sábado, 30 de abril de 2011

Flypast

Londres, 18:00 de ontem. É sempre comovente ver voar um Lancaster ladeado por um Spitfire e um Hurricane. Há quantos anos !!!

A tempo: além da mostra aeronautica, uma referência muito especial à irmã da noiva.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Socialist Economic Bulletin

Para analisar a crise por fora e de longe do discurso de alguns senhores do proprio umbigo e de alguns outros fazedores de paleio escrito ou falado que pululam pelo rectangulo sugiro a visita a

http://socialisteconomicbulletin.blogspot.com

Eh util e avisado. Leia-se por exemplo a analise de John Ross nele transcrita a 13 do corrente sob o titulo"Debt deals ravage Ireland and Greece's economies – Portugal’s package to have the same result?" e registe-se a forma como eh nela considerada ah partida (i.e. antes do "tratamento") a divida portuguesa, em confronto com aquelas.

Ainda no mesmo: ver o curioso artigo (de 16 de Outubro de 2008) escrito por Ken Livingston para o cenario ingles "Seven key points that must be included in any programme for dealing with the economic crisis". Outros poderiam acorrer, para o quadro nacional nosso de hoje e para o quadro internacional de todos.
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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Omissões

A falta da imagem no apontamento de 14 de Abril é mesmo devida a uma omissão acidental por oarte do próprio bloguista. Tal não será porem o caso surpreendente das duas imagens colhidas da via pública e inseridas na postagem "Adeus" colocada a 11 de Abril e que, por razões certamente técnicas mas que se desconhecem, desapareceram também Apresentando pois desculpas por mais este erro, possivelmente devido a uma operação a longa distância, serão ambas naturalmente repostas na primeira oportunidade. E o mesmo, já agora, se fará quanto à primeira aqui referida.

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Apontamento pessoal: Parabéns, Célia!

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A tempo (observação acrescentada a 3 de Maio): Foram repostas as imagens faltosas supra referidas. Foi rectificada a ortografia imposta pelo teclado usado quando da escrita inicial.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

"Erotika" no Bairro da Folha


quarta-feira, 13 de abril de 2011

"Lowering British Higher Education"


É com este título ["Do declinar da educação superior em Inglaterra"] que o editorialista convidado, Hugh Gusterson, Professor de Antropologia e Sociologia na Universidade George Mason, abre o nº 1 do volume 27, correspondente a Fevereiro de 2011, da revista Anthropology Today editada pela Wiley e acessível pela "net"[1]. Artigo que todos, docentes, discentes e interessados no ensino deveríamos ler. Sem referência significativa a Bolonha, o Autor começa por pôr uma questão candente e que já ouvi discutir em Portugal: a simples multiplicação do valor das propinas contribuirá para a elevação do nível geral de um curso universitário?. Contrapondo-se a uma visão optimista ("pagar mais justificará que se reivindique mais e melhor ensino"), cita os resultados do que designa como a má "êxperiência americana", desenvolvendo-os em vários planos, desde a noção do que por aqui já se chamou PPP (pagas propinas passas, ali levando ao "grade shopping" e ao "easy A"), à preocupação de docentes e escolas procurarem mais a excelência em publicações e galardões conseguidos mas subestimando o ensino ministrado, à pressão dos "ratings" tanto de escolas como de professores (o designado RTM que se poderá encontrar em www.ratemyprofessor.com ou o www.ratemyteachers.com [2]) e aos seus efeitos quer sobre os alunos (a escolha do mais fácil, em termos de escolas, cadeiras e cursos), ou sobre os professores ou sobre as próprias administrações das Escolas, a confusão assim criada nos empregadores e no potencial de colocação de formandos, e, finalmente aos efeitos do sistema "pay-as-you-go" e à dependência do crédito imposto aos trabalhadores-estudantes, que levam à sugestão de uma "simplificação" das exigências académicas mas que determinam o desvio de vocações. Tudo isto sem referir Bolonha!
Na segunda parte do artigo o Autor mostra como a elevação dos encargos anuais para o aluno inglês aumenta a atractividade das Escolas Americanas, que inclusive - e mais que pelo valor do ensino - oferecem campus diversificados e sugestivos, além mesmo de vantagens financeiras "exportáveis" - do que pode resultar numa primeira migração de valores, dos quais muitos por lá ficarão. Em segundo lugar a "reforma Cameron" e os critérios de apoio que contém, reduzindo a oferta em ciências sociais e humanas, maxime Antropologia, irá criar uma outra vaga migratória para os EUA, em que se inserirão valores mais "rodados", com formação paga pelo contribuinte inglês, mas que, postos à margem pelo sistema inglês actual, irão no estrangeiro dar formação a outros. Considerando este "brain-drain" um irónico estigma dos governos conservadores (que ele mesmo experimentou nos anos da Senhora Thatcher), o Autor conclui: "Por vezes os mercados dão melhores frutos que o sector público; por vezes é o contrário. A mercantilização do ensino superior inglês produzirá universidades que se preocuparão mais com a sua marca que com o seu ensino, alunos que estarão mais interessados em bons títulos que numa boa formação, estudantes que terão de estudar enquanto trabalham com prejuízo da sua educação, adultos que abandonaram a sua vocação para poderem pagar os seus encargos e universidades que verão algumas das suas melhores faculdades serem desnatadas em proveito de outros países. O Senhor Cameron não merece um grau A por tudo isto."

E por cá? O que virá por aí, para acompanhar (ou desacompanhar) o "esparguete à bolonhesa"?

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[1] Encontrar-se-á este artigo em
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-8322.2011.00779.x/pdf
[2] Conhecendo entre nós a classificação das escolas secundárias e a celeuma que levantou (e levanta), é possível imaginar as questões que o RTM, levado não apenas ás universidades mas também ao ensino secundário, terá levantado onde tal prática persiste. Veja-se:

terça-feira, 12 de abril de 2011

Do que motiva os rateiros

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Parabens ao grupo de Professores das Faculdades de Economia de Coimbra e de Lisboa e que, segundo notícias ontem transmitidas pelos MCS's, teriam apresentado na PGR um dossier que suportava o pedido de investigação sobre os procedimentos recentes, informações e objectivos das três agências de "rating" - todas elas norte-americanas - que por aí andam a tentar alavancar o Euro por mecanismos de dominó e tremedeiras europeias. Espera-se que a investigação ganhe pernas.

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Este apontamento merece uma adenda (às 22:00 de 2011.04.12): Num dos espaços televisivos e noticiosos desta manhã, a responsável pela edição portuguesa do "Courrier International" foi convidada a comentar títulos e assuntos da imprensa do dia, que muitos há - e não necessariamente bons. Ficará na história o síndrome do "binóculo ao contrário" com que diversos políticos, economistas, profissionais competentes ou tudólogos desta santa terrinha, todos à mistura, em geleia, vêm analisando a presente crise e procurando dela passar ao povão ("ignorância é força", farto-me eu de repetir o preceito orwelliano) mensagens distorcidas, optimistas ou aterrorizadoras, e quase geralmente anti-pedagógicas. Não foi o caso: a apreciação foi, neste breve diálogo, sintética e realista, procurando criteriosamente evitar o campo das hipóteses especulativas. E quando, a fechar, o assunto supra foi puxado pela "pivot", por figurar nas páginas do "Público" (outros nem lhe deram valor), com um esbater depreciativo do género de "para que vale a pena pôr em causa as regras do sistema", a resposta foi lapidar e apontou mais ou menos para isto: quando as regras do sistema não permitem quaisquer outras soluções, então o que pode restar é pôr em causa as regras do sistema. Lamento não ter registado as exactas palavras ditas de um lado e de outro da mesa, mas esta ideia chega.
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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Adeus!



Há tempos escrevi algures que dois males poderiam ter sido apontados no fim da primeira metade da vida quase centenária do complexo industrial (químico) do Barreiro: a ausência da síntese orgânica e de industrias de catálise/alta pressão. Os anos seguintes colmatariam estas lacunas, ainda que um pouco "à portuguesa". A síntese do amoníaco, no que ao Barreiro interessa, nasceria em Alferrarede, Abrantes, com transporte em vagão cisterna para que a produção de sulfato de amónio pudesse ter lugar ao fim de tal percurso, por um encontro do amoníaco vindo de lá com o ácido sulfúrico que cá era produzido. Esta lógica torcida daria depois lugar a duas sucessivas fábricas de amoníaco "químico", substituindo a via electrolítica que se usava em Abrantes e permitindo a produção local de ácido nítrico, nitrato de amónio e ureia, tudo num "combinado" próprio, sito já no Lavradio (Barreiro). Quanto à síntese orgânica, se se excluir a produção de ureia que historicamente tem o seu significado (Wohler dixit), poder-se-á dizer-se que só seria "inaugurada" no Barreiro com a produção já nos anos 60-70 (em 1965), de um pesticida organometálico que dava pelo nome quase poético de etileno-bis-ditiocarbamato de amónio, ou apenas zinebe para os mais íntimos, e que seria apenas 15 anos depois (1980) continuada, num investimento ambicioso, por uma unidade de produção de poliois e resinas- e que "orfã e dependente" iria ficar, com a ausência de algumas matérias primas que se esperou viessem ser produzidas em Sines mas que, como em vários outros projectos portugueses (sempre de tanga, sempre à míngua, sempre ratados e limitados, seduzidos e mal remunerados, desenfiados e desprogramados, mal vistos do exterior e criticados pelos XicoNhocas locais), acabaram por não sair da prancheta. Quem quiser documentar-se (ou chorar) sobre o nosso interrompido peregrinar industrial procure, na Ordem dos Engenheiros, os textos de um colóquio que aquela Ordem organizou e que se denominou "Indústria Química - Anos 80" e confronte o sonho com a realidade!

Pois é com a despedida final dessas duas unidades que o Barreiro regressa a um estado mais original, num retorno ao "grass roots". Aliás ambas estavam paradas - algo recentemente a primeira, algo há muito mais tempo a segunda. Desses estabelecimentos industriais, a primeira foto mostra parte da instalação de amoníaco em plena desmontagem para ser enviada para a Ásia, segundo o que por aqui consta; a segunda foto mostra o esqueleto da unidade de síntese de poliois - uma interessantíssima unidade, diga-se - já despida de equipamento, já visitada pelos "pilha-galinhas-de sucata-em carrinhos-de supermercado-também pilhados", betão ao léu, em pleno e triste fim de vida. Quando se procura pelo PIB fica-nos só o B, porque estas unidades desaparecem mas, aqui, nada surgiu em troca que, de alguma forma, viesse suprir tais ausências.

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Uma edição recente de um periódico "on line" barreirense dava notícia da remodelação do resta-isso denominado museu das fábricas, pós a celebração do centenário da primeira unidade fabril que aqui funcionou. Reclamando-se da preservação da memória que tal museu possa permitir, um então entrevistado referia a venda ou a transferência das fábricas, sem que algumas peças de interesse tivessem vindo enriquecer a colecção exposta. Desse apontar de dedo à execução das grandes unidades, recordei com saudade um simples laminador de chumbo de 1908, idêntico ao descrito na Enciclopédia de Diderot e D'Alembert e de que já se falou neste blogue, que teria até sido deliberado manter fora de qualquer abate industrial, constituindo um etape num percurso e um exemplo claro do que poderia ter ficado... mas que não ficou e que, numa queixa silenciosa, deixa aberta a questão de quem terá assinado a sua morte. Requiescat in pace, pobre laminador - que ao final da tua longa vida não terás mais servido que o teu peso em sucata!
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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Mensagem em estilo de pêga de outros tempos para uso de mercas, rateiros e outras pernaltas.

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Esfolados que foram os cabritos, ides passar ao atraco dos senhores de posição?
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