terça-feira, 28 de junho de 2011

Da capitulação ao "Monte de Açúcar"

A minha afirmada resistência ás denominadas "redes sociais" começou no malfadado dia em que, tendo aderido a uma delas nos seus princípios, já há bastante tempo, constatei com surpresa que  a minha lista de endereços no correio electrónico que então usava estava a originar outros tantos convites, alguns dos quais indesejáveis e outros tantos indesejados, para a adesão ao dito veículo e ainda por cima formulados em meu nome. Tempos iniciais, inépcia minha, situações que já não existem, sei lá! Só que não gostei mesmo nada da inesperada situação. Daí a recusa em andar por essas vias, que se manteve até ao momento.
Recentemente capitulei ao "Monte de Açúcar". Poderia exceder-me aqui em demorado paleio, debatendo a questão dialética entre o metal em bloco e o metal em mola, apresentar as razões determinantes, abrir o coração num processo de autojustificação da realidade dos factos. Nada disso. A consideração é seca, fria e actualista : sem abandonar o blogue, estou no Facebook. Disse.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Estratégias de ataque e de defesa do consumidor: casos concretos

De formação química que tenho, que me leva a acreditar na genuinidade do composto químico que se identifica como princípio activo num determinado medicamento, sempre aderi aos "genéricos". Por isso deu-me hoje imenso gozo adquirir uma embalagem de "atorvastatina" como genérico, depois da celeuma judicial, incluindo provisões cautelares com efeito suspensivo,  que o laboratório que lança o produto "de marca" tentou contrapor à possibilidade de introdução do "genérico" por alegada violação de direitos patenteados e que acabou por não vencer.

Saía eu da farmácia para encher uns tinteiros da minha impressora - eu, que considero a proliferação de tinteiros fora e dentro do mesmo fabricante como uma clara afirmação da irracionalidade e esbanjamento, ao ostensivamente ignorar a existência de um possível e útil princípio de normalização - quando, ao arrepio do exemplo recém-vivido, se me depara o seguinte anúncio:


Ou seja: mediante actualizações habilidosas do "firmware" [1] alguns fabricantes estão a inserir uma recusa dos equipamentos a cartuchos ou tinteiros remanufacturados impondo uma "fidelização" de marca que leva à obrigatória aquisição de tinteiros ou cartuchos OEM [2] implicando encargos que podem ir de 3 a 5 vezes o custo da recuperação/enchimento do tinteiro ou cartucho usado e rejeitando tinteiros de outros fabricantes (que são um outro género de economia presente no mercado). Sem desprestigiar a fonte da informação que me merece crédito, mas com dúvidas de S.Tomé ou do Senhor Descartes, eu que não sou Santo nem Tomé nem René, procurei saber se isto seria verdade ou mera "boca", como as que por vezes caem por aí e perturbam as mentes mais sólidas. E, infelizmente,  lá está: visitem
e verão que o risco é real e que convém estar cauto com estas manobras verdadeiramente "monopolistas" - já que quem compra um "printer" compra um equipamento com uma tecnologia aplicada de impressão, mas não subscreve qualquer obrigação de adoptar tinteiros ou cartuchos de fabrico original nem recebe qualquer informação nesse sentido e que qualquer instrução supervenientemente introduzida no aparelho "entrou-nos abusivamente em casa" sem ser acompanhada do mais elementar aviso que se impunha.

Anda mesmo tudo ao mesmo...

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[1] No tocante a impressoras é corrente a confusão entre "driver" e "firmware". "Driver" é o conjunto de software residente no computador e que permite operar e comandar uma dada impressora; "firmware" é o conteúdo informático existente na própria impressora para reger a sua operação. As actualizações de "firmware" pelo construtor são  frequentes e têm inegáveis vantagens, ao melhorar a "performance" do equipamento em vários sentidos. Porém... podem também permitir o abuso indicado.
[2] Sobre o conceito de OEM = Original Equipment Manufacturer e as suas acepções:

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Não cuspir para o ar

O discurso da diferenciação entre o "caso português" e o "caso grego" deve ser usado com certa parcimónia, para que se não caia numa desproporcionada falta de solidariedade e se esqueça que dessa falta de solidariedade somos também  vítimas. Quem aceda ao Presseurope ou a outros locais europeus cedo verificará que os fazedores de opinião olham os "pigs" por igual e que se tendem a  aliviar a imagem, retirando o plural (fazendo sim uma diferença aqui relativamente ao vizinho do lado), e começam a abrir os olhos para o carácter sistémico da crise  é porque estão a concluir que o caruncho de soberba que deixaram instalar-se para roer a Europa é exactamente o mesmo que começa a esburacar os balcões de madeira dos grandes bancos centro-europeus [1]. 

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[1] A ideia já de si submissa do "bom aluno europeu" apregoada há anos não deve conduzir hoje ao: "senhora professora, pergunte-me antes a mim que eu sei melhor que aquele!" que cheira muito ao "salve-se quem puder!" numa Europa à deriva, colada com adesivos, "bandeirada" com estrelas de diferente grandeza e evidentemente sabotada de fora. Aqui, contra a Europa, não há uma "teoria da conspiração": há uma realidade da conspiração, que só parará quando a puserem em cacos, a menos que se tomem medidas fortes e se consagre na prática o espírito solidário que conduziu ao projecto da UE e que, esse sim,  pressupõe um rigor solidário.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

"Operação Barbarrossa", há exactamente 70 anos

Na ida, já que o refluxo seria bem menos animador.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Escaqueirantes do património

Antiga fábrica, em Alhos Vedros

No "cemitério do Barreiro A para material rolante da CP
(isto é só uma amostra exterior, porque "lá dentro" i.e. nas outras linhas há muito pior)


Ainda no "cemitério do Barreiro-A para material rolante da CP": carruagens (extremo de composição) e vagões-tremonhas que já transportaram minérios no tempo em que neste País havia Indústria.

Na parte velha da Estação do Lavradio (ainda se vêem os "L" em azulejo!)


Idem, quem terá marrado nas portas?

 Aviso encontrado em vários locais. 

Uma das coisas que ainda não consegui entender é a tendência a partir vidros como primeiro acto de destruição de qualquer imóvel ou móvel que se reconheça abandonado. Mas essa tendência existe - abjecta, incompreensível, não necessariamente praticada por meninos traquinas - para iniciar o abandalhamento de qualquer realidade existente, como se veiculasse um mecanismo subterrâneo de ódio à propriedade [1]  e como se esse mecanismo pudesse de facto iniciar-se pela parte mais frágil, mais acessível, mais transparente e menos impositiva de limites. Atira-se anonimamente a pedra, ouve-se gloriosamente o tilintar do dano "et voilá".
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A mesma atitude é a que preside à destruição de facilidades públicas - das mesmas facilidades que, quando não existem, são reclamadas no vozear das gentes ou então no discurso escondido que é uma das formas da real resistência dos fracos. Exemplificando: os desvios de assentos e corrimãos de inox das novas estações do ramal suburbano Barreiro-Pinhal Novo [2] é roubo, praticado por ladrões, que deve ser como tal entendido e como tal investigado e punido. Mas qual a sanção do sistemático encravar dos elevadores,  do mijar nos ditos, do partir e esburacar as estruturas abandonadas,  impedindo o usufruto de benefícios que poderiam e deveriam ser comuns, do remover de azulejos e do "graffitar" do equipamento rolante também ele incompreensivelmente deixado inútil a transbordar utilidade perdida e a facultar ferrugens e vandalismos nas linhas de resguardo, tudo isto  a dar  razão a um comentário que se censurou e ainda censura a D.Carlos I? 

Mas Ninguém fez nada! Ninguém viu nada! Sempre o Ninguém que nada fez ou viu! Uma frase de ódio aos "picas" apareceu ali por mero acaso, Ninguém a escreveu, porque os "picas" ou "pica-bilhetes", que aliás já nem picam, representam, continuam a representar, para o tal anónimo Ninguém que alguém é, qualquer controlo, qualquer coisa a merecer tal insulto que Ninguém escreveu. Mas - quando se olha o arsenal de material rolante acumulado, inútil, a estragar-se e a ser estragado em verdadeiros "cemitérios" (talvez para manter os balanços e não agravar os défices por desmobilização de activos) Ninguém sente que a sua própria algibeira está a ser esvaziada ali e que as depredações também existem porque, praticadas de cima para baixo, se lhe oferecem tais maus-exemplos sobre carris! [3]


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[1] Como censura ao abandono ou como propriedade porque propriedade? O divan ou a entrevista que expliquem as prioridades e sentimentos dessas depredações!
[2] O Barreiro ainda não despertou da despromoção que representou o remover dos carris da velha estação à beira-Tejo e de um deixar de ser porta do Alentejo para passar a mero terminus de simples canal ferroviário suburbano. Recordo-me de uma sessão da Assembleia Municipal em que um truculento tribuno local bramia: "Preocupam-se muito com o túnel da Penalva, mas isso nem é Barreiro!", sem entender ainda que essa preocupação tinha mais a ver com o que o referido túnel ia, de facto, tirar ao Barreiro, que nem a bem-sonhada ponte viria significativamente a repor e que não virá tão cedo, mesmo que parcialmente. a  conceder. A fotografia (aliás excelente como fotografia e péssima como política de defesa da cidade, mesmo quando reivindica um polo de museologia ferroviária) da velhinha estação do Barreiro com os carris ausentes, que se tem o descaramento de exibir no Forum (à direita de quem sobe na escada rolante, logo após a entrada principal) é uma demosntação clara de pobreza não escondida. Ao menos colem-lhe um panfleto reivindicativo de qualquer coisa para aquele vazio, porra ("disse a marquesa")!
[3]Não há  mesmo quem vá ao "cemitério da estação do Barreiro-A" e de outros como esse, até na linha do Norte, e faça uma reportagem chocante sobre a depredação actual e o volume e estado do imobilizado naquelas catedrais rolantes que transportaram tantos sonhos perdidos e que foram as carruagens metálicas dos comboios portugueses de há 10, 20, 30 ou 40 anos? Ou dos vagões-tremonhas que transportavam minérios para indústrias que já não existem também? Ou das "diesel" que já deixaram de servir? Arre...

domingo, 19 de junho de 2011

Uma das máximas dos lagartixas

"Rabo passado inteiro é sempre melhor que rabo trilhado em quaisquer portas"

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Recordando La Felguera, Langreo (Astúrias)


Prosseguindo a temática das postagens de 2 de Maio e de 11 de Junho (agora de longe de Alhos Vedros), dá-se um exemplo do frequente uso de chaminés com esta secção em actividades metalúrgicas. Outros virão. Em primeiro plano, na foto inferior, a estátua de D.Pedro Duro - o fundador da SMMDF (Sociedad Minera y Metalurgica Duro-Felguera) - que nunca terá feito ninguém perder tempo a discutir em como tirá-la dali!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Em contraste com a mensagem anterior



Neste caso a menção "THE SYMPHONIES" significa mesmo (e como deve ser) o conjunto completo!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Um caso de rotulagem deficiente ou uma medida de austeridade?


E a Sétima? E a Oitava? Piraram-se?
Ou isto é já uma sugestão irlandesa para "rapar na mercadoria" em vez de aumentar o IVA?
"Nervosismo de mercados", a quanto obrigas!


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Disfarçudo

Oxalá não me topem!
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domingo, 12 de junho de 2011

Frontarias e memórias

Frontaria de fábrica

Momentos solidários



Num e noutro caso, ruínas por detrás!

sábado, 11 de junho de 2011

Afinal havia outras

Publiquei aqui, em tempos. as fotografias de algumas chaminés de tijolo que se situam em Alhos Vedros, perto da estação de CF, e que comungavam em duas características: (a) terem pertencido a unidades transformadoras de cortiça, geralmente em ruínas; (b) apresentarem, como técnica construtiva, fustes tronco-piramidais quadrangulares (que passarei a designar pela forma abreviada de "secção quadrada"). Uma comunicação recebida dizia-me que "V. (eu) só mostrou parte, porque há muitas mais. Veja só em cerca de 500 metros de raio, contados do posto médico de Alhos Vedros". Fui lá ver e havia, as que se seguem e outras - umas bem visíveis do exterior, outras escondidas atrás de muros, outras ainda, onde não cheguei, mais distantes.











Estes exemplos, que bem poderiam ser parte de uma tese de arqueologia industrial, levantam várias questões a que não sei responder:
1. Foram as chaminés de tijolo com "secção quadrada" típicas da indústria corticeira em Alhos Vedros?
2. De onde veio esta concepção generalizada?
3. Quem, em cada caso, as projectava e construía?
4. Quais as datas de construção?
5. Quais as origens dos tijolos?

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fim de tarde de quase-verão ...

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... em dia feriado!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um intervalo agradável, uma surpresa em DVD

Ás vezes, nas caixas dos saldos, aparecem surpresas... Foi o caso!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Yo voy soñando caminos", um poema de Antonio Machado

YO VOY SOÑANDO CAMINOS

Las colinas
doradas, los verdes pinos,
las polvorientas encinas!...
¿Adónde el camino irá?
Yo voy cantando, viajero
a lo largo del sendero...
- la tarde cayendo está-.

"En el corazón tenía
la espina de una pasión;
logré arrancármela un día:
ya no siento el corazón".

Y todo el campo un momento
se queda, mudo y sombrío,
meditando. Suena el viento
en los álamos del río.

La tarde más se oscurece;
y el camino que serpea
y débilmente blanquea
se enturbia y desaparece.

Mi cantar vuelve a plañir:
"Aguda espina dorada,
quién te pudiera sentir
en el corazón clavada".

Antonio Machado

terça-feira, 7 de junho de 2011

Arte efémera


Não sou adepto dos graffiti, considerados por uns como vandalismo transgressivo, admitidos por outros como legítima forma de contestação, vistos por terceiros como resposta ao desafio das superfícies nuas do deserto urbano. Mas não deixo de reconhecer que, no meio de muito lixo, aparecem verdadeiras obras de arte ou oportunos desenhos críticos ou simplesmente bem apanhados, que podem contribuir para o bom humor da malta, como o que se mostra no exemplo acima - colhido na cidade da Senhora da Hora, concelho de Matosinhos. Mas o que me preocupa nessas obras é a sua efemeridade. Os graffiti estão condenados a desaparecer, muitas vezes devorados por outros graffiti - e nem sempre da mesma qualidade - de forma idêntica ao progressivo esfumar das mensagens, escritos e poemas que enchiam os livros de visitas dos anteriores chat's (quem se lembra disso) e que prosseguiram nos seus supervenientes derivados e sucessores até aos formatos e "livros-fronhas" actuais. Há assim uma sucessão de esforço expressivo, muitas vezes de verdadeira arte, que intencionalmente é produzido sabendo quão efémero é e que vive nessa e dessa efemeridade. Desde que, em Toronto, há muitos anos, trouxe de um saldo livreiro, por desfastio, uma obra que viria a despertar-me mais interesse do que eu esperava e que dava pelo título sugestivo de "Towards a People's Art [1] que me preocupa este voluntário e aparentemente sem-sentido suicídio de algumas produções artísticas reconhecendo que, como aí li e sobretudo como me foi explicado depois, qualquer freio a essa mesma efemeridade vai coagir a capacidade criativa ou contestatária que ela mesma representa ou assume. A arte efémera passará portanto pela necessidade da sua efemeridade, retomando a expressão alquímica do auribus que continua a comer a sua própria cauda. Mas a entropia aumenta...

É verdade que existem os registos fotográficos, é verdade que desses poemas e prosas dos livros de visitas do chats poderão ter ficado cópias escritas - mas o balanço geral é tendencialmente negativo, ou seja, tendencialmente perdedor [2] [3]. Há que constatá-lo e, talvez, ficar por aí.

As segundas gravuras ( em vista geral e pormenor destacado)  foram "capturadas" de uma parede no Barreiro. Contém uma reflexão importante, quase uma regra de vida tão válida para a expressão grafiteira como para qualquer outro posicionamento perante a criação. Não basta o mais simples, o imediato, não se percam nisso - já que, mesmo no que se sabe ser efémero e é aceite numa escala muito própria de valores, se reconhece uma gradação, se diferencia uma qualidade  e se deixa escapar o quanto desejável (ou mesmo, quanto eficaz) é o poder/querer ir mais longe. Afirmação que ab-initio terá sido motivada pela estética, mais que pela própria ética, vai a final reflectir-se indissociavelmente nesta.



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[1] Dizia alguém (talvez Bernard Shaw e não Churchill, porque esse tinha a fama de "comportamentos aquisitivos"): "Por vezes vou a casa de meus amigos inventariar a minha própria biblioteca".
[2] Como nos recibos de saúde para efeitos do IRS, enquanto nos deixarem de lhes dar sentido: há sempre um que ficou tresmalhado... e com isso (como no zero da roleta para a banca) o fisco sempre ganha! A propósito: ensinaram-me algures que a relação fiscal era de natureza contratual e que,  numa dada Faculdade e num dado momento,  era liminarmente chumbado quem defendesse, como se atribuía a um economista alemão famoso e realista (Franz von Mirbach-Rheinfeld), que o imposto era, a final,  um esbulho. Mas afinal como é e a final como vai ser?
[3] A ausência (ou mesmo a impossibilidade ) de back-ups capazes também é exemplificativa!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Religiosidade

Sem palavras

domingo, 5 de junho de 2011

Jogo (apenas) interrompido

Após a mudança de campo, faltam sempre e ainda 45 minutos...

sábado, 4 de junho de 2011

Chocalheiros e Esquilaneiros (Alcáçovas, 18 de Junho de 2011)

Gostosamente divulgo um evento que terá lugar em Alcáçovas, no dia 18 do corrente, e que me chegou por comunicação do IELT [1]:



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[1] IELT = Instituto de Estudos de Literatura Tradicional
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
Avenida de Berna, 26 - C, 1069-061 Lisboa
Telefone: 21 790 83 00, Ext.: 1241
www.ielt.org
www.memoriamedia.net
www.grandepequeno.com

www.invernocommascaras.ielt.org

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Alcochete (Junto do Freeport)

 
Já lá estava quando perto era a fábrica de pneus da Firestone (recordam-se), bem visível da estrada de onde estas fotografias foram tiradas e que -  então como agora - lhe passava ao lado. Mas a arquitectura dos edifícios desta quinta, com alguns ressaibos ao Levante [até mesmo no que toca ao pombal (?), sensivelmente afastado dos restantes edifícios], tem certamente uma história que muito se gostaria de conhecer - já que se não encontrou quem elucidasse. Alguém saberá ajudar?





quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ena!

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Que a maltosa cá do retângulo não goste de engenheiros, como não gosta de matemática nem de papel quadriculado é coisa que se sabe. Já por isso penou o Fontes Pereira de Melo, António Maria de sua graça, e o Miguel Pais, que nunca viu feita a ponte que defendia - e que alguns, bem mais tarde, fizeram subir o rio sem se precaverem com a adição de mais umas pendurezas low cost para  usos futuros?. Mas tantos não serão demais, ou há aqui qualquer "invejosidade" oculta?

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Já lá vai o tempo em que o mesmo Licor distribuía umas réguas de madeira de pau, daquelas com a escala em amarelo e do tamanho do duplo decímetro, em que vinha gravado o nome do licor, seguido dos dizeres "Que licor, senhor doutor...". A malta da ferrugem cá da urbe, dos que tinham queimado as pestanas e com elas as fitas cor de tijolo, vindo tomar a "bica" jogada ao 31 na sede do "Grupo Desportivo" ou noutros locais congéneres, protestou célere e escreveu para a Lousã (escreviam Lousan!) uma carta sobre o assunto, vertendo nesta quão excluída estava em tal publicidade. A reclamação seria atendida e a resposta asinha chegaria, com requintes de salutar humor, através de um pacote contendo as mesmíssimas réguas só que... só que com a legenda adequadamente convertida para: "Que licor porreiro, senhor engenheiro..." . Anos 60, "sehr tippisch!", como diria  hoje a Madame!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cucurbitáceas... e Império Franco.



A verdade é que esta dúvida atroz sobre os pepinos, marcando uma Europa central com acusações à periferia, que parecem infundadas e gratuitas, me fez recordar os três Pepinos que conheci nas aulas do Liceu, o Velho, o Novo e o Breve, bem como outros personagens não menos famosos, como o Carlos Martel e o Carlos Magno e redescobrir com interesse uma "ideia de Europa" que vigorou entre o sec. V e o sec. VIII e que, vistas bem as coisas, tinha já muito do perfil da CECA, da tal Comunidade Europeia do Carvão e do Aço que precedeu a UE e continha todos os estigmas do centralismo europeu, deixando uma cor própria e distinta às periferias. A verdade também é que, quando isto se partiu tudo, o sossego, que já não era muito,desapareceu de todo - dando lugar a algumas páginas muito interessantes no "Diplomacia" do dito Kisinger (cito o homem, que não gramo, pela qualidade dessas páginas e da primeira parte da referida obra, já que à segunda parte proponho uma leitura comparada com o "Empire" de Michael Hardt e Antonio Negri - obra também extremada e que, por isso, serve bem para contrabalançar). Vale a pena ler sobre o assunto, o que pode ser feito através de um curioso e lucrativo périplo na Wiki, saltitando de "link" em "link" e tendo o agrado de descobrir nomes perdidos e personagens estranhos, como a figura de "prefeito de palácio" [1] que sucessivamente ganhou força até se impor e substituir ao rei (Pepino III, o Breve - não porque morresse cedo mas porque era pequenito - soube fazê-las nesse trânsito, como um nosso conhecido "industrial"), e, melhor ainda, reter a graciosa expressão de "uxor nobilis et elegans" com que o cronista procurou justificar, pela qualidade da alternante, a bigamia do mesmo.

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[1] Por traição da "revisão automática" saiu "perfeito" e eu não dei por isso até que me avisaram! Já com o dito automatismo de revisão ia eu tendo um acidente grave (felizmente, esse, detectado a tempo!) quando na minha tese escrevi várias vezes sobre o uso de "vagonas" como habitual equipamento de transporte na actividade extractiva. Apre, que ia sendo lindo! Todo o cuidado é pouco nestes automatismos.
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