sábado, 21 de julho de 2018

NÃO HÁ "ELEFANTES BRANCOS" SEM CORNACAS...

Face ao comportamento atual da B(r)anca, que se vinga da vantagem de viver num diferencial juros / juros notoriamente favorável, de remunerar consideravelmente os seus "leaders" [1] e de aplicar aos seus clientes/depositantes taxas escandalosas que uma regulação complacente sempre tem coberto, venho apoiar todas as medidas que  esclareçam os motivos e os motivadores do que, em varios casos, levaram e mantém o descalabro das respetivas contas. Há que dizer que o rei vai nu... e cuidadinho com o volume de crédito  (num pressuposto de destinações/garantias) que, apesar dessas distorções, as contas nacionais revelam estar a preencher o entumescimento (economicamente erótico) de rubricas menos  virtuosas.

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[1] Ainda que se reconheça que, como regra geral, se deva retribuir melhor quem, em tarefa delicada e complexa, objetivamente melhor pratique.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

O 103º CONGRESSO MUNDIAL DE ESPERANTO


Não podendo, por razões instaladas ou coincidentes, participar no 103º Congresso Mundial de Esperanto, o primeiro que em Portugal tem lugar e que se realiza em Lisboa desde 28 deste mês (daqui a 10 dias) até 4 de Agosto, quero trazer aqui o evento e salientar a sua importância e oportunidade no momento em que estamos a cair numa pretensão linguística universal que, fruto originado na Primeira Guerra Mundial, nos vem a ser hoje diariamente impingido [1] - logo quando, ironica e pós-brexíticamente, deixará de ser língua nacional única de um qualquer País da UE.

Para mais desenvolvimento sobre o Congresso  recorro ao excelente e atual texto do conceituado Esperantista e ilustre causídico Dr. Miguel Faria de Basto que se pode ler em

 https://www.publico.pt/2018/07/17/culturaipsilon/opiniao/o-esperanto-em-congresso-mundial-pela-primeira-vez-em-portugal-1838133

Aos interessados recordo ainda  a existência da Associação Portuguesa de Esperanto  (PEA) cujos  referenciais informáticos seguem e junto da qual podem ser recolhidos mais elementos:


info@esperanto.pt 

Recordo finalmente os meus ensinantes de E-o - do primeiro, de nome Baltazar, que era da CP, ao ultimo dos quais, que  foi o saudoso Artur Oliveira, já na UTIB, o meu colega e entusiasta esperantista que foi o Eng. Franco Simões, as aulas em Lisboa, na Sociedade de Língua Portuguesa -  e, em testemunho deles e desses tempos de transição, trago-vos a imagem de capa do meu hoje esbotenado ALVARO PONTES, escrito em 1936, e que nos anos 60 foi, no Barreiro e na sala de fundo do hoje inexistente café Terminus, junto dos bilhares (i.e. em local discreto, entre o ruído das carambolas e o recheio de animus conspirandi, porque tal aprendizagem não era então "muito apreciada" pelo regime)  o meu primeiro manual de Esperanto. Garanto-vos que a língua se aprende de facto em 8 lições  e se pode auto-aprender (salvo obviamente o exercicio de leitura e a aquisição de vocabulário, situações  em que a prática de leitura, a conversação  e os meios informaticos atuais podem agora melhor habilitar  [2]) e igualmente vos garanto que, a meu ver,  o ALVARO PONTES, 82 anos decorridos sobre a sua edição pelo Autor,  continua a ser um excelente veículo de aprendizagem.

 

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[1] Como aqui há relativamente pouco tempo fora referido: tendo de facto destronado o Francês, usado que foi como linguagem diplomática, e assim ironicamente trazendo à França o peso do "veto" com que, nos anos 20 e num outro Congresso, fez culminar uma campanha insidiosa para impedir que o Esperanto merecesse a consideração de uma língua universal simples, com todas as vantagens que daí poderiam decorrer (procurem-se as históricas declarações depreciativas expressas em Lisboa por um embaixador francês dessa época, algures publicadas - embora o Esperanto tivesse já então sido internacionalmente reconhecido como "língua clara" para efeitos postais e telegráficos). Mas não só das "línguas auto-proclamadas hegemónicas" recebeu o Esperanto históricos ataques, já que deu cócegas a muitos modernos ditadores do Mundo, vindos geografica e ideologicamente donde viessem, fazendo-os atacar o Esperanto e perseguir os  esperantistas.... Até um dia em que um país  seja o primeiro a corajosamente decidir que, para além da prioridade à  sua própria língua ou línguas nacionais,  seja o Esperanto também formalmente inserido no esquema educacional e usado como forma prioritária de expressão  no diálogo internacional. Ou que uma organização internacional reconhecida o adopte. Ou que, para já, seja finalmente reconhecido como Património Imaterial da Humanidade.

[2] Ainda usei os famosos e bipartidos "cadernos de significados" - mas tenho de reconhecer que o vocabulário é, por esquecimento, um dos meus atuais - embora superáveis - pontos fracos.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

RISCOS DE UM ALTO BACKUP EM NUVENS BAIXAS...



Caros Amigos, Colegas e Leitores... 

Não é minha postura vir para a “néte” carpir máguas, mas o que se passou - resultado em grande parte  da minha ignorância e ingenuidade informática, ainda que compartilhando estes atributos com uma diminuta divulgação pública em letras pequeninas ou  grandes – merece ser referido. Por isso e porque  constato desde o “desastre” que causas e consequências são ainda ignoradas por muitos incautos quanto eu, escrevo este AVISO À NAVEGAÇÃO e, complementarmente, solicito-vos a divulgarem-no a quem reconheçam poder interessar e prevenir.

O “DESASTRE”

Desde o primeiro decénio deste século XXI, num dos "aquilos" que informaticamente se vem designando por “nuvem” [cloud].  e em utilização PAGA, coloquei o conjunto dos meus ficheiros mais críticos, incluindo trabalhos académicos, documentos pessoais, memorabilia familiar, etc. etc. etc. pensando conxtituir, nesse "aquilo", como backup,  uma “reserva segura” e confiável. Tive lá, inclusive – e hoje arrepio-me por isso – todo o meu mestrado desde a fase de urdidura até ´a conclusão e à preparação da respetiva publicação como livro. Prosseguia agora o seu uso para a construção de um possível doutoramento, a guarda de alguns outros trabalhos menores e a acumulação sucessiva de mais informações ou participações úteis, incluindo e-livros comprados, teses e outras pastas volumosas. Nunca me deu razões de aqlarme ou de queixa até à tarde do dia  27 de Junho último. 

Nesse momento constatei o fragoroso colapso do que pensava ter encerrado numa cidadela inexpugnável quando, ao tentar colocar “lá” um novo trabalho, verifiquei que muitos dos meus ficheiros ou tinham desaparecido, ou tinham sido meio apagados, com texto truncado e total ou  parcialmente substituído, aqui e além (mantendo ou não o título),  por extensões maiores ou menores de uma grafia  asiática que eu presumo seja chinesa. As datas da intervenção (ou intervenções) dos intrusores encontrava-se em alguns dos ficheiros que parcialmente  apagaram ou modificaram.  Em suma: assim se perdeu, num dia de maio, quase todo a obra recolhida ou elaborada em mais de uma década, e digo "quase" já que alguns ficheiros aparentemente incólumes têm de ser passados a pente fino, para verificar se existem truncatuturas ou substituições pontuais escondidas. A própria extensão do dano vai sendo conhecida pouco a pouco, mas é muito grande. 

Não há que chorar sobre o leite derramado, sobretudo quando isso resulte de erro, ignorância ou negligência própria. Mas há que avisar os outros para que tal não lhes suceda. No resto, cerrar os dentes e... adiante.
A TENTATIVA REMEDIAL

Os contactos entretanto estabelecidos com o “dono da nuvem”, em busca de uma reserva segura  (backup) que lá pudesse existir,  esbarraram em dois obstáculos imediatos: esse backup existe mas não é para todos [1] e só cobre uma janela temporal limitada no tempo a partir da  data da intrusão e não da data da descoberta da malandrice, o que – como se explicará adiante – exige uma frequente verificação do acontecimento anomal POR PARTE DO UTENTE, obrigando a denunciar desaparecimentos e alterações de ficheiros “o mais possível em cima do acontecimento”, nomeadamente denunciados por modificaões em datas e dimensões de ficheiros. De facto os nomes dos próprios ficheiros só por eles não chegam para isso (a menos dos casos de efetivo desaparecimento) pois se a lesão for feita (por acção ou acidente) no conteúdo, mas  mantendo os títulos, será difícil descobri-la - porque os nomes dos ficheiros alterados se mantém inalterados nas referidas listagens. Aí há que estar atento às ALTERAÇÕES injustificadas  das caraterísticas dos ficheiros (datas e dimensões) ou das pastas que os contenham ou do próprio todo armazenado - o que obriga a um registo de estado e a uma rotina frequente. Na ausência de qualquer denúncia de alteração por parte da nuvem, denúncia essa que poderia assumir a forma das informações de alteração de password, cabe ao utente este exercício.

Avisado o "dono da nuvem" da anormalidade sucedida, este pede normalmente três coisas: (a) uma descrição tão completa desta; (b) a informação da data   e denominação  da primeira alteração verificada; (c) a identificação dos ficheiros ou pastas alterados desde aí, com remessa sempre que possível,  de screenshots de alterações constatadas. Estas informações demoram algo tempo a ser produzidas por parte do frequentemente ainda atarantado utente, pelo que, seguindo uma prática hoje corrente em atendimentos automáticos este pode receber uma e-mensagem que lhe diz que, não tendo ainda sido dada resposta aos pedidos anteriores, lhe é dado um curtíssimo numero de dias para responder e que, não o fazendo, a queixa será arquivada, podendo no entanto ser reaberta a qualquer altura.   

O assunto segue então a tramitação que o contrato aderido ou negociado especifique... 

Muito de direito contratual informático existe aqui para abrir e desenvolver, começando mesmo com a terminologia pouco consistente que se defronta hoje  de língua para língua e até na mesma língua, pelo que estas situações podem ter variantes e se aconselha a revisão  cuidada dos contratos e das alternativas constantes ou opções mesmo técnicas tomadas pelos utentes no ato de adesão inicial (abertura de conta) ou de modificações posteriores. Estas opções técnicas, com consequências que o aderente novato poderá ainda não alcançar e que se mostrem tão simples quanto "clickar  em quadradinho" ou ato similar podem alterar dramaticamente a destinação de todo o material informático colocado na núvem, e até no disco duro do equipamento de origem  como já em 2014 se descrevia, em termos de sincronização, na postagem  do blogue “Aberto até de madrugada” que muito se aconselha a seguir pela âncora  [link] que aqui vai e que só lamento não ter lido antes de suceder o “meu caso”. Veja-se e medite-se  tanto  no texto da postagem como  nos dois comentários a esta  sucessivos:


Um outra questão que poderá interessar desenvolver algures  é conhecer quem faz isto e por quê. Embora o assunto leve a curiosas perspetivas desde motivações objetivas, criminosas ou não assumidas  como tais [2],  ou a comportamentos individuais que  raiam a necessidade de assistência psiquiátrica, não é o que estamos a discutir aqui. Limitamo-nos a desenvover, por infeliz experiência, o que já tinha sido denunciado em 2014. Consideremos sempre a vulnerabilidade que coletivamente aceitamos e em que caímos ao colocar, sem contrapartidas, todos os ovos num mesmo cesto e ao "entrarmos" alegremente em situações praticamente sem alternativas e ao alcance de qualquer poder "interruptor" debilmente regulado que ele seja ou, sobre tudo, tão desregulado quanto ele possa ser.

REMATANDO O QUE JÁ VAI LONGO…

É por isso que se faz este AVISO, para que se possam evitar ou atenuar acidentes no que toca a constituir reservas de segurança i.e. backups e se avaliem,  quanto a isso, modalidades, riscos, alternativas e encargos.Passem-no a quem  (ainda) tal não conheça. 

UM COMPLEMENTO (em 2018JUL20)
Ao trabalhar com "núvem" (qualquer "cloud") muito cuidado com o estabelecimento ou o encerramento de sincronias sem antes estar bem esclarecido quanto aos efeitos  desses atos sobre ficheiros ou pastas existentes em AMBOS os equipamentos relacionados, sejam esses ficheiros ou pastas  pre-sincrónicos, sincrónicos  ou mesmo pós-sincrónicos.


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[1] Dependendo do contrato existente com a "nuvem" e seu dono, seja por negociação ou adesão a clausulados gerais, podem ficar excluídas dessa proteção, mesmo efémera, diversas qualidades de utilização,  como  ofertas de capacidade gratuita ou outras.. Daqui a importância de conhecer os textos contratuais mesmo quando exista simples adesão por click a páginas de"letras pequeninas ou grandes". Aliás sobre riscos de simples adesão a condições técnicas (e não apenas comerciais) d depósitos em núvens  ver mais no texto supra. No "meu caso" havia acesso anual e regularmente pago.

[2] Sobre esta não assunção atenda-se à peça contida no espaço Economia|3