quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Parabéns!

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Justiça, meios de comunicação social e escãndalos sexuais

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Pela correlação dos dois primeiros termos e pelo contributo do terceiro para apimentar o conjunto e motivar o pagode (já o Adolfo tinha usado tal triângulo) parece-me oportuna uma reflexão sobre o texto de Sylvia Moretzsohn, que se encontra em:

http://bocc.ubi.pt/pag/_texto.php3?html2=moretzsohn-sylvia-jornalismo-pedofilia.html

Um fragmento, para abrir o apetite:

"[...] Ramonet (2003) considera que já não se pode falar mais em ``quarto poder'' diante desses mega-grupos midiáticos, pois eles não se propõem tal tarefa cívica. O mais correto, entretanto, talvez fosse apontar a mudança na concepção de cidadania nesses tempos neoliberais: esvaziada de seu sentido político, passou a vincular-se ao consumo, isto é, à capacidade de participar do mercado. Nesses termos, já não haveria cidadãos a esclarecer, e sim consumidores a satisfazer. Mas o conceito de ``quarto poder'' se mantém e mesmo se reforça, radicalizando seu potencial mistificador, numa conjuntura de vigoroso estrangulamento do Estado e de descrédito das instituições da democracia representativa: facilitada pela natureza mesma do seu negócio, a mídia pode aparecer como um instrumento a serviço do público, simultaneamente oferecendo-lhe informação e (supostamente) dando-lhe voz. Mais ainda, ela própria se apresenta como substituta das instituições, nomeadamente em programas que sugerem colocar o público ``em linha direta com seu direito'' e ``com a cidadania'' (Mendonça, 2002:17) ou que servem literalmente de palco para a expressão de queixas e demandas variadas, atuando eficientemente no vácuo representado pela reconhecida distância entre o aparelho judiciário e o homem comum, que se traduz gravemente nas dificuldades de acesso das pessoas simples à Justiça.[...]"
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Nozes e vozes

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Hoje, no supermercado, pacotes de nozes francesas calibradas, lindas (a juntar às castanhas cozidas de proveniência galega, aliás excelentes) suscitam uma questão: o que está a suceder, ou melhor, onde estão a cair as nozes de cada nogueira deste País? Em campos diversos dos esperados?
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Imagem: cortesia a http://jie.itaipu.gov.br/jie/files/image/01.04.09/nozes1.jpg

domingo, 27 de setembro de 2009

Onde está a Verdade?

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Um excelente filme anglo-canadiano
Bom para o serão.

(O segundo sentido do título, em Inglês, é também ineteressante)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Da inauguração do reconstruído mercado...

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Inaugurada ontem (escrevo isto ás 03h00 de hoje!)
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Gosto:

1. Do interior espaçoso e limpo. Lanço um aviso para futuros (oxalá longínquos) cuidados da suportagem da cobertura em madeira, airosamente concebida- mas verdade é que a madeira está na moda numa Nação caraveleira como a nossa (que 0 diga o Pavilhão Atlântico) e que se mantiveram madeiras na CUF durante quase 100 anos, ao ponto de, com dificilmente compreensível urgência e troca de acusações, ter sido "preciso" deitá-las abaixo sem qualquer recuperação, que até poderia ter dado bom dinheiro!


2. Do aproveitamento previsível, útil e central, em termos de cidade, dos espaços complementares. Oxalá as iniciativas se concretizem e se possa aqui falar bem delas. "A imaginação ao poder!"

3. Do desaparecimento do "mercado do peixe", que era um verdadeiro aleijão.


Não gosto:

1. Do elemento colunar oblíquo, em verdadeira "perna fofa"(prefiro a ternura de "perna fofa" à secura de "perna torta", como já lhe ouvi chamar) colocado sob uma estranha e elevada pala que, por sua vez, invade com viga o espaço aéreo da Alfredo da Silva, destoando claramente do conjunto [1];

O suporte oblíquo, qual "perna fofa"

2. Da fachada poente: a fachada anterior é substituída por uma estrutura moderna mas sem invenção alguma, tipo fábrica têxtil nortenha nos bons tempos (O AdS, que está ali perto, apeado e postp no meio do povo certamente não se importaria com este deslocado aspecto fabril mas, dentro do costume dele, começaria a pensar o que iria ali fazer: sabão ou sacaria, com respectivas máquinas e operários). Com aquela fachada há uma verdadeira descaracterização do espaço que confronta, invade e fica a limitar (negativa e desiquilibradamente) o Parque. Em termos de espaço, a solução anterior era bem mais "cozy" [2];

A fachada poente e o AdS (à esquerda)

3. O quiosque tipo "Trianon sintético" que, ficando no meio do tal espaço, descaracteriza-o ainda mais. E é feio! (Ouvi perguntar, no espaço vazio, se era construção provisória ou se seriam as "casas de banho": quanto à provisoriedade, nada sei, mas quanto a casas de banho acho que não, que ninguém - pelo menos isso - pensaria pô-las ali e daquela maneira!)

O "quiosque"

4. Os "volumosos volumes" técnicos, bem como as chaminés que os acompanham, que, exibidos de qualquer forma e sem disfarce sobre a cobertura, dir-se-iam caixas de sapatos postas à matroca numa prateleira desarrumada (assinalam-se cinco, sem ter ainda a certeza de estar ou não completa esta enumeração).


As "caixas" e as chaminés, em cinzento sobre a cobertura

5. A estrutura norte, ou seja, o "rabo" do edifício, que - por ser uma verdadeira "porta dos fundos"- "desvaloriza" o troço da Câmara Pestana desde a Eça de Queiroz até à esquina da Eusébio Leão e que mantém um aspecto também fabril (nisso, pelo menos, podendo não haver grande felicidade estética, há uma manifesta coerência de estilo com a tal fachada poente, o tal quiosque e o troço novo da fachada nascente).

Na Câmara Pestana: a "questão do fundo" ou o fundo da questão

Pergunto:

Depois das vicissitudes estéticas e funcionais de um AMAC e do lançamento do "tunel de vento" não mereceria o centro do Barreiro algo de esteticamente melhor (salvo o interior, claro, que esse parece-me bem!)?
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[1] Sugestão de óptica proporcionada pelo elemento oblíquo, ou não, surgiu um novo passatempo para os barreirenses: discutir se a meia pala que se projecta para a Alfredo da Silva e que recebe aquele apoio está ou não inclinada para a frente. Quando lá passei já havia apostas.

Para ajudar a discussão: outra visão da "PPF" = pala, perna & forca

[2] O mesmo se dirá para a continuação da "fábrica" do lado nascente, na "Eça de Queiroz", onde foi deixada a prolongar para norte a fachada amouriscada antiga. A transição brusca não bate certo. Tinha de ter existido alguma "invenção", até talvez mais moderna e arrojada, até porque a concepção da fachada-fábrica, em qualquer dos segmentos em que esteja, não é moderna e muito menos arrojada.


Do lado da Eça de Queiroz: a sul a fachada antiga; a norte, em primeiro plano, o acrescento "moderno"
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Na Eça de Queiroz: a fachada "antiga"; a primeira porta à direita, sem qualquer transição, já é da parte "moderna"

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Parabéns, trintona!

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Entraste mas foi na Idade Média! Aí vai poesia adequada, que é do Vinicius de Morais:

Aniversário

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

Vinicius de Moraes

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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A guerra dos emaiémes contra os quitecátes

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Dá vontade de dizer: deixem-se de chocolatadas!
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NOTA: Uma das razões por que ninguém nesta terra gosta de engenharias (já o António Maria se queixava disso) reside precisamente no que leva outras maniversas disciplinas, com alguma displicência da Ordem, a usarem e abusarem da palavra para fins nem sempre salutares: havia uma cadeira de "engenharia linguística", fala-se muito (e mal) da "engenharia financeira", leva-se esta ao campo mais sensível da "engenharia fiscal", e até já ouvi falar de "engenharia reconstrutiva" a propósito de apósitos siliconados. Não estamos também a caminho duma "engenharia política"? Gand' "ingenhêros", esses!
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domingo, 6 de setembro de 2009

Maria Clara (1924-2009)

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Entre tanta celeuma com gente que vai ficar esquecida, uma notícia perdida entre as "breves" da pag.44 do JN de 4 do corrente, dando conta do desparecimento (mais um) de uma voz inesquecível.
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sábado, 5 de setembro de 2009

Do bom e do mau exemplos

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Do bom exemplo: as regras de funcionamento do Refeitório da Escola Primária nº 2 do Lavradio. Simples e formativo. Parabéns!
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Do mau exemplo: a cerca de 100 metros no anterior, grafitagem estropiando uma parede do Mercado Municipal do Lavradio. E venham dizer-me que aquilo é "arte urbana" ou "arte popular" (people's art). Só pergunto: para quem?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

70 anos, ou as cerimónias de Westerplatte

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A previsão do pacto num jornal norueguês: Ribbentropp vai a Moscovo no avião pessoal do Adolfo

Recordando o sinistro sorriso do Gauleiter de Danzig, de nome Forster, que uma foto da época, exibe fardado a preceito e de dentuça ao léu, a descer ufano de um "Dornier";
recordando as chaminés do "Schleswig-Holstein" que era velho mas que, apesar disso, colocado estrategicamente em Danzig numa "visita de cortesia", serviu para disparar e escrever as primeiras linhas do rol de milhões de mortos que veio a seguir;
recordando a península de Hella e os Correios e a aldrabice da estação de rádio e o que aprendi daquilo nas narrações posteriores.
Mas
seguindo as comemorações actuais na Gdansk dos estaleiros e
encontrando curiosidade na forma sibilina como responsáveis políticos e historiadores da ex-Soviécia procuram ainda hoje justificar o traiçoeiro abraço Molotov - Ribbentropp, que
colocou a Polónia
entre os pelames de dois bigodes carismáticos!
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Ora
se alguma culpa cabe à Polónia (como à França, um ano depois) foi não ter entendido bem o que se passava, pensar que as ideologias opostas a garantiam e desprezar o "si vis pacem, para bellum" nomeadamente ao negligenciar o papel da tecnologia no armamento
(e isto nada tem a ver com a história de "cargas de cavalaria contra tanques" que terão sido mais míticas e episódicas que realidades generalizadas; tem sim a ver com os próprios tanques, mesmo sem cavalos).
Já que, como tinha sucedido em 1914, com a então incapacidade socialista de "parar a guerra", o pragmatismo de Maquiavel vestiu a farda de Clausewitz e, na mesa dos tratados, fez esquecer (ou afinal confirmar) as lições de Marx.
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Imagem: devida a http://www.pluto.no/doogie/volapuk/litt/E_Eggen/Dokument_Gimle_8/A_Hitler_Stalin.jpg

Adenda: Sobre o assunto, e entre outros, o artigo de Nuno Rogeiro na pag. 3 do JN de hoje.
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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A "rentrée" escolar...

País
Sem caderno cosido
Está cozido...

Quem
Teme o quadriculado
Fica quadrado.


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Comam a maçã, comam!

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Quando à sugestão (discutível, porque não comprovada) do uso de vinagre de maçã contra a Gripe A, vd.
http://www.godlikeproductions.com/forum1/message782774/pg1
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terça-feira, 1 de setembro de 2009

2009: Um mineral por mês: Setembro / Blenda (ou Esfalerite)

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Zinco a caminho...

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imagem: cortesia a http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1a/Mineral_Blenda_GDFL022.jpg