Orange Juice: "Rip it up"
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A ouvir:
[1] gravura, com a devida vénia, de : www.sxc.hu/photo/592180
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| YOU who celebrate bygones, |
| Who have explored the outward, the surfaces of the races, the life that has exhibited itself, |
| Who have treated of man as the creature of politics, aggregates, rulers and priests, |
| I, habitan of the Alleghanies, treating of him as he is in himself in his own rights, |
| Pressing the pulse of the life that has seldom exhibited itself, (the great pride of man in himself,) |
| Chanter of Personality, outlining what is yet to be, |
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Fonte: [C1]
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Fonte: [C1].


Fontes: [B2] e [B3]
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Ora em plenos anos 80 do século passado (1985, mais precisamente) os cientistas Harold Kroto, James Heath, Sean O'Brien, Robert Curl, and Richard Smalley procuraram interpretar algumas anomalias encontradas no espectro de absorção de poeiras interestelares, que associaram a um comportamento atípico de átomos de carbono “em cadeia”. Por vezes sucedem estas coisas: procura-se uma coisa e aparece outra… e assim sucedeu. Fizeram várias experiências para demonstrar o que não conseguiram – mas desses ensaios iria sair a descoberta de uma inteiramente nova forma alotrópica de carbono, além das duas de longe conhecidas (o diamante, de rede cúbica, e a grafite, de rede hexagonal, para além do carvão – que é amorfo). Experiência puxa experiência, chegaram à formula molecular C60 e ao reconhecimento de que a estrutura dessa molécula era nem mais nem menos que o nosso conhecido icosaedro truncado, com cada átomo de carbono colocado num dos seus 60 vértices. O foi imediatamente designado de “Buckyball”, buckminsterfullereno ou simplesmente fullereno, o sucesso obtido foi enorme e Curt, Kroto e Smalley ganharam, pela sua descoberta, o Prémio Nobel da Química de 1996. Ultrapassada nos anos 90 a dificuldade de obter quantidades representativas da molécula, foi possível aprofundar as suas propriedades e hoje, para além de “receitas” para a sua obtenção em laboratório, existe já a possibilidade de obtê-la em quantidades industriais. A associação planar de Buckyballs deu origem a uma nova forma sólida e cristalina de carbono, designada Fullerite..
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A dimensão da molécula C60 , com aproximadamente 1 nanómetro em diâmetro (10-9 m), vinha contribuir e alargar o domínio da “nanotecnologia” – neologismo criado em 1974 por Norio Tanigushi para significar desenvolvimentos com tolerâncias dimensionais inferiores a 1 mícron (10-6 m).
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Celeuma causou o director do Observatório Astronómico do Vaticano ao admitir, recentemente, que a fé e a doutrina católica romana não seriam postas em causa caso se viesse a provar a existência de vida inteligente noutro "local" do Universo - coisa que eu já tinha ouvido referir e justificar, nos anos 50, a um Professor de Moral do meu Liceu que, anos depois, se notabilizou como Bispo e como investigador. Aviso ou dedução, a posição assim assumida não deixa de ser um passo importante e que se insere na sucessão de recusas de Jerusalém como centro dos mapas antigos (posteriormente eurocentristas...), da Terra como centro do sistema solar (e Galileu bem penou por isso), do Sol como centro das esferas celestes (quando na realidade está periférico, num braço de uma Galáxia), ou seja, numa sucessiva abertura universal que nada deve excluir ou afirmar dogmaticamente como singularidade. Mais tenebroso me parece - como contrário que sou às situações de inerência quando ombreiam com situações de eleição - que o mesmo eclesiástico tenha admitido, como refere a notícia, que, a existirem outras formas de vida inteligentes, "esses tais" possam estar isentos do designado "pecado original", e nós não..
X1: — Pois é, nós temos urânio e "verdes" e "eles" [os vizinhos ibéricos] têm "verdes" e centrais nucleares...
X2: — Mas olhe que aquilo também já não vai lá muito bem, agora...
X1: — Certo! Mas ouça os noticiários nas TV's "deles" e nas nossas! Que diferença!
[Caladinho no meu lugar, mas de orelha ligada, eu só acrescentaria ao primeiro falar: "E tivemos/temos(?) minério de cobre em Castro Verde e "eles" têm/terão uma metalurgia de cobre em Huelva!". Mas, continuando caladinho, segui para casa para preparar a Bandeira das Quinas, a arvorar durante o Europeu: ao menos que nos safemos no "ból-ó-pé"! Pobretes mas alegretes!]
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[1] gravura, com a devida vénia, de
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Para apreciar este monumento na visão do admirável aguarelista Enrique Casanova (1850-1913) vd., neste blogue, a postagem de 17 de Setembro de 2005
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