quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Livros falados para cegos

Do Amigo Alberto Lisboa Cohen recebi o seguinte texto:

REPASSANDO PELA BELEZA DA INICIATIVA

----- Mensagem encaminhada ----

Enviadas: Terça-feira, 21 de Setembro de 2010 18:09:00
Assunto: Fw: Enc: Livros Falados para Cego - Divulgue o Serviço Grátis


Livros Falados para Cegos
É muito fácil ajudar... é só repassar!
Audioteca Sal e Luz

A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros) e corre o risco de acabar.

Mas o que seria isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral.
São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.


Ajude divulgando o trabalho da Audioteca Sal! Para ter acesso ao acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção foi uma alternativa que se criou, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Os livros podem ser solicitados por telefone, escolhendo o título pelo site,
e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura.

Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível
imaginar o mundo sem os livros...

Ajudem-nos, Divulguem!

Atenciosamente,

Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz. Rua Primeiro de Março, 125- 7º
Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000
Fone: (21) 2233-8007
Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm

Fim da mensagem original; seguem-se comentários de repassantes sucessivos:


A Audioteca não precisa de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO !!
Então conto com a ajuda de vocês: repassem!
Eles enviam para as pessoas de graça, sem nenhum custo.
É um belo trabalho!

Quem puder fazer com que a Audioteca chegue à mídia, por favor fique à vontade.
É tudo do que eles precisam.

"A melhor maneira de sentir-se feliz com você mesmo é ajudando os outros"

"Solidários, seremos união.
Separados, um dos outros seremos pontos de vista.
Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos."
Bezerra de Menezes

Feitas as transcrições, junto dois comentários:

1. O primeiro é para os meus leitores brasileiros, e que muitos são: Atendam ao apelo formulado e apoiem a audioteca no seu exemplar objectivo.

2. O segundo é para os meus leitores portugueses e com carácter de urgência e de potencial envolvimento: conhecem iniciativa semelhante entre nós? Tenho precisamente contacto com (pelo menos) uma situação em que os frutos desta iniciativa seriam certamente bem vindos - e por isso lanço daqui o respectivo apelo: CASO CONHEÇAM, INFORMEM-ME, POR FAVOR
... e muito obrigado por isso!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Diferença de potencial

"No campo que habitamos não há dinâmica sem força motora e não há força motora sem dois polos e uma diferença de potencial (de qualquer tipo) entre estes. Por isso a "paz de classes" não é o oposto da "luta de classes" e é um contra-senso em si mesma: a luta de classes só poderia cessar se deixassem de existir classes, desfazendo-se o mecanismo bipolar que a caracteriza e não se admitindo o surgimento entretanto de modelos hierarquizantes alternativos ou de nomenklaturas de qualquer teor. Conceitos como Estado (e a sua filha Soberania) perderiam o seu envoltório convencional e teriam, necessariamente que ser reformulados ou banidos. Por isso a ideia de "paz de classes" é, no plano de dimensões que nos é habitual, tão paradoxal quanto a conhecida "esta frase é uma mentira". Não se exclui a génese ou a valorização de outras formas de relacionamento social mas que projectem e se projectem noutro campo."

Travjak Isovoraki

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Vitória régia

Flor de Victoria régia na 1ª noite


(cortesia a http://arboretto.blogspot.com,
postagens de 7,8 e 9 de Fevereiro de 2008)

domingo, 26 de setembro de 2010

Dos jornais que leio

De há alguns meses compro dois diários. Ostentação, dirão alguns; ajuda a alguma inteligência, direi eu. Mas, porque como dizia meu Avô de Valença - que eu não conheci -, "vintém poupado é vintém ganho", a crise vai obrigar-me a, também neste minúsculo capítulo orçamental, apertar o cinto. Ficará só um. E como sucede sempre nestas "medidas de enquadramento financeiro" o pragmatismo da notícia óbvia vai ganhar à inteligência da notícia analisada. "Hélas!, como diriam os franceses bem educados" ou, mais simplesmente, "coisas da vida!"

sábado, 25 de setembro de 2010

Ultimato


Vários leitores puseram-me o ultimato de escrever ou fechar o blogue. Se isso conseguisse reduzir a despesa publica, fechá-lo-ia. Não consegue. Outras medidas, que devem ser de quartilho mal aferido, também não. O charivari político que para aí anda, facilitando a vida a ratinguinhos e ratingões, muito menos. Dos reclamantes, escrevia-me um: "Bote pelo menos uma frase que seja. Veja o exemplo do Wittgenstein, esse grande farsante." Não sou o Wittgenstein, nem o tenho por grande farsante - mas o rigor da transcrição assim obriga. [1]

A fechar: Legenda para alguns economistas que, continuando em poleiros ou tendo já descido de poleiros em que andaram, arranjam oportunidade ou coito para perorar na TV (esse meio de comunicação dita social e que, como expressão da sua parte técnica merece bem a quadra definidora de "maldita caixa / que o povo enfaixa / sempre ligada / numa tomada"): "O esquecimento lava mais branco".

"Romeiro, quem é tu? Ninguém!" E mais adiante, a fechar, após a choradeira da pobre Maria ao topar que ia ficar orfã de vivos: "Toca o pano e cai o orgão".

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[1] Tenho material que sobra. Quando me fartava de alguma coisa, arrumava existências. Os gravuristas americanos, a completar; o renascimento alemão, a completar; os animais e plantas na heráldica concelhia - a completar, e só este tema chega para uma casa de família. Vai dar-vos trabalho vai, andar à précura das coisas, mas a verdade é que só ultimata quem quer... e quem pode!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Da fantasmática Arsénia Bronze

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A que ganhava dez e gastava onze.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

2010: Setembro

Bons tempos, os do fim das férias grandes. Saudades? Existem, pois.

Dizia um professor nosso, no casarão da Avenida Camilo e no estilo do Carpe diem ou do poema que deu título a um dos meus filmes favoritos "O esplendor na relva", tomado de um poema significativo de William Wordsworth: [1]: "Não se esqueçam que muitos dos vossos melhores amigos vivem na recordação dos tempos do Liceu!" [2]

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[1] Recorda-se o poema, aliás já aqui referido a 3 de Março de 2006 (mas que nunca perde pela repetição):

"Splendour in the Grass
 What though the radiance
which was once so bright
Be now for ever taken from my sight,
Though nothing can bring back the hour
Of splendour in the grass,
of glory in the flower,
We will grieve not, rather find
Strength in what remains behind;
In the primal sympathy
Which having been must ever be;
In the soothing thoughts that spring
Out of human suffering;
In the faith that looks through death,
In years that bring the philosophic mind."
William Wordsworth


[2] Hoje dir-se-ia do "Secundário", o que poderia dar lugar a um trocadilho algo aparvalhado: "muitos dos vossos amigos primários eram do secundário"