo, 1 de maio de 2011

Dia 1 de Maio

Nota Negativa 1: Às Grandes Superfícies que, de forma inédita, se mantiveram abertas no dia 1 de Maio e

Nota Positiva 1: às que fecharam.

Nota Positiva 2: À beatificação de Karol Wojtyla aka João Paulo II que se segue à de João XXIII [1], colocando no altar dois Papas modernos e aparentemente diferentes.

Nota Negativa 2: Ao exagerado colorido político animadamente atribuído por certos comentadores a essa beatificação [2]. Um pouco de moderação teria sido atitude mais própria.

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[1] De entre as várias encíclicas que estes dois Papas subscreveram, não posso deixar de reconhecer a actualidade percutora da "Pacem in Terris" de João XXIII - não apenas pelo seu conteúdo mas também pela sua inédita destinação, já que dirigida não apenas ao conjunto fechado dum colectivo confessional mas aos conjunto aberto dos "Homens de Boa Vontade". Para muitos homens que assim se assumem, sobretudo quando apenas se assumem, seria sempre um útil exercício revisitá-la numa leitura pausada e reflectida.
[2] Telerevejo um cronista, postado em Roma por um canal noticioso e releio um texto publicado num jornal diário, recordando (a ambos os autores) que Karol Wojtyla iniciou o seu sumo-pontificado aos 16 de Outubro de 1978 - o que deixa tempo para pensar em qual o caminho de todos e de cada um, desde aí.

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