terça-feira, 31 de julho de 2012

Barreiro: Pátio Albers : Finalmente alguma cor numa terra cinzenta




sexta-feira, 27 de julho de 2012

"Que se lixe a taça!" ou "Porreiro para o Espinho!"

Menosprezou-se a extensão do dramático  fenómeno do desemprego. Retiraram-se os subsídios. Baixou-se (e pretende baixar-se mais) o nível da retribuição de trabaalho (para alguns que ainda o têm). Entre o corte dos subsídios e outras sobrecargas fiscais por fora do IRS (que este também leva na trabuqueta) do rendimento de um reformado (que descontou para a reforma)  lá se vai, para pagar juros aos barrigudos-de-cerveja  norteamericanos ou teutónicos, qualquer coisa como cerca de 20%. E admiram-se estes-anjos-daqui que a adição do IRS com o IVA diminuam! Agora sonham com mais IMI! Que se lixem os anjos e com eles os barrigudos.

Outro exemplo: sobem os preços das viagens. Esperavam estes-anjos-daqui que subissem os resultados correspondentes, cobrindo os défices, e surpreendem-se que não cheguem a tal e que, ainda por cima, os utentes diminuam. Na faculdade em que andaram (alguns nem terão andado, só passado) devem-lhes ter falado de reflexos da variação de custos e de limites comportáveis, qualquer coisa que cheirava a "elasticidade" (eles que só sabem falar em "rigidez" no relativo ao emprego), mas isso é matéria que se esquece quando o verbo sacar foi conjugado no passado, se conjuga no presente e em todos os tempos do futuro como se fosse único imperativo. Pois passou em parte a condicional e  o que sucede é que o "homem económico", atenazado na sua bolsa (que não é a de Lisboa e muito menos a de Frankfurt ou a NYSE), faz contas - e muitos verificam que a utilização dos passes sociais não era integralmente rentabilizada. Consequência: ou se deslocam menos, ou usam outros meios de transporte, ou - quando podem - prescindem do passe social substituindo-o por outra alternativa que, podendo ficar mais cara "por viagem",  no conjunto mensal acaba por sair mais barata e leva a atirar com as "assinaturas" às urtigas. Dano colateral mas não negligenciável: uma maior imobilidade dos séniores, num verdadeiro surto de artroses sociais. Que se relixem os tais anjos e com eles os barrigudos.

Neste quadro, que prima pela lastimosa deserção de eleitores, fica bem na fotografia o dizer-se "que se lixem as eleições". É mesmo uma expressão didática, de manifesta (mas suspeita) pedagogia cívica. Nada mais... Ultrapassa pelo lado errado o "votar em branco é votar no MFA" de outros tempos, porque esses, ao menos, diziam para ir votar. Mas esperemos pela música que será tocada em 2015, se ainda for e se os metais dos instrumentos não tiverem entretando ido parar aos sucateiros sobre os carrinhos de supermercado também rapinados, enquanto se espera uma legislação capaz de pôr cobre, perdão, de pôr cobro a este bando de conluiados de segunda fusão.

domingo, 22 de julho de 2012

Leda lusitana




Reflexão depois de ter lido um trabalho (e uma notícia) sobre o tema:


A Leda grega acolheu um cisne, que até era Júpiter; 
a lusitana aceitou ficar-se por um pato-bravo.

Disse esta:  "Palmípedes são ambos, o pato-bravo sempre está mais à mão e, quando depenados, quem os distingue?"

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Imagem: Cortesia a DeadDuck Fan Club

domingo, 15 de julho de 2012

Devem estar a brincar comigo...

No meio do muito lixo que recebo nos meus endereços de e-mail, eis que enconto isto:

Quote:

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Sherman Ransey  [nome de remetente alterado; segue-se um endereço eletrónico] 
un 24

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--->  99c[dot]org/aKh  <---  (Copy & paste in your browser and replace [dot] with a .)

:Unquote

Devem estar a brincar comigo ou  é "phishing" em prática pouco requintada ou o fenómeno torna-se mesmo contagioso?

sábado, 14 de julho de 2012

Uma frase para a história (esta fica...)

"Norteei a minha vida pela simplicidade da procura do conhecimento permanente"

Miguel Relvas
na 1ª página do "i" de 13/07/2012 (6ªF 13)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Animais e plantas na heráldica dos municípios portugueses: 42 - Cadaval

Cadaval

Este concelho, do distrito de Lisboa, sucede, na ordem alfabética, a CABECEIRAS DE BASTO, que foi motivo da 41ª postagem desta série, de 12 do corrente mês de Julho.
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 Armas de prata com um cacho de uvas de púrpura, folhado e troncado de verde. Bordadura de negro, com oito espigas seguidas de ouro, folhadas do mesmo. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: «Vila do Cadaval», a negro[1][2] . É pois um escudo que apresenta dois motivos, ambos botânicos, um referente à videira, representada por um cacho de uvas, e o outro, por espigas [de trigo].

Estatística, após a presente entrada

Concelhos: 54, sendo 53 com brasão e 1 único sem brasão (Almeirim).
Brasões:  Dos 53 brasões analisados, 11 não apresentavam motivos zoológicos ou botânicos, mas 42 tinham um ou mais motivos dessa natureza. De facto 25 destes mostravam um só motivo, 14 tinham dois, 2 com três e 1 com quatro.
Motivos incluindo repetições : 63 (Animais: 19; Plantas: 44)
Motivos excluindo repetições: 25 (Animais: 11; Plantas: 14)
Motivos zoológicos (19 com repetição; 11 sem repetição): Abelha - 4; Águia - 6; Açor- 1; Barbo - 1; Cão -1; Corvo -1; Javali – 1;Leão - 1; Peixe n.e. - 1; Touro - 1; Vieira - 1
Motivos botânicos (44 com repetição, 14 sem repetição): Árvore n.e. – 2; Azinheira - 2 ; Castanheiro - 1; Laranjeira- 1; Milho - 3; Oliveira - 6; Pinheiro - 3; Romãzeira - 2; Roseira (rosas) - 2; Sobreiro - 4; Trevo - 1; Trigo - 2; Videira (planta e/ou cachos) – 14; Zambujeiro - 1

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 [1] Em portugal.veraki.pt/concelhos, transcrevendo a Portaria 8350 publicada no DG, 1ªS, nº 21 (1936.01.25)
[2] Imagem:Sérgio Horta em http://www.fisicohomepage.hpg.ig.br

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Animais e plantas na heráldica dos municípios portugueses: 41 - Cabeceiras de Basto

Nota prévia e explicação: A realização de séries temáticas, neste blogue, corresponde ou ao desenvolvimento e estudo de um tema considerado interessante e digno de consideração ou a períodos de chateação ou de estupidificação do bloguista. Verificando os que foram feitos concluo que os de segunda espécie acabaram por desaparecer, ou seja, tendo começado por ser assim, o tema passou a entusiasmar tanto o escrevente que, às tantas, passou para a primeira classe por mérito próprio. Essa evolução é, no entanto, geralmente perceptível. O caso dos animais e plantas na heráldica concelhia é, desde início, dos primeiros casos. Sucedeu-lhe, porém, o que sucedeu a diversas outra séries, apesar do interesse: não ficou completa (muito longe disso, aliás) porque se interpuseram outras prioridades. Esta ficou no 40º poste, referente (se me não engano) a Boticas. A seguir fui para longes terras, intensificar o trabalho de mestrado, e bons tempos foram esses. Retirado de uma zona de doméstico conforto, como alguns papilionáceos andam para aí a zurrar até que percam o pio, recolhi a uma zona de natural beleza e muita simpatia. Tenho já saudade desses tempos. Mas a verdade é que a tal procura de motivos zoológicos e /ou botânicos no brasonário dos municípios entretanto parou. E foi um amigo que me fez notar que seria interessante completar o começado, num momento em que o poder local está a caminho de mais troikaturas, para já ao nível de freguesias - que, a poder ser revisto, necessitava de ser um produto emanado das populações que serve e menos saído da cachimónia de economistas pseudo-iluminados e convencidamente convencidos. Fui portanto ver o passado e irei recuperando o que falta, na medida do possível. Que não vos chateie muito, que razão tendes para que chateados andeis mas menos para que fecheis os olhos ao que muito por aqui se passa. Acordai pois, que o inimigo está à porta da cidade e à porta de cada um. 

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Cabeceiras de Basto

Na ausência de motivos zoológicos ou botânicos em BRAGA e BRAGANÇA, este concelho vai suceder a BOTICAS, que foi motivo da 40ª postagem desta série, aos 2 de Abril de 2009.


 Armas - "Em azul, uma faixa ondada entre duas trompas de caça, com as câmpanulas voltadas para cima, tudo em prata, bordadura de ouro, carregada de oito cachos de uva de púrpura folhados de verde. Coro mural de quatro torres de prata. Listel branco, com as letras a negro “Cabeceiras de Basto” [1][2] . É pois um escudo que apresenta um só motivo, que é botânico e referente à videira, representada por cachos de uvas.

Estatística, após a presente entrada e a de dois sem motivos):

Concelhos: 53, sendo 52 com brasão e 1 único sem brasão (Almeirim).
Brasões:  Dos 52 brasões analisados, 11 não apresentavam motivos zoológicos ou botânicos, mas 41 tinham um ou mais motivos dessa natureza. De facto 25 destes mostravam um só motivo, 13 tinham dois, 2 com três e 1 com quatro.
Motivos incluindo repetições : 61 (Animais: 19; Plantas: 42)
Motivos excluindo repetições: 25 (Animais: 11; Plantas: 14)
Motivos zoológicos:
Abelha - 4; Águia - 6; Açor- 1; Barbo - 1; Cão -1; Corvo -1; Javali – 1;Leão - 1; Peixe n.e. - 1; Touro - 1; Vieira - 1
Motivos botânicos: Árvore n.e. – 2; Azinheira - 2 ; Castanheiro - 1; Laranjeira- 1; Milho - 3; Oliveira - 6; Pinheiro - 3; Romãzeira - 2; Roseira (rosas) - 2; Sobreiro - 4; Trevo - 1; Trigo: 1; Videira (planta e/ou cachos) – 13; Zambujeiro - 1

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[1] Em www.cabeceirasdebasto.pt

[2] Imagem:Sérgio Horta em http://www.fisicohomepage.hpg.ig.br

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Moncorvo...em 1980

Hoje fala-se bastante dos recursos minerais. Moncorvo entre eles. Mas adiante se mostra como em 1980 se falava de Moncorvo num despacho ministerial [1] (sendo verdade que já antes disso se tinha falado muito e muito de Moncorvo numa primeira fase da SN, em Leixões, no processo Krup-Renn, etc. etc. e  ainda antes disso nos Franceses, nos Alemães, etc. etc, ). Nada de novo sobre a Terra, só o tempo perdido em estudos e sonhos que não passaram de estudos e sonhos  mas que acabaram sempre por redundar em benefício externo, nem que fosse através do conhecimento adquirido. Mas há muito mais a contar um dia sobre essa pecha bem portuguesa.

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[1] Despacho nº 30/80, do Secretário de Estado de Energia e Minas, Engº António Joaquim Garras [e não Gomes] da Silva Pinto, datado de 30 de Abril de 1980 e publicado no DR, II S´, nº 143, de 24 de Junho de 1980, pagª. 4150.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O intrometido mas não-voador holandês

Sem que eu tenha nisso posto prego ou estopa e sem que disso tenha qualquer vantagem, por voltas da sorte ou do azar acabo de descobrir que este blogue, sempre endereçado desde nascença (já há bastantes anos) como http://www.sai-tedaqui.blogspot.com tem um irmão gémeo, apócrifo e não autorizado, nos Países Baixos, vivendo de gorro e de tamancos e talvez rodeado de tulipas e de moinhos de vento, como nas antigas gravuras, no http://www.sai-tedaqui.blogspot.nl.  Recusando claramente ser pai dessa criança, de que nem sei quando terá nascido, dou disto notícia - bem como dou notícia da dificuldade burocrática e cheia de barreiras para chegar à fala com o blogger (www.blogger.com) e reportar esta anormalidade. Bem... vou contá-la no "forum", que parece ser assim que gostam! Ao menos ao VPV, ante-ontem falado, ainda pagamos para ter o suporte em papel que lhe mostra a escrita - e com IVA e tudo!

Holanda por Holanda, antes os flamengos todos-os-possíveis (incluindo os queijos), o Rijks, a casa do Maurício em Haia,  a interessante bilhética, o banco postal, o Krees Popinga e o Rentes de Carvalho, que esse ao menos é da minha terra!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Reflexão


No queijo Roquefort o bolor come-se... e até se paga (e bem) por isso.

domingo, 8 de julho de 2012

A Pomada "Santa Banha de Giboia"

Dá para tudo. Para no imediato manter o que está errado, para escamotear a derrapagem e dar tempo a poder fazer o que já se pensava fazer mas agora deixando dizer "a culpa não é nossa"... (certamente que alguns iluminados ainda irão dizer que "foi do Sócrates").

Só que este acórdão vem felizmente recordar a todos a existência duma Constituição: em nome dela o armário orçamental fica de facto mais arrumado, com as contas postas nas gavetinhas certas. Deixará de se mascarar como "corte na despesa" aquilo que, de facto, foi aumento da receita pela criação de um imposto selectivo e desigual, como muitos disseram na devida altura. E haverá uma maior responsabilização política no desenho do orçamento e na gestão orçamental, obrigando mesmo a pensar na despesa e a prever de forma mais razoável o chimbalau na receita que resultará de mais medidas, como muitos já vem dizendo e depois lembrarão que "bem avisavam" [1].

Pena é que esta recondução ao texto legal do obstinado erro  ignore que não há "meias-inconstitucionalidades": ou é e nessa altura é-o para sempre ou, no reino da água-morna, deixemos passar o ano X e só aplicar no ano X+1 - ainda que com suporte na leitura de um artigo da mesma Constituição. Atenda-se porém ao que essa leitura pode levar.

Atenda-se ainda ao uso vingativo e demagógico que os "vencidos" (porque os há e não apenas no Governo) irão fazer do texto do acórdão (que o foi por destacada maioria e não nas franjas de um qualquer empate). Aliás já começou, até com invectivas de um dos penteados poderes ao campo de independência do outro (estas "leituras na hora", muito na moda, abominam por vezes o Montesquieu). Vai-se tentar mais uma vez dividir os Portugueses, dizendo que uns são vítimas dos outros (mas escondendo que antes "alguéns" tinham feito ou aceitado que só alguns fossem pagadores por todos).  A música das escolinhas e hospitais inevitavelmente vai surgir e quiçá ser praticada, para mostrar que o látego do castigo continua nas mãos dos que se assumem localmente investidos na punição merkeliana "dos gastadores do Sul". Abram os olhos. Acordem! - e procurem compreender que estes desvios são antigos, estão descritos, correspondem ao "nada de novo sobre a Terra", ao lançamento mesmo que metamorfoseado do ódio e à exploração útil da inveja [2]

Há um trecho sinfónico de Paul Dukas que se aconselha ouvir e compreender para interromper o verdadeiro adagio de Albinoni em que estamos embrulhados: chama-se "O Aprendiz de Feiticeiro". E há aquela historia  perversa de um dos Reis Magos chamar a si todas as prendas que ele e os outros levavam para o Menino Jesus. Um deles, pois...

A tempo:

No "Público" de hoje, VPV pretende justificar que os vencimentos tenham fiscalmente marca de origem e, atacando o acordão do TC, escreve: "Não sei nada de direito, nem felizmente quero saber. Mas não desisti ainda do bom senso e da lógica". Quanto à primeira frase, vê-se. Quanto á segunda (e ao seu desenvolvimento no texto), nem bom senso nem lógica.

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[1] E há certamente outras medidas a pensar e a seguir o que vai sucedendo. O recente desabafo do PM de ter proposto um "aggiornamentto" do troicolento prazo e isso já não poder ter lugar aguça o apetite para um melhor conhecimento de TODA a cronologia das reuniões iniciais com a "troika" - bastando recordar que houve não uma mas duas versões do memorando, com datas razoavelmente diferentes e com algumas alterações de conteúdo.
[2] A "leitura conveniente" do liberalismo exacerbado conduz inevitavelmente a uma distorção do lema, pondo a liberdade só para alguns (ou condicionada para os outros), a igualdade no era o que faltava e a fraternidade no tanas e, em pano de fundo, fazendo ouvir o habitual coro da "a responsabilidade não é nossa" mas "daqueles que nos contrariam" e que são os mesmos "que deixaram estas coisas chegar até aqui". E, pergunta-se, como se afere a realidade quando são alguns dos que "deixaram estas coisas chegar até aqui" os mesmos que acusam "os que designam de ter deixado estas coisas chegar até aqui"? Só há uma medida para a resposta: quem de facto lucrou, "urbi et orbi", com "termos chegado até aqui?" Quem puxou (ou mandou puxar ou deixou puxar) o ferro da armadura quando se ia fazendo o enchimento do pilar? (complicada pergunta esta... ou complicadas mas necessárias as respostas!).


sábado, 7 de julho de 2012

Um poema de Ana Hatherly


Esta gente / Essa gente

O que é preciso é gente gente com dente gente que tenha dente que mostre o dente
Gente que não seja decente nem docente nem docemente nem delicodocemente
Gente com mente com sã mente que sinta que não mente que sinta o dente são e a mente
Gente que enterre o dente que fira de unha e dente e mostre o dente potente ao prepotente
O que é preciso é gente que atire fora com essa gente.
Ana Hatherly em "Poemas de Crítica e de Revolta (1964-1966)" do seu volume "Poesia 1958-1978" Círculo de Poesia, Moraes Editores, Lisboa, 1980, pag.61

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Notas soltas por conta (7)

Ó Balbino, toca o hino!

Um ano, é licenciado! 
Mais um semestre, mestrado! 
Se bissexto - doutorado! 

 Refrão: 
Oh Balbino, toca o hino 
Que o teu mundo é mais profundo!  

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E os do meio, não contam?

Parei numa área de serviço. Diversos mapas à venda. Portugal. Portugal e Madeira. Algarve. Portugal e Espanha. Norte de Portugal. Centro de Portugal. Madeira. Pergunto à  moça (moça duplamente bem escrito, porque brasileira!): Tem um mapa dos Açores? Não... não temos... Fico ali, na área de serviço, a perguntar-me porquê!

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O bosão de Higgs

Parabéns. Sinto-me com massa - e começo a saber de onde vem.  Oxalá seja mesmo, já que é de facto um grande passo.

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A integração

Ter-se-á passado mesmo, no fim dos anos 50 - i.e. quando m'a contaram. Uma prova de geometria para um lugar não sei quê numa Câmara Municipal. O velho problema da fatia do pudim era uma das questões: um tronco de cone rodeia um cilindro, com massa de pudim no meio. Conhecem-se os diâmetros dos círculos de topo e da base do tronco de cone, o raio do cilindro interior e a altura do conjunto. Tirou-se uma fatia correspondente a um ângulo ao centro de Pi/8 radianos. Pergunta-se: qual o volume do pudim que ficou.

Todos os candiatos usaram as fórmulas adequadas, menos um que, porque mais sabedor, usou integrais. Este... foi recusado. E foi recusado por não ter resolvido bem a questão do pudim. Insistiu, perguntou, quis saber - o que ao tempo era certamente uma atitude incómoda e até perigosa (veja-se o despacho de um ministeriado das Finanças que impunha que qualquer cidadão se descobrisse quando contactasse a repartição).

Mercê de vários expedientes (havia expedientes!) conseguiu falar com o Presidente da Câmara e perguntar-lhe  quais as precisas razões da sua exclusão. Era mesmo o pudim! E, indo mais longe nas perguntas, o Presidente condescendeu em ir mais longe nas respostas, dizendo-lhe cara a cara: o resultado que o senhor apresentou pode ser igual ao dos outros, dos que resolveram bem o problema, mas bem vê:  ninguem o mandou usar truques ilícitos!

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Concurso

 E, já que estivemos a falar de concursos requentados, voltemos aos nossos dias. O concurso consistia em: apresentar uma frase com o menor número de palavras explicando a razão que leva as sumidades europeias  a mostrarem-se  mais "propênsicas" para aceitarem que alguns países europeus, tão "pendurados" quanto outros, possar resolver os seus problemas económico-financeiros com ritmos e por formas mais confortáveis que as que vem a ser exigidas a esses outros (incluindo mesmo alguns tejomasoquistas que ainda parece que se ufanam com isso). Quem ganhou o concurso foi um spammer profissional de FloppyCity, perto de Lahore, que trabalha por conta de um farmacéutico norteamericano  de FortRipoff e que conseguiu fazê-lo em apenas duas palavras cheias de conteúdo: "Size matters!"